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Negócio

Como mais que previsto, deu m…

Meses atrás, escrevemos um artigo a pedido de um querido amigo e editor de uma revista no território da alimentação sobre a suposta invasão dos hambúrgueres vegetais. No artigo, dizia, “O supostamente gigantesco mercado dos absurdos e patéticos hambúrgueres vegetais continuam decolando na maior treva, mediocridade, burrice, e absoluta incapacidade de nascer do zero, do novo, novo, absolutamente novo, revolucionário, chocante, e com denominação e códigos específicos. Sem precisar recorrer a uma muleta totalmente desnecessária e tóxica, pelas denominações que usam, repetindo de forma patética que são o outro lado da carne. Uma nova categoria que nasce envergonhada, medrosa, acovardada, pedindo desculpas o tempo todo. Não são o outro lado da carne. Jamais serão. São uma agradável e surpreendente novidade, da qual seus fabricantes morrem de vergonha. Uma espécie de filho bastardo, rejeitado, que vai passar o resto de sua existência desculpando-se por existir. Se, como dizem, “são o outro lado da carne”, que criem denominação nova e “salubre”, segundo seus entendimentos, e não recorram a denominações tóxicas, segundo eles, como filés, hambúrgueres, churrascos, almondegas, croquetes. Essas iguarias têm em seu DNA, e por decorrência em suas denominações, não conseguem dissimular, suas origens; sangram… Depois do cometimento da barbaridade pelas grandes empresas JBS, Marfrig, BRF, Unilever, dentre outras – no final de 2020 foi a vez de uma das mais importantes marcas e boutiques de carne do País, a Wessel, a cair na mesma tentação e proceder de forma igualmente medíocre. A propósito, à família Wessel renegar a carne é uma impossibilidade absoluta. Como Pelé dizer que não sabe jogar futebol. Lançou sua versão de hambúrguer vegetal marca Meta Foods… E as pessoas, naturalmente, e sabendo que Wessel é carne de excepcional qualidade, entravam em parafuso e não entendiam absolutamente nada. Pior ainda, ao invés de Meta Foods, leem e ouvem, mentira foods. Mais ou menos como se de repente o diabo se vestisse de santo… E quisesse que todos levassem a sério e começassem a rezar juntos…” Corta, matéria de 28 de outubro de 2022 no suplemento Eu & Fim de Semana, entrevistado István Wessel pelo jornalista Daniel Salles. No texto, “István Wessel comenta sobre a breve incursão da empresa no segmento dos hambúrgueres “plant-based” – “São aqueles sem nada de origem animal voltados para veganos e vegetarianos e também para carnívoros que querem diminuir o consumo de carne. É por isso que foodtechs como a Impossible Foods e Beyond Meat duas das mais conhecidas dos Estados Unidos incluem nos hambúrgueres extratos avermelhados, em geral de beterraba, e que remetem ao sangue bovino”. Batizada de Meta Foods, a submarca vegana dos Wessel foi lançada em dezembro de 2020 – e abandonada quase um ano depois. Custou cerca de R$20 milhões. “Esse tipo de produto faz muito volume na mídia, mas pouco nos supermercados…”, István Wessel. Já estressamos tanto este assunto como a posição da Madia enquanto consultoria sobre essa bobagem que preferimos parar por aqui. Mas, nos próximos meses, podem escrever, mais e novos aventureiros, incautos, desinformados, pobres de imaginação, inseguros, inconsistentes, continuarão tentando aproveitar-se de uma oportunidade que verdadeiramente existe – pessoas que estão deixando a carne – e pegando carona, equivocadamente, no que exatamente as pessoas estão se esforçando para deixar, a carne. Socorro! Vai continuar não dando certo. Apenas engrossando o cordão das iniciativas condenadas, pela falta de coragem de enfrentar e posicionar-se, a um fracasso espetacular! Mais que merecidamente.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 12/01/2022

COM O PREVALECIMENTO, CRESCENTE, DO “AMERICAN WAY OF EAT”, NÃO PARAMOS DE… ENGORDAR. E depois da pandemia e meses trancados em casa e recorrendo a pizzas e hambúrgueres…