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Fotografia do digital, ou, a última fotografia antes da pandemia

Como faz todos os anos, Hootsuite e We Are Social publicaram, depois de devidamente revelada, uma fotografia do ambiente digital global, no início de 2020, e referente a 31 de dezembro de 2019. Quando tirarem a foto neste ano, e no mundo a partir do coronavírus, nada vai bater com nada! No dia 31 de dezembro de 2019, a foto revelou que: Mais de 4,5 bilhões de pessoas usam a internet em todo o mundo, e desse total 3,8 milhões estão em no mínimo uma das redes sociais. Ou seja, três de cada cinco habitantes da terra encontram-se conectados e, nos próximos meses/anos mais da metade desses habitantes fará parte de no mínimo uma rede social.O número exato de pessoas na internet na virada de 2019 para 2020 era de 4,54 bi, 7% a mais do que na virada de 2018 para 2019.Já nas redes sociais o número preciso no despertar de janeiro 2020 era de 3,8 bi, 9% a mais que em janeiro de 2019.As pessoas passavam 6 horas e 43 minutos conectadas, que, olhado sob um outro ângulo significa que passavam mais de 100 dias por ano conectados. Repito, dados antes do coronavírus. Neste momento, no furacão da crise deve ter superado às 7 horas…O país onde as pessoas passam um maior número de horas/dia conectado é as Filipinas com 9 horas e 45 minutos. O Brasil aparece na terceira posição.Na segunda posição, a África do Sul, com 9 horas e 22 minutos, e o Brasil, na terceira, com 9 horas e 17 minutos. Seguido pela Colômbia, 9 horas e 10 minutos, Tailândia, 9 horas e 01 minuto, e Argentina, 8 horas e 47 minutos.Na última posição, dentre os maiores usuários do digital encontram-se os japoneses, com 4 horas e 22 minutos, menos da metade do que os filipinos e brasileiros usam.No tocante à utilização das redes sociais, é impressionante a restrição que as mulheres enfrentam em determinados países. Enquanto na maioria a participação equivale a distribuição da própria população, quase 50% a 50%, em diferentes lugares da África a proporção é de quase 2/3 homens e 1/3 mulheres. Em alguns lugares da Ásia, quase 80% de homens e 20% de mulheres. E na média mundial 55% homens e 45% mulheres.O acesso à internet através dos celulares continua crescendo, fortalecendo cada vez mais a constatação que a primeira tela, para a qual sempre deveriam ser planejados todos os sites e portais com exceção dos que têm finalidade específica, é sempre a telinha pequena. E jamais o inverso, como a maioria das empresas, até por uma questão cultural, continuam fazendo. De qualquer forma, e mesmo considerando a telinha como a principal, nenhuma empresa de nenhum setor de atividade, com raríssimas exceções, deve considerar sua presença exclusivamente numa das duas telas. Na telinha dos celulares, ou nas telonas dos computadores. Deve estar presente e obrigatoriamente nas duas.No ranking dos devices, 53,3% dos acessos são feitos por celulares. 44% por laptops e desktops. 2,7% por tablets, e 0,07% por outros devices, como consoles de videogames.No ranking dos aplicativos, por temas, usos e funções, prevalecem os aplicativos de mensagens, e os que conectam as redes sociais – 89%. Vindo, na sequência, aplicativos de compras, 66%; vídeos, 65%; música, 52%; games, 47%.No ano de 2019, foram baixados mais de 200 bilhões de aplicativos, sendo que no tocante aos pagos isso traduziu-se num mercado de US$ 120 bilhões. Na média, cada internauta gastou US$ 21 em aplicativos no ano passado.Das plataformas sociais mais acessadas em todo o mundo, claro excluindo-se o Google que não é considerado uma plataforma social, a primeira colocação permanece com o “Feice”, com 2,449 bi de “feicers”, seguido pelo YouTube com 2,0 bi, Whatsapp, com 1,6 bi, FB Messenger com 1,3 bi, WeChat com 1,1 bi, e Instagram, 1 bi.E dentre os emojis mais utilizados em todo o mundo dois prevalecem sobre todos os demais. Na primeira colocação, a carinha vertendo uma lágrima de cada olho e traduzindo emoção. E, na segunda colocação, o coração. Continuamos independentemente do novo ambiente, movidos pela emoção. É isso, amigos. Essa a fotografia do mundo digital, no raiar dos anos 2020. Agora, neste preciso momento, deve ser outra e bastante diferente.
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Diário de um Consultor de Empresas – 26/02/2021

Francisco Madia comenta sobre as BIG TECHS NO PAREDÃO. Não tem do que reclamar… NADA ERA PROIBIDO! Pela simples razão que nada existia. E assim, as BIG TECHS deitaram, rolaram e escalaram. Mas, recusaram-se a assumir qualquer responsabilidade.Isso posto, e finalmente, irão comer o pão que o diabo amassou. A orgia, finalmente, chegou ao fim. Até que demorou muito…
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Diário de um Consultor de Empresas – 06/01/2021

