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O que aleja e mata, salva… O que vicia, cura…

Os exemplos na história da medicina curativa, isso mesmo, aquela que produz e industrializa remédios, são às centenas. Remédios, ou, princípios ativos devastadores, proscritos e proibidos, passam, diante de novas evidências, a serem prescritos e permitidos. Abençoados! No final dos anos 1950 a tragédia da talidomida é mais que referencial. Lançada e utilizada como medicamento sedativo, anti-inflamatório e hipnótico, acabou sendo receitada indiscriminadamente e causando má-formação ou ausência de membros em fetos em processo de formação. Até hoje, e em todo o mundo, milhares de pessoas nascidas naquele momento carregam as marcas da devastação. No total, mais de 10 mil crianças, hoje sexagenários, foram vítimas da talidomida. Mais recentemente, início do novo milênio, a talidomida foi parcialmente reabilitada considerando-se os bons resultados de seu uso em casos de eritema nodoso leproso, de mieloma múltiplo, inibidor do vírus do HIV, e muitas e outras pesquisas a caminho. Durante décadas o canabidiol foi desconsiderado pela comunidade científica pela sua filha mais conhecida, a maconha. No entanto, da virada do milênio para cá, o canabidiol vai se revelando um santo princípio ativo e passa a ser pesquisado como remédio em diferentes patologias e situações. Na década passada era raro o dia em que famílias na televisão não exigiam que o governo autorizasse a importação de remédios à base de canabidiol para o tratamento de doenças psiquiátricas e neurovegetativas – esclerose múltipla, esquizofrenia, Parkinson, epilepsia, ansiedade, e outras mais. E, a cada nova semana mais e muitas e positivas novidades sobre os benefícios do canabidiol. O filósofo Friedrich Nietzsche costumava dizer que “o que não mata, fortalece”. E a história tem provado no correr dos tempos, e agora com todas as conquistas da tecnologia, que acabaremos procedendo a uma revisão radical em todas as substâncias rotuladas durante décadas como venenos, e que, muito provavelmente, e em determinadas circunstâncias e situações se revelarão santos remédios… Mais ou menos o que se aprendeu com algumas lutas. Usar a força de supostos adversários a nosso favor… E o ex-adversário da vez, hoje, chama-se Canabidiol…