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Itaú saindo de onde jamais deveria ter entrado

Fantástico uma empresa associar sua marca a manifestações relevantes no tocante a cultura e as artes. Mas, e apenas, associar, jamais, ter, ser sócia ou proprietária. Por razões que a própria razão desconhece a história da rede Itaú de cinemas inicia-se no ano de 1989. Lá atrás, uma associação entre o Banco Nacional. Que mais adiante resultou no Espaço Banco Nacional de Cinema da Rua Augusta. Onde durante anos funcionou o Cine Majestic. E aí um dia o Unibanco é convocado pelo Banco Central para salvar o Nacional. E, já que veio junto o Espaço Banco Nacional, e que o Unibanco tinha o Instituto Moreira Salles, e os herdeiros do embaixador gostavam de cinema, o Nacional converte-se em Espaço Nacional de Cinema e a rede multiplica-se por várias cidades do Brasil. E aí o Unibanco é incorporado pelo Itaú e leva consigo dezenas de salas de cinema em diferentes cidades do Brasil. A partir de 2010, e como já vinha acontecendo na rotina do maior banco do país, Unibanco foi deixando a cena principal, ficando nos bastidores, a marca Itaú prevalecendo, e tudo converte-se em Espaço Itaú de Cinemas. Pra não ferir susceptibilidades, e gerar desconforto com a família Moreira Salles a iniciativa ganhou uma sobrevida de mais alguns anos, e gradativamente foi encolhendo. E agora desaparece por completo. Dias atrás o Itaú vendeu sua parte no negócio a um grupo paranaense – Cinesystem – completando todo um longo processo de desfazer-se de iniciativas que jamais teria, mas que vieram juntas no processo de compras, incorporações e fusões do mercado financeiro das últimas cinco décadas. Definitivamente, cinema não faz parte do phocus de bancos. Assim como uma série de outras iniciativas. E imagino que por vontade própria, o Itaú jamais teria se aventurado nesse negócio, que definitivamente não tem nada a ver com seu business. Mas era um tempo de um Brasil onde as empresas costumavam ter, possuir, comprar, do que contratar serviços e usar enquanto fizesse sentido. Definitivamente, esse tipo de raciocínio se já não fazia o menor sentido quando o Nacional começou, o Unibanco deu sequência, e agora o Itaú encerra, hoje constitui-se em erro crasso e inaceitável de gestão. Parcerias e patrocínios, desde que relevantes e essenciais ao posicionamento da instituição e a processo de Branding, sim. Propriedade e sociedade, fora do business e por mais simpáticas que possam parecer, jamais.
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Assim como mangueira, o cinema agoniza, mas não morre…

Eu, Madia, passei parte da minha juventude, como já comentei com vocês, mergulhado em salas de cinema. Chegava a assistir 3 filmes em 3 diferentes salas num mesmo dia. Mas… e como dizia o título em português do lindo filme de Robert Redford, A River Runs Through It, “Nada é para Sempre…”. Dias atrás a Folha publicou, em caderno especial, os resultados da pesquisa realizada pelo Datafolha, “O Melhor de São Paulo”. E segundo a Folha, com 53% das manifestações, a Rede Cinemark, foi a grande vencedora em sua categoria. Diz a Folha, “o Cinemark é o melhor cinema de São Paulo pela nona vez consecutiva…”. E aí vem a matéria, e entrevistas com profissionais da Cinemark. No segundo parágrafo, circunstancialmente, o maior desafio: “A rede tem buscado retomar a presença do público com novidades nas bombonieres e experiências personalizadas…” Dentre as iniciativas, Clube de Assinaturas, com três pacotes diferentes. A mais barata custa R$16,90 por ano, com direito a um ingresso anual e desconto em produtos. E a mais cara, R$38,90 por mês. E ainda, incrementar o cardápio das bombonieres com mais opções de doces, pipocas com creme de avelã, confetes de chocolate e cookies. E que nas chamadas salas prime ainda oferecem pipocas com azeite aromatizado, pizzas, sobremesas, vinhos, cervejas e drinques… Não obstante todo esse empenho, inovações, vontade e desejo, as salas escuras seguem definhando. No ano passado, 2023, a presença nos cinemas foi 34% menor do que em 2019, último ano antes da pandemia. Essa espécie de pausa forçada acelerou a decadência. E para pior, a perda de atratividade dos filmes nacionais que nos bons tempos representavam quase 15% do total de ingressos vendidos, contra apenas 3,2% de 2023. Menos grave, mas não diferente, a situação nos Estados Unidos, e onde, e no mesmo período, a arrecadação dos cinemas foi 20% menor do que no ano anterior a pandemia. É isso, amigos. Nada é para sempre. E ainda, e para agravar mais a situação dos cinemas nos Shopping Centers, a releitura que todos nós estamos fazendo sobre o que queremos daqui para frente, e como nos comportaremos, em relação a essa outra manifestação, também, em franca decadência. Em muitos cinemas de shopping centers, em alguns dias, menos de 100 pessoas no conjunto das sessões… E aí, e como acontece no final da divulgação dos resultados de cada categoria da pesquisa da Folha, Beatriz Gatti, que assina a matéria, tentou preencher a ficha básica. E anotou, Cinemark. Fundação, 1997; Unidades, 627 salas; Funcionários, Não Divulga; Faturamento, Não Divulga; Crescimento: Não Divulga… Quando terminei de escrever este mais que doido e desconfortável comentário, procurei me lembrar da última vez que fui a um cinema… Sigo pensando…
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Cessa a causa, cessa o efeito

