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Negócio

A realidade abstrata de economistas cegos

Cegos pela ideologia, economistas absolutamente desvinculados e insensíveis às novas realidades, propõem regular fatos e eventos irreguláveis. Um dos principais economistas ligado ao Partido dos Trabalhadores, e que durante a gestão do PT fez as propostas mais retrogradas e esclerosadas possíveis, defendeu, antes de assumir o comando do IBGE, agora criar uma lei trabalhista para o home office. No mundo novo que está nascendo, e em que o trabalho tal como o conhecemos deixa de existir, prevalecendo o profissional empreendedor, Márcio Pochmann, ex-presidente do IPEA declarou à Folha, “É preciso criar uma lei trabalhista para o home office”. Socorro! É preciso, urgente, investir no treinamento e preparo dos brasileiros para converterem-se em empreendedores individuais e qualificarem-se para a Sharing Economy, onde as empresas organizam-se por compartilhamentos, e constituem sua força de trabalho não mais com empregados, e sim, com parceiros. O trabalhador do novo mundo não está e jamais estará ligado a uma única empresa. Presta serviços para várias, simultaneamente e em qualquer lugar do mundo. Hoje parcela expressiva de serviços que eram realizados para empresas e pessoas físicas nos Estados Unidos por americanos, é prestado com maior qualidade e melhor preço, em todos os sentidos, por trabalhadores de outros países, muito especialmente da Índia. A prefeitura do Rio de Janeiro prepara-se para fazer uma campanha global, procurando atrair os nômades digitais para escolherem a cidade do Rio de Janeiro como suas bases. E de onde prestarão serviços para seus clientes de diferentes países. E o economista do PT quer parar o Brasil – já que não consegue parar o mundo – para criar uma absurda e patética legislação trabalhista para o home office… Os economistas do PT seguem tocando a vida e olhando de forma consistente para o futuro com os olhos grudados no retrovisor… E, babam…
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Negócio

Transição religiosa

O mesmo fenômeno que aconteceu na Europa, e demandou pouco mais de dois séculos, no Brasil vem acontecendo de forma acelerada, a partir dos anos 1960. É tão acelerada que o censo a cada dez anos do IBGE perde sentido diante da velocidade da transição. Em busca de uma melhor compreensão, o cientista político Victor Araújo decidiu buscar outra fonte de informação que melhor traduzisse a velocidade desse acontecimento, e encontrou nos dados da Receita Federal. E a evangelização do país é impressionante, acelerada e irreversível. Em poucos anos, o maior país de católicos do mundo deixará de ser. Toda igreja ou templo, obrigatoriamente, precisa registra-se e declarar-se a Receita Federal. Até mesmo para abrir contas bancárias e contratar funcionários. E assim, Victor Araújo constatou a existência de 152 mil estabelecimentos religiosos no Brasil, fazendo um mapeamento entre os anos de 1920 e 2019. Diferentes fatores, segundo Victor Araújo, e consultores do MadiaMundoMarketing, são os responsáveis pela TRELA – Transição Religiosa Acelerada. Segundo Victor, e após a década de 1960, com a urbanização e industrialização do país. Em matéria na revista Pesquisa da FAPESP Victor diz, “Quando as pessoas – devido a industrialização ‒ mudavam-se para as novas periferias das cidades, ali não existiam paróquias católicas. Quem chegou primeiro nessas localidades foram os evangélicos porque podiam abrir templos sem recorrer ao Vaticano, como era a condição dos católicos”. Assim, os evangélicos foram ocupando espaço, por um lado, e segundo os consultores da Madia, não viraram as costas para a televisão – ao contrário da igreja Católica que ignorou a mídia de massa temendo perder dízimos pela diminuição da frequência nos templos. Conclusão e somando, os evangélicos ocuparam os novos territórios, e tomaram conta da mídia de massas, só duas décadas depois descoberta pela Igreja Católica. De praticamente zero templos, salvo algumas manifestações pontuais e anteriores, até o final dos anos 1960; para, e no final de 2019 e segundo os estudos de Victor Araújo e da Receita Federal, o número de templos evangélicos alcançava a casa dos 152 mil, e em crescimento… Em alguns estados do Brasil, a chamada transição religiosa está quase consumada. Dentre esses, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, e, Rondônia. Isso posto, todos os números sinalizam que exagerando, e no máximo, no Censo de 2040, os Evangélicos ocuparão a posição de maior grupo religioso do Brasil. Que um dia foi o maior país católico do mundo.
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Diário de um Consultor de Empresas – 31/05/2023

Cresce, de forma acelerada, o número de brasileiros morando sozinhos. Por diferentes motivos e razões.
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Negócio

