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Por que os applemaniacs amam a Apple?

Direto à resposta. A Apple, até hoje, tem sido a única empresa que se dispôs a pegar todos nós, seres humanos e ignorantes em tecnologia pelas mãos, e introduzir-nos, com educação, cuidados e beleza, na digisfera. Apenas, ou, tudo isso. A Apple é o melhor exemplo de marketing de excepcional qualidade dentre as empresas de tecnologia. Nasceu com os olhos, sentidos, coração, totalmente conectados com nossa ignorância, necessidades, desejos, e monumental insegurança e medo. E, assim, e se hoje convivemos com razoável tranquilidade diante de um mar de incontáveis e infinitas novidades, devemos muito à sensibilidade e inteligência social – embora fosse meio tosco – de Steve Jobs. Em marketing era um campeão. Já que esse novo mundo da tecnologia era inóspito para todos os demais mortais com exceção da galera de tecnologia, Jobs decidiu criar um mundo, produtos, e acima de tudo com e a partir da molécula “friendly”. E, fez! Dias atrás comemoramos os primeiros 25 anos de uma nova realidade. Essa realidade que hoje está totalmente integrada as nossas vidas, ou, ao contrário, nova realidade em que mergulhamos com prazer e de onde jamais sairemos. Ao contrário, cada vez e mais mergulhando mais fundo. Há 25 anos, e finalmente, fez-se a justiça. Devolveu-se ao comando de seu criador, Jobs, a empresa que criou e converteu, por uma cultura única, em empresa legendária. A Apple. Um dia, equivocamente de forma truculenta, mandaram Jobs embora. E em seu lugar, colocaram uma espécie de Salieri de Mozart, que o próprio Jobs tinha ajudado na contratação, John Sculley, que se notabilizou por algumas proezas na Pepsi. Para convencê-lo a vir para a Apple, e além do cargo de CEO que lhe foi oferecido e mais um monte de dinheiro, o argumento usado, foi, “Sculley, você pretende passar o resto de sua vida vendendo água com açúcar ou quer ter sua oportunidade de mudar o mundo?” Poucos meses depois Sculley deu o empurrão que faltava para demitirem da empresa seu criador, Steve Jobs, passando para a história da administração e do marketing como um novo Salieri. E aí, e finalmente, anos mais tarde, faz-se a justiça. A Apple reconhece a capacidade inovadora de Jobs, e o traz de volta. E o resto é história. Em sua volta, e como diz a música dos Carlos, Roberto e Erasmo: “Eu voltei, agora pra ficar, por que aqui, aqui é meu lugar”, Jobs lança um mais que amigável computador, em plástico azul e translúcido, o iMac que mudou para melhor, muito melhor, a digisfera, tornando-a mais acessível e amigável, na medida em que criou a mais humanizada dentre todas as ferramentas e gadgets. Melhor ainda, um computador mais que preparado para uma imediata conexão à www, rede mundial de computadores. E, depois e na sequência, foram nascendo os irmãos mais novos, até eclodir o iPhone. E, repetindo uma vez mais, desde então o mundo nunca mais foi o mesmo. Jobs acreditava, de verdade, que se fizesse a melhor ratoeira do mundo, o mundo faria uma fila para comprar. Desta vez de verdade, e não como na velha fábula do marketing da ratoeira Little Champ que era uma espécie de Belo Antonio. Bonita mais ineficaz, impotente. Mais que uma linda ratoeira, criou, para milhões de pessoas, seu novo e melhor amigo, claro, sem tirar o lugar nem desmerecer dos pets do coração. Assim e hoje, nos primeiros 25 anos do iMac, muito a se comemorar, por um lado. E de outro, que as demais Big Techs criem vergonha, agreguem a componente Humanity em todas as suas plataformas e produtos, e parem de fazer gadgets que levam a galera da tecnologia a orgasmos intermináveis, e ao tédio, decepção e tristeza, a maioria de nós, pobres mortais… Nos fazendo sentir, repito, ignorantes e incompetentes.
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Sharing Economy, ou, você me paga com uma parte do que você economiza

Talvez o mais simpático e menos reconhecido dos heróis da nova economia, o parceiro trabalhador de Steve Jobs, Steve Wozniak, que era capaz de trazer para terra e viabilizar os sonhos de Jobs, que projetou o primeiro computador pessoal da história, Apple, 1976, e que deixou a empresa em 1985, retorna a cena e com tudo. Mais que um novo negócio, mais que uma nova empresa – e em verdade tem os dois também −, introduz um novo modelo de negócio sob o viés econômico, e que provavelmente será um dos modelos que prevalecerá na Nova e Sharing Economy. Economia por compartilhamento. De certa forma, isso acontecia nos velhos tempos, quando proprietários e plantadores dividam os resultados das colheitas. No novo modelo de Wozniak, e em sua revolucionária empresa Efforce, uma espécie de companhia de investimento, ou uma espécie de marketplace que fomenta e apoia projetos de energia renovável – eólica, solar, biomassa, entre outros –, viabiliza-se dividindo com seus clientes o que economizam com essa nova possibilidade. No mês de setembro de 1952, a primeira máquina de Tetra Pak do mundo era entregue a seu primeiro cliente, uma empresa do setor de laticínios. Fundada no ano anterior, como subsidiária da Åkerlund & Rausing, uma companhia de embalagens de papelão fundada no ano de 1929. Da cabeça do gênio Ruben Rausing, que sempre dizia, “fazer algo que nunca foi feito antes é bem difícil”. Queria porque queria fazer uma embalagem que fosse melhor e mais econômica do que as tradicionais de papelão e vidro. E o mote que o guiava era o seguinte, “Não importa o quanto custe uma embalagem se economizar mais do que custe”. E assim nasceu a Tetra Pak. Na cabeça de Wozniak, um pensamento semelhante, e, de certa forma, derivado, e que dá um forte e decisivo empurrão na sharing economy: “O preço de minhas diferentes fontes de energia é uma parte do que sua empresa economiza e dos benefícios que traz para a humanidade”. Ele, gênio calmo e generoso, Steve Wozniak…