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Negócio

Costela, a importância da especialização

Al Ries e Jack Trout diziam, empresas estão mais para laser do que para sol. A energia do sol é infinitamente maior e mais poderosa do que a miséria que é a energia do laser. Acontece que a energia do sol, infinitamente maior, é difusa, e com um bom protetor e um guarda-sol passa-se um dia inteiro na praia sem qualquer queimadura. Já o laser, com aquela merreca de faixo de luz, mas, concentrada, fura o dedo de uma pessoa em questão de horas; quem sabe, minutos… E aí veio a crise, e o empresário e chef Celso Frizon que vem construindo sua imagem de autoridade em costela, isso mesmo, aquela carne, supostamente de segunda e gordurosa, adorada pela maior parte dos apreciadores de carne do Brasil, com uma campanha regular e sistemática nas redes sociais no correr dos últimos anos, decidiu se reinventar. E criou a costela assada na brasa e ultracongelada. Que, segundo ele, e com seu método e inovação, preserva o aroma, a maciez e a suculência da carne, depois de meia hora em banho-maria, como se tivesse acabado de sair da churrasqueira. Isso significou saltar de 200 quilos para duas toneladas de costela por semana. Hoje, Celso virou a autoridade máxima em costela do Brasil. Quem deu esse título a ele? Ninguém! Ele construiu, fez por merecer pela consistência de sua comunicação. Hoje, o Dr. Costela fornece porções prontas de suas costelas para 25 boutiques de carne da cidade de São Paulo, e neste ano abre novas unidades de seu restaurante na cidade. Jamais quis ser sol. Apenas, laser. Quando nos pedem um exemplo de consistência de foco, e a partir de agora, e dentre outros, sempre responderemos, e com louvor, o Dr. Costela.
Negócio

Evidências

A campeã dos karaokês completou 30 anos. Início dos anos 1990, Milton Assumpção – o Miltão – procura a Madia e diz, “Madia, o Al Ries e o Jack Trout estão com um novo livro na gráfica”. E querem saber se temos interesse em lançar simultaneamente no Brasil. No original, “The 22 Immutable Laws of Marketing”, topa? Junto com a editora do Miltão, a Madia criou o que denominamos de Coleção Eficácia Empresarial. Durante 20 anos lançamos muitos dos principais livros de administração e negócios em nosso país. E assim decidimos lançar o novo livro de Ries e Trout e com o título em português de “As 22 Consagradas Leis do Marketing”. Decidido o lançamento, escrevemos comentando com o Miltão, “os dois consagrados autores estão cometendo um erro patético na primeira das leis”. Diziam… Lei da Liderança, “É melhor ser o primeiro do que ser o melhor”. E para defender a tese, exemplificavam… “A primeira pessoa a atravessar o Atlântico em voo solo foi Charles Lindbergh, todos sabem, já a segunda pessoa ninguém tem a mais pálida ideia…”, e desfilavam um rosário de exemplos com essa mesma característica. Todos conheciam e sabiam quem foi o primeiro, não tinham a mínima ideia sobre o segundo, que dizer-se, então, dos demais… Já naquele momento, o que a vida e a prática nos ensinavam é que é muito bom ser o primeiro, mas, sempre e para sempre, é melhor ser o melhor. O Google foi o 12º buscador, mas, de longe, o melhor. O “Feice” a quarta rede social, mas, a melhor. É bom ser o primeiro, repetimos, mas é melhor, muito melhor, ser o melhor. Quis o destino que naquele mesmo momento um dos melhores exemplos de como a 1ª Lei estava equivocada eclodia no Brasil. No mês de outubro de 1990, Chitãozinho e Xororó decidiram gravar o álbum de número 14. Para selecionar as músicas do novo álbum iam ouvindo pelas estradas, no trajeto entre um show e outro, as fitas dos compositores. Um dia, voltando de Campinas, ouvindo e saltando músicas, até que começa uma que dizia, “Quando eu digo que deixei de te amar é porque eu te amo…”. A música era do ano anterior, 1989, de autoria de Paulo Sérgio Valle e José Augusto, e fora grava pelo cantor Leonardo Sullivan – “mais vale ser o primeiro” lembram a primeira lei consagrada do marketing segundo Ries e Trout… Mas, não aconteceu nada… A música é até hoje considerada uma música perfeita. Ouve uma vez e gruda. Todos sabem cantar e poucos resistiram tentar a música num Karaokê. Nos principais Karaokês do Brasil é a única música que é cantada de 5 a 10 vezes todas as noites. E aí Chitãozinho e Xororó decidiram gravar… É importante ser o primeiro, mas, mais importante ser o melhor… E a gravação da dupla arrebatou corações e mentes de todas as idades, sexos, preferências, amores, paixões… Assim, a 1ª das 22 leis consagradas do marketing, dos mais que consagrados Al Ries e Jack Trout estava e segue errada. E Evidências, é, mais que uma evidência, uma prova incontestável desse equívoco. É bom ser o primeiro, mas é melhor, muito melhor e sempre, ser o melhor. As 22 Leis e Evidências acabam de completar 30 anos. E Evidências prova que Al Ries e Jack Trout estavam errados. Faz parte. Acontece. Nada capaz de tirar o mérito e as contribuições monumentais à administração moderna e sua ideologia, o marketing, dos dois consagrados autores. Os criadores do Marketing de Guerra, e, muito especialmente, os que anunciaram o 2º mais importante dos 13 “Ps” do Marketing, da Madia Marketing Matrix. Intuíram e criaram o Positioning. Está no livro de autoria da dupla, Positioning, the battle for your mind. Sem um positioning relevante, emblemático, encantador, não existe nenhuma possibilidade de construir-se uma marca com um mínimo de qualidade. E vocês quantas vezes já cantaram Evidências?
Negócio

