No ADMIRÁVEL MUNDO que está nascendo, onde o capital é o CONHECIMENTO, onde a reputação / marca / branding é o segredo do sucesso e da prosperidade, onde o sharing, e as sharing companies são o novo formato de se organizar e trabalhar, e onde, e finalmente, existe o entendimento que todos estão no negócio de serviços, e que o produto existe pelos serviços que prestam e não pelo produto em si, o processo de migração das empresas segue de forma consistente, crescente e irreversível em direção a uma new life, a uma nova realidade.
A da LAS – L, A, S – Life As a Service.
Como a Toyota já tinha feito, quem anunciou semanas atrás sua empresa de locação de carros foi a Fiat Chrysler. Nasceu a Flua! Existiam milhares de alternativas melhores para o naming, mas, preferiram, Flua!
Fábio Siracusa, diretor da nova empresa, assim define o propósito da Flua!: “Uma empresa de mobilidade que vai dar a opção ao cliente de locação de carros por assinatura, com liberdade de escolher o modelo, cor e opcionais que deseja. Carros zero-quilômetro, e, depois que realizar o pedido digitalmente, poderá acompanhar todo o tempo e processo de produção…”.
Inicialmente a Flua! decola nas cidades de São Paulo e do Paraná, e em 32 concessionárias que participam do lançamento. O cliente poderá optar por contratos que preveem uma franquia mensal de 1,2 ou 3 mil quilômetros. E no valor da assinatura estão incluídos seguro, manutenção preventiva e assistência 24 horas. O cardápio inicial do Flua! contempla oito modelos diferentes da Fiat e dois da Jeep.
O maior argumento que as revendas Fiat estão usando para convencer os ex-compradores de automóveis e a partir de agora locadores, é que no segundo seguinte que um carro novo comprado sai da revenda ou loja, seu valor cai entre 20% a 30%. Assim, um carro de R$ 80 mil de segundos atrás, ao colocar os pneus na rua vale menos R$ 24 mil. Exatamente o que custa um pacote de um sedã básico por um ano.
É isso, amigos, a mudança começou. Gradativamente, em todos os setores de negócios veremos as empresas irem migrando de fabricantes de produtos para prestadores de serviços.
E, assim, dia após dia, começamos a viver a novíssima e dominante LAS – Life As a Service… Quem diria!
E pensar que Theodore Levitt quase foi “linchado”, décadas atrás, quando afirmou que “as pessoas não compram produtos, e sim, os serviços que os produtos prestam…”.