Tag: #John Lee

Negócio

E o submarino… Submergiu

Dentre as empresas que mais vêm se destacando no processo de ocupar espaços, e integrando seu comércio eletrônico com sua gigantesca rede de lojas no ambiente analógico, destaca-se a quase centenária Americanas. Parte da B2W. A parte que também é analógica, e se faz presente, fisicamente, em centenas de cidades e ruas do Brasil. Sempre vale a pena lembrar que a Lojas Americanas foi fundada no ano de 1929, por John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger, americanos, e um único austríaco, Max Landesmann. Começou pelo estado do Rio de Janeiro, com uma primeira loja na cidade de Niterói. Ainda e até no final de seu primeiro ano já contava com quatro lojas. Hoje, quase 100 anos depois, é controlada por Jorge Paulo Lemann, Marcel Hermann Telles e Carlos Alberto Sicupira, através da 3G Capital, e integra a B2W. Desde que o 3G assumiu o comando, partiu para uma estratégia bem mais agressiva. Para aumentar o número de lojas comprou do Unibanco a operação da videolocadora Blockbuster, no ano de 2007, e desde então acelerou no processo de abertura de lojas físicas, além de uma presença parruda e consistente no ambiente digital. Hoje, 13 anos depois da aquisição da Blockbuster, é uma rede com 1700 lojas e quase 20 mil colaboradores. Uma espécie de grande braço do B2W nas ruas, no analógico, vendendo e também entregando o que foi vendido no digital. E agora, e na medida em que a pandemia, com a vacinação, ingressa num período de sensível diminuição, a Americanas revê sua estratégia, a partir do aprendizado de quase 2 anos de pandemia. Em entrevista ao Propmark, Leonardo Rocha, responsável pelo marketing da plataforma digital Americanas, comenta sobre o aprendizado, e as mudanças decorrentes: “A pandemia determinou uma mudança de comportamento radical em nossos clientes. De uma hora para outra, as pessoas passaram a buscar de tudo na internet”. Mas, e dentre muitos aprendizados e insights, destaco três, diz o Leonardo, que continua: “O primeiro, é a constatação que o e-commerce ingressou num novo estágio no Brasil. A partir da pandemia as pessoas passaram a procurar de tudo no digital. Diante desse novo comportamento, corremos atrás e passamos a vender de tudo. Hoje, na Americanas, a pessoa compra carne, limão, ovos, enfim, coisas que não eram comuns de serem compradas pela internet. Assim e hoje, atendemos as demandas que as pessoas fazem em supermercados, também”. “O segundo, a consciência de que precisávamos acelerar na entrega. E o fato de possuirmos 1.700 lojas em todo o Brasil é decisivo. Com isso integramos todos esses pontos e passamos a fazer entregas muito mais rápidas em todos os lugares do Brasil. Para reforçar e aprimorar a logística, procuramos sempre ter as mercadorias o mais próximo possível das lojas, abrindo diversos CDs pelo Brasil”.E o terceiro, o live. Vendas ao vivo. Um modelo que explodiu na China de dois anos para cá, e, já contávamos com a experiência desse tipo de venda, no B2W, com o canal Shoptime. Assim, e antes do final do quarto mês da pandemia já tínhamos estreado o Americanas ao Vivo. No início era uma vez por semana, e hoje, todos os dias dentro do aplicativo…”. É isso, amigos. Dentre os mais competentes players do varejo brasileiro a quase centenária Americanas vai fortalecendo e aperfeiçoando sua operação. E é muito provável que mais adiante, lá pelo ano de 2025, quando todas as estratégias de todos os players já revelarem um grau de maturação maior, a Americanas figure numa das três principais posições do ranking. Em tempo, meses atrás, a B2W fundiu-se com a Americanas, passando a prevalecer a denominação Americanas Inc. E por Americanas, a denominação preferida, e não Submarino. Porque Submarino tem o grave inconveniente de submergir, quando hoje as pessoas relacionam o digital com as nuvens. Aquela – Submarino – que parecia ser uma denominação fantástica, foi perdendo a razão de ser com o avanço da Digisfera…