Santander leva “a lambança da década”

No primeiro sábado de maio, dia 2, 2020, nossos consultores acordam com um anúncio do Santander encapando os três principais jornais do País. Já na primeira leitura mais que suficiente tratar-se de uma mega pataquada. Fruto de descuidos inaceitáveis dos que propuseram e dos que aprovaram a iniciativa. Indesculpável! Ato contínuo, o Madia escreveu seus comentários que envia para todos os empresários e profissionais que assinam a plataforma de Mentoria de Negócios, sob a responsabilidade do MadiaMundoMarketing: Perennials. Assim como, fez um post no Facebook. O Madia perguntou, “Santander, boa notícia pra quem?”. E continuou em seus comentários… “Não pergunte porque alguns bancos são assim, são assim mesmo. Mesmo nas maiores crises encontrando um jeito de ganhar mais dinheiro ainda, jeito esse camuflado das melhores intenções. Encapando os três principais jornais do País, hoje – Estadão, Folha, Globo – o Santander diz que banca o projeto que vai dar novas fontes de renda para mais de 400 mil bancas do Brasil. Fui conferir. E, não é bem assim. Financia, desde que… E aí uma sucessão de “desde quês”… De boas intenções o inferno, que também é vermelho, está abarrotado. Daquelas ideias “geniais” que alguém tem, aprova-se no açodamento e irresponsabilidade, e depois, e se der problema, corrige-se… Nada contra as resilientes, bancas de jornais do Brasil. Que por sinal, nem na época áurea dos jornais onde o Brasil tinha milhares deles – quase toda a cidade tinha seu jornal –, chegou a 10% das chamadas 400 mil que o Santander diz em seu anúncio… Em 1986, eram 23 mil; Em 2019, 12 mil; e, de verdade mesmo, não mais que 8 mil, hoje. Onde será que o Santander arrumou 400 mil…”. “Eu passei muitas horas de todas as semanas de toda a minha vida – continua o Madia – vasculhando bancas de jornais. Não vivo, não respiro, não acordo sem uma revista – muitas – um jornal – muitos, na minha frente, como acontece agora”, dizia eu no post, naquele sábado de manhã, 2 de maio de 2020, 9 horas… E além de todas as publicações que assino. Mas as razões da crise das bancas, dos jornais e das revistas são infinitamente mais profundas. Dentre outras, é que existe um novo mundo em processo de construção, provisoriamente interrompido pela coronacrise, onde outras e novas alternativas de acesso à informação prevalecem… “Lembram, Al Ries e Jack Trout com a famosa e 1ª das “22 Leis Consagradas do Marketing”. Onde a 1ª de todas, dizia, “Mais vale ser o primeiro do que ser o melhor” e que foi literalmente defenestrada pelo tsunami tecnológico. Agora essa 1ª lei precisou ser revista e passou a ter a seguinte redação, “é importante ser o primeiro, mas, mais importante, ser o melhor sempre”. E na cabeça dos jovens de 18 ou 88 anos, existem outras alternativas e soluções que prestam o mesmo serviço de informações melhor, na cabeça deles, repito, do que jornais e revistas. “Eu, Madia, vou até o fim. Diria que minha paixão pelas publicações não tem cura. Enquanto estiver vivo, quero ser o último assinante e leitor de jornais e revistas. Dos livros, também! Não resisto ao prazer e a componente de sensualidade de tocar nas páginas de jornais e revistas e livros de onde brotam as informações mais relevantes para saciar o apetite de meu capital de conhecimento. Assim, mega decepção! Pensei que o Santander ia bancar, de verdade, e não financiar, como é de seu hábito, prática e business. Mais ainda, não imaginaria que o Santander ia colocar os 5.500 municípios do país contra a parede, estimulando os sobreviventes e heroicos donos das bancas, a brigarem com as prefeituras desses municípios. E depois ficar rindo escondido… “Pior ainda, não imaginei que o Santander fosse defender um privilégio para as bancas sobreviventes, em detrimento aos “chaveiros, manicures, ateliês de costura, floriculturas e até assistências técnicas de celular”, que imagino alguns deles, talvez milhares, sejam clientes do Santander. E me pergunto, será que o Sergio Rial aprovou essa nova modalidade de financiamento do banco que dirige, modalidade cosplay tosca de ação de benemerência? Assinado, Francisco Madia, o último assinante de jornais e revistas, o último frequentador das bancas de jornais. Ou, um dos últimos… Tempos de coronavírus! Acho que o covid-19 bagunçou a cabeça dos profissionais do Santander…” – terminava o Madia. Dias depois, o Santander foi enquadrado pelo Conar por sua monumental lambança. Acatou a acusação da ANJ – Associação Nacional de Jornais – que a campanha do Santander deprecia a relevância dos jornais. Nos vídeos da campanha o Santander dizia, “nos últimos anos, mais gente comprava jornal para catar sujeira de bicho de estimação do que para ler…”, e, emendava… “ninguém mais compra jornal em bancas, todo mundo lê notícia pelo celular…”. No mês de maio de 2020, mas em tempo, o Santander arrebatou a taça da lambança da década.
Blog do Madia MadiaMM

Diário de um Consultor de Empresas – 30/12/2020

Francisco Madia fala sobre EVIDÊNCIAS. Quantas vezes você cantou EVIDÊNCIAS neste ano que vai embora? Um dos exemplos que derrubam de vez a 1ª. das “Consagradas e Imutáveis Leis do Marketing” de AL RIES e JACK TROUT. Diziam, “Mais vale ser o primeiro do que ser o melhor”. Agora, devidamente reescrita, é “É bom ser o primeiro, mas é MELHOR ser o MELHOR sempre, mesmo não sendo o primeiro”.