Lembram de Mário Quintana?
“Não me ajeito com os padres, com os críticos e os canudinhos de refresco; não há nada que substitua o sabor da comunicação direta…”, e nós, da Madia, acrescentaríamos, presencial, cara a cara, olhos nos olhos, e ainda juntaríamos aos versos de Nhô Pai, João Alves dos Santos, “Um abraço apertado, suspiro dobrado, de amor sem fim…”.
Com exceção das milhares de empresas que vendem tranqueiras, todas as demais, que trabalham com produtos com valores inerentes e agregados em diferentes dimensões, e que se exponenciam no uso e nos serviços que esses produtos prestam, em algum momento terão que se revelar no ambiente analógico. Na verdadeira vida. E serem passíveis de encontros, conversas, conhecimento.
Por essa razão que mesmo tendo nascido e sendo pioneiro das vendas a distância, há mais de 10 anos, o genial João Apollinário e sua Polishop seguem abrindo mais e mais lojas. Hoje já são 300 e vem mais pelo caminho.
O grande disruptor e ponto de inflexão da história do vinho em nosso país, o Wine Club, que vem ensinando com competência e disciplina o brasileiro a conhecer e tomar vinho, a tal da catequese, e depois de muitos anos só pelo digital, agora vai abrindo suas lojas físicas.
Depois de 12 anos só a distância, agora o Wine quer receber seus fiéis associados em suas lojas e estreitar e multiplicar ainda mais o relacionamento. O só a distância esgotou-se, chegou ao limite. No mês de outubro abriu sua quinta loja, no bairro de Moema, na zona sul da cidade de São Paulo. O Wine denomina essa sua estratégia de O2O – Online to Offline.
E agora, e seguindo na mesma direção, o Grupo World Wine. Fazendo um movimento complementar. Nasceu no analógico, com lojas e caminhou para o digital, mas segue abrindo mais e mais lojas físicas… De tijolo, cimento, e muitos vinhos… Hoje já são 17 devendo chegar a 30 até o final de 2022.
Juliana La Pastina, que comanda a World Wine, reforça a importância das lojas físicas, “Temos claro que as lojas são um importante espaço de convivência e relacionamento com nossos clientes”.
E é isso mesmo. Só para negócios irrelevantes, quinquilharias e tralhas, e produtos absolutamente descartáveis, o relacionamento físico é desnecessário. Para todos os demais, que tenham um mínimo de ambição, e engatinhem pelo branding, em algum momento o encontro físico é essencial. Com gente é diferente. A distância é um porre.
E até por isso, e assim que superarmos a pandemia, mais que na hora de voltarmos a nos reencontrar, e seguir o que nos ensinou Nhô Pai, João Alves dos Santos, na canção Beijinho Doce,
Para sorrisos dobrados, abraços apertados e amores sem fim…