O rompimento das placas tectônicas da economia anunciam a maior das crises…
Tomara que não aconteça, queira Deus e a sensibilidade e lucidez de alguns empresários, que a crise não ecloda nas proporções que parece, mas, o fato é que as placas tectônicas que sustentam a economia seguem movimentando-se e não há nenhuma perspectiva que voltem a tomar assento proximamente.
E isso já começa a se refletir no mundo real, na superfície aparente da economia, com um recorde no volume das recuperações judiciais. E ainda, e na listagem, a ausência de mega organizações que, a essas alturas, já estão condenadas a recorrerem, em desespero de causa, a esse recurso derradeiro.
É, de longe, a maior crise estrutural em que se encontra mergulhado o mundo, em menores ou maiores dosagens, dependendo das medidas preventivas adotadas pelos diferentes governos.
O último dado disponível aqui no Brasil, e referente ao terceiro trimestre do ano de 2023, registra um primeiro grande salto no volume de recuperações judiciais.
Desde janeiro de 2023, em verdade, as recuperações vêm acelerando. Só no último mês de setembro, os pedidos foram de quase 100% a mais que setembro de 2022. No último trimestre, jul/set, 3.873 empresas encontravam sob a guarda e a proteção da recuperação judicial. E a tendência segue de crescimento e acelerando. Quem sabe, 2024, bata todos os recordes.
Dentre as 3.873 vamos encontrar a 123milhas, com R$2 bi de dívidas e 700 mil credores, a M.Officer, o Grupo PC Shopping, mais Americanas, Light, Oi, Grupo Petrópolis…
Curto e grosso. Tão cedo não retornaremos a um período de normalidade, enquanto as placas tectônicas da economia não repousarem, e ganharem um mínimo de estabilidade. O terremoto apenas começou…