Demorou, mas chegou o american way of eat no Brasil

Ou seja, e se nada for feito, muito brevemente nos defrontaremos com uma epidemia de obesidade em nosso país. Os últimos dados disponíveis do IBGE ainda são de antes da Covid-19, ou seja, e na medida em que as pessoas passaram a ficar mais tempo confinadas, e a comerem mais “bobagens”, pode se calcular, com tranquilidade, um aumento entre 2% a 5% sobre os números divulgados. Mas, vamos aos dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE. Aquela velha e boa e tradicional comidinha brasileira vai ficando pelo caminho. Arroz, feijão, bife, salada… E frutas na sobremesa… Nos últimos 10 anos, a presença diária do arroz na alimentação básica do brasileiro caiu de 82% para 72%. E a do feijão, caiu de 72% para 59%. Semelhante comportamento aconteceu em relação a carne bovina – caiu de 43% para 34% – assim como o consumo de frutas – de 45% para 37%. Se tudo parasse por aí até que nada tão grave. Mas, não pararam, e no lugar, todas as vagas e um pouco mais foram ocupadas por, dentre outros, pizzas e sanduíches. Dos 10% que comiam regularmente esse tipo de produto, ou tinham esse tipo de alimentação, o salto foi para 17%. E agora, então, e com a pandemia, e mais os aplicativos, mais as dark kitchens, mais a angústia e medo, coloca sanduíche e pizza nisso. Mesmo e ainda não sendo uma fotografia perfeita, no mínimo sinaliza o que provavelmente aconteceu. Os dados disponíveis revelam a quantidade de brasileiros obesos saltou de 12,2% para 26,8% – em números absolutos são hoje 41 milhões de obesos, e 96 milhões com excesso de peso. Objetivamente, só lá por 2025 conseguiremos ter uma noção precisa de quantos quilos a mais, e em média, nós, brasileiros, agregamos a nosso peso em decorrência de uma trágica pandemia. Que deixou sequelas em todos os sentidos e dimensões, muito especialmente no tocante ao quesito obesidade.
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Diário de um Consultor de Empresas – 12/01/2022

COM O PREVALECIMENTO, CRESCENTE, DO “AMERICAN WAY OF EAT”, NÃO PARAMOS DE… ENGORDAR. E depois da pandemia e meses trancados em casa e recorrendo a pizzas e hambúrgueres…
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Diário de um Consultor de Empresas – 29/09/2021

O MINISTRO QUE CAMINHAVA SEM SAPATOS PELO PALÁCIO DURANTE A PANDEMIA: PAULO GUEDES Antes da posse todos eram quase que unânimes, “PAULO GUEDES É UM CRAQUE”. Com todos os descontos decorrentes do tsunami que vem sendo a pandemia, poucos são os que repetem essa afirmação.
Negócio

Agropecuária? Sem ilusões!

Jamais poderemos negar e muito menos depreciar a importância da terra na vida de nosso país, mas, sem exageros, sem perder de vista que mesmo sendo grande sua importância, seu peso no conjunto é bem menor do que as manchetes e discursos que seus agentes econômicos repetem em suas falas de todos os dias. Dentre os economistas brasileiros, Luís Eduardo Assis é um dos mais consistentes, e que merece maior atenção e respeito, pelos fundamentos e qualidade de suas manifestações. Foi diretor de política monetária do Banco Central, e economista chefe do Citibank, HSBC, e presidente da Fator Seguradora. Professor de economia da PUC-SP e FGV. E segundo Luís Eduardo Assis, todas as tendências, pela forma como o mundo evolui, e como a tecnologia invade a agricultura e a terra, a tendência é que sua importância relativa caia, e extensões gigantescas de terra revelem-se antieconômicas. Não estamos distantes de, em determinadas culturas, a cidade virar campo – com o prevalecimento das culturas verticais. Em recente artigo no Estadão, e traduzindo com incomum propriedade a importância relativa da lavoura em e para nosso país, Luís Eduardo Assis chama a nós todos à realidade, e à luz dos números. Vamos repassar esses números agora… Segundo os últimos dados oficiais disponíveis, e do IBGE, a participação do setor agropecuário no PIB do Brasil no ano retrasado, 2019, foi de 4,4%. Com a evolução de todos os demais setores, essa participação, mais que cair, vem despencando. Há 60 anos, 1960, essa participação era de 17,7%, portanto reduziu-se em 4 vezes! Todos os países que deram um salto nesse período, que cresceram bem acima da média dos demais países, foram no início através do setor industrial, e mais recentemente, últimos 20 anos, através dos serviços. Assis faz outra comparação da maior importância. Os cinco países onde a agropecuária tem a maior participação no PIB, registram uma renda per capta média da ordem de US$ 1,6 mil. Já os cinco onde a agropecuária tem menor participação, a renda média é de US$ 80.242. Conclusão, a agropecuária é tão mais importante quanto mais pobre for um país. E com a invasão da tecnologia na agropecuária, até mesmo uma de suas maiores virtudes, a da geração de empregos, vem despencando no correr dos anos. Na última medida, oito milhões de brasileiros trabalhavam na agropecuária, 9,8% do total, em processo de queda sistemática em todas as últimas décadas. Assim, amigos, sem grandes ilusões. Vamos continuar agradecendo, homenageando e reverenciando a agropecuária do Brasil. Mas de forma sensível e conscientes que o futuro não necessariamente pode e deve ser, nem mesmo em nossas cabeças, ancorado nessa atividade. Agro é the best, mas longe de ser tudo e de conseguir ser a redenção do Brasil. Com as conquistas tecnológicas, e com os avanços dos aperfeiçoamentos e correções decorrentes da genética, muito rapidamente, até mesmo os países com pequena dimensão territorial terão, potencialmente, a possibilidade de tornarem-se autossuficientes na agropecuária. Da mesma maneira que as novas fontes de energia vêm alertando os países produtores de petróleo que os anos de ouro aproximam-se do fim. Ou seja, e repetindo, vamos continuar reverenciando a agropecuária, mas jamais colocarmos nosso futuro exclusivamente dependente de seus progressos e evoluções. Sob a luz de todos os números e análises, a importância relativa da agropecuária hoje para nosso país é bem menor do que já foi, e muito menor ainda do que muitos alardeiam. Menos emoção, mais pragmatismo, e melhores perspectivas futuras.