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Negócio

O pai do rato

“A tecnologia não substitui seres humanos. Apenas, expande e amplifica suas competências” Douglas Engelbart, ‒ O pai do rato. Hoje, ele, Eng todos os dias você que nos lê agora toca no filho dele, carinhosamente. Sem o rato, filho dele, não vamos a canto algum. Mudou a história da humanidade. Para melhor, muito melhor. Douglas Engelbart. O pai do rato. Obrigado, Eng jamais nos esqueceremos de você. Conseguiu o que se propôs. Ampliar o cérebro humano. Embora, e talvez, poucos tivessem considerado esse entendimento… E até hoje a maioria não faz a mais pálida ideia de quem você é. Se hoje, na Biosfera, além dos três ambientes originais – Atmosfera, Litosfera, e Hidrosfera, e desde a virada do milênio temos um 4º, ambiente, a Digisfera, já é possível começarmos a organizar uma espécie de galeria do que decidimos batizar de heróis da digisfera. A partir do advento do microchip, especificamente o 4004 da Intel, no ano de 1971, a Digisfera foi ganhando corpo, forma e dimensão. Mas, algumas pessoas, revelaram-se essenciais e decisivas para sua escalabilidade e total importância em sua universalização. Dentre os heróis da digisfera, pedimos licença a todos vocês que nos acompanham para apresentarmos e homenagearmos um dos maiores gênios do século passado, Douglas Engelbart, engenheiro eletricista que partiu aos 88 anos de idade, no dia 3 de julho de 2013. Sem a contribuição inestimável de Engelbart, tudo teria sido muito mais devagar. Quem sabe ainda estivéssemos morando e vivendo no século passado. Pior ainda, sofrendo cruel discriminação. Uma espécie de “proibido às pessoas comuns”. Alguma coisa como DC ‒ Digisfera Club – exclusivo e fechado para a galera da tecnologia. Engelbart é o criador do mouse. Todas as vezes que um ser humano em qualquer lugar do planeta aciona um mouse, – dezenas de bilhões de vezes a cada uma hora – em sua cabeça e coração deveria acender uma plaquinha dizendo, “Obrigado, Eng!” Engelbart e sua criação insere-se no absurdo e monumental ano de 1968, o ano que nunca terminou e provavelmente jamais terminará, e onde começam a se esboçar os primeiros contornos do Admirável Mundo Novo. O fim do primeiro tempo da história da humanidade, e a contagem regressiva para o início do segundo tempo ou ato. De sua casa, utilizando um modem caseiro, e em videoconferência, fez a primeira demonstração de sua contribuição decisiva para a universalização e acessibilidade da principal das portas da digisfera, os computadores. A distância, levou sua criação genial a todos os presentes na Fall Joint Computer Conference, no dia 9 de dezembro de 1968, na cidade de San Francisco. Tudo o que queria, gênio, era criar ferramentas que possibilitassem, segundo suas próprias palavras, “Ampliar o Cérebro Humano”. Uma espécie de extensor de cérebros! Um supostamente maluco procurando criar uma ponte para um rio ou oceano que ainda não existia. Ideia essa que ganhou forma nos laboratórios da Universidade de Stanford. Anos depois, 1984, e ao lançar o Macintosh, uma das grandes sensações era uma invenção de 16 anos atrás. Isso mesmo, a invenção dele, Engelbart, Eng, o mouse. Eng morreu em sua casa, na cidade de Atherton, no Vale do Silício. Se alguém um dia inventou a vara de pescar e deu sentido a todos os pescadores – profissionais e amadores –, de certa forma Eng é o inventor da vara de pescar que garantiu a democratização da Digisfera aos bilhões de habitantes do planeta Terra. Com seu mouse. A vara de pescar do Admirável Mundo Novo. Plano, líquido e colaborativo. Mais que valeu, Douglas Engelbart, um de nossos primeiros e gigantescos heróis da digisfera.