Francisco Madia comenta sobre AS PRAÇAS DO MUNDO. Analógico, TIMES SQUARE. Digital, YOUTUBE. A praça do mundo analógico é TIMES SQUARE. A praça do mundo digital, ou, a praça da digisfera, é… o YOUTUBE! 15 anos depois de sua criação por CHAD HURLEY e STEVE CHEN, o YOUTUBE, dia após dia, vai convertendo-se na escolha natural de todos os brasileiros, para seus momentos de lazer, descontração, e tudo o mais. E, com a pandemia, o que já vinha acontecendo, e com a multiplicação das lives, escalou. Hoje 105 milhões de brasileiros batem ponto ao menos uma vez por semana no YOUTUBE.
Negócio

Escalabilidade das novas fortunas. E o tempero corrosivo do coronavírus

Dentre as principais questões a serem discutidas globalmente e sob o viés ético nestes anos 2020, a possibilidade de se construir fortunas monumentais em uma ou duas décadas. O que no passado, na economia analógica, eram necessárias de 2 a 4 gerações de uma mesma família para que se chegasse a condição de bilionário, hoje, existem casos de menos de uma década, 5 anos, e até 2 anos e, ou, meses… Talvez a mais emblemática referência da escalabilidade decorrente da tecnologia, e onde se inclui a construção de fortunas em tempo recorde, é o todo poderoso Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo, com um patrimônio pessoal que caminha de forma acelerada em direção aos US$ 200 bilhões. Tudo começou há pouco mais de 25 anos quando a Amazon foi fundada, e para vender exclusivamente livros, convertendo-se, muito rapidamente, num dos dois maiores marketplaces de todo o mundo. Assim, e sem esconder sua riqueza, semanas atrás, Jeff Bezos comprou a mansão mais cara da cidade de Los Angeles, e que se soma a uma série de outras propriedades que tem ao redor do mundo, e alguns apartamentos na ilha de Manhattan. Por US$ 165 milhões comprou uma propriedade de 1 alqueire e meio – quase 40 mil metros quadrados de terreno, toda cercada de terraços, com casa para hóspedes, piscina, quadras de tênis e campo de golfe… E no meio do caminho, e para atenuar eventuais sentimentos de culpa, tentou e vem tentando ressuscitar um dos mais importantes jornais do mundo, o The Washington Post. Ou seja, se a urgência de spinoffs – desmembramentos – das Bigtechs já constava da pauta de todas as discussões que hoje se trava em todo mundo, e diante do aumento exponencial das desigualdades, a exibição pública da pessoa mais rica do mundo – Bezos – apimenta ainda mais o tema. E é o que o mundo vai discutir em todos os próximos meses, enquanto vai se defendendo do Coronavírus. Que apimenta ainda mais os ânimos e o constrangimento sobre as desigualdades. Por outro lado, e hoje, indo direto para os finalmente, Sergey Brin, Larry Page e Mark Zuckerberg, SÃO OS DONOS DO MUNDO. Isso mesmo, vamos repetir, os três são os donos do mundo. Com exceção da China, e de poucos outros países, Sergey e Larry, Google, e Zuckerberg, “Feice”, Whatsapp e Instagram dominam o mundo. Mandam, fiscalizam, imprimem a tal de verdade, cobram por tudo isso, e dia após dia veem seus domínios e riquezas crescerem ao infinito. Assim, amigos, podem escrever, não passa de 2022 o trio ser encostado na parede, por um mundo pego de surpresas e que não soube reagir a tempo, para exigir um spinoff drástico, e enquadramento a uma nova e radical regulação. Há meses o Whatsapp comemorou 2 bilhões de usuários. Que somados aos 2,3 bi do “Feice”, e 1 bi do Instagram totalizam mais de 5 bilhões de usuários sob o domínio, controle e influência, de Mark Zuckerberg. Por maiores que sejam as superposições. Já o Google, com exceção de poucos países, tem o domínio absoluto de todas as buscas realizadas na digisfera, no chamado ambiente digital. Conhece todos os caminhos, inquietações, dúvidas, ansiedades, merdas, esquizofrenias que todos nós manifestamos, no automático, e no correr de cada novo dia, infinitas vezes por dia. Sabe, com um índice de acerto superior a 80%, o que vamos dizer, o que pretendemos comprar, e com estão nossos sentimentos. Assim, e no momento em que o Whatsapp comemora seus primeiros 2 bilhões de usuários, mais que na hora de considerarmos uma grande conferência mundial, para uma nova regulação da economia global, definitivamente destroçada por todas as conquistas maravilhosas do tsunami tecnológico, claro, com todos os exageros, absurdos e toxidades, inerentes. A última vez que o mundo parou e fez isso foi no ano de 1944, para costurar os estragos de duas Grandes guerras, e em Bretton Woods. Os estragos decorrentes do tsunami tecnológico – e claro, todas as conquistas também – sem derramar uma única gota de sangue, foram e continuam sendo infinitamente, e ainda escalando, mais devastadores que todas as guerras de todos os últimos séculos. Muito especialmente, a Primeira e a Segunda Grandes Guerras. Mais que na hora do mundo organizar a bagunça. Mais que na hora de darmos uma organizada no caos. Antes que…