E aí, literalmente, do dia para a noite, e em decorrência da pandemia, algumas empresas decolaram na vertical e nem o céu parecia ser o limite. Hoje, essas empresas de impulso inicial espetacular, contabilizam perdas definitivas e em igual proporções. Com poucas perspectivas de recuperação, porque, e agora, estão estigmatizadas, em suas marcas, e com a pouca cultura interna em frangalhos. Poucas empresas foram mais comentadas, saudadas, glorificadas, na pandemia, que o Zoom. No ano da pandemia, quando o Zoom mal engatinhava e com uma série de problemas, conseguiu a proeza de ver suas ações decolarem na vertical e, em poucos meses, acusarem uma valorização de 765%. E aí vieram outras empresas, outras soluções, algumas das Big Techs muito menos por vontade específica, mas muito mais para preservar territórios decidiram investir na comunicação corporativa a distância, e o Zoom foi perdendo sustentação, gás, e desde o final da pandemia seu valor de mercado reduziu-se a 20%. Perdeu, em pouco mais de dois anos, US$77 bilhões. Outros dos Big Hits da pandemia, a RingCentral, empresa de comunicações nas nuvens, e que decolou com tudo durante e pandemia, hoje está devidamente asfixiada pela ação das Big Techs Alphabet e Microsoft. E uma Peloton, bicicletas ergométricas, e uma referência dos tempos da pandemia, desde 2020 vê suas ações desinflarem e hoje não valem mais do que 10% do que valiam há dois anos. Demissões em massas, e renúncias no comando da empresa. Em síntese, tudo de bom – na aparência – que aconteceu com essas empresas – hoje revela-se fugaz e, ou, sazonal. Cessada a causa, cessa o efeito, e assim caem numa dramática realidade. E o que aprendemos e deveríamos assimilar e agregar a nossa sensibilidade e cultura essencial. Que vivemos, de longe, a quilômetros de distância, a maior crise estrutural da história da humanidade decorrente do tsunami tecnológico. E que os planos que contam, de verdade, são os estratégicos, e não as oportunidades circunstanciais e decorrentes de eventualidade. Que até podem trazer algum refresco no curto prazo, mas, cessada a causa cessa o efeito, as empresas caem numa trágica realidade, e muito pior ainda, agregam ao pensamento interno, a toda a sua equipe, a consciência do supérfluo, irrelevante, oportunista. Empresas que agora padecem de miopia crônica, assimilada e incorporada durante o curto período das glórias fugazes. Em muitas dessas empresas a miopia incorpora-se, o que as condena, definitivamente, ao desaparecimento. O clima interno é de derrota, incompetência, ingenuidade. Poucas sobreviverão.
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A premonição de Caetano mais que confirmada

Inspirado nos escritos dos muros da cidade de Paris, onde no mês de maio de 1968 os estudantes percorriam a Champs-Élysées bradando por liberdade, Caetano Veloso ingressa no palco do Festival da Canção daquele mesmo ano, em companhia dos Mutantes, e cantando, É Proibido Proibir… De alguma maneira, um exercício premonitório do que acontece hoje. E de uma forma mais radical. Não é que é proibido proibir. É impossível proibir, por mais que os alucinados e carcomidos ministros do Supremo tentem. O tsunami tecnológico, pela disrupção estrutural, e colocando tudo a baixo muito especialmente as proibições, zerou tudo, e agora, tudo pode e muito mais. E se alguém se incomodar que tente, de alguma forma, provar, demonstrar, e fazer prevalecer o entendimento que algumas proibições sobrevivem. Uma coisa é o que dizem as leis, regulamentos, decisões; outra coisa é a prática, a realidade, o fato em si. Joelmir estava certo, “na prática a teoria é outra”. Até anos atrás, meses atrás, dias atrás, ainda comentávamos sobre a proibição dos jogos de azar. A eventual volta dos cassinos. E, enquanto isso, e através da disrupção, toda uma mega indústria de “games”, exercitados e praticados todos os dias por vovós e vovôs, mais pais e mães, mais filhos, mais netos, e que em determinado momento insinuava a venda de alguma coisa, a possibilidade de algum tipo de aposta, não sem sair de casa, sem sair da cadeira… e resgatando para os jogos duas ou três gerações já consideradas perdidas, e preparando todas as novas gerações para a volta acelerada da jogatina. Pra que a volta dos cassinos, se podemos jogar direto da cama, do vaso, ou do sofá? Pra que comprar em lojas de rua se em minutos o que queremos chega em nossas casas? É isso, amigos. Não é que e apenas o tal do Jogo Voltou! O Jogo de Apostas, ou de Azar, como aprendemos com nossos avós, estão de volta e mais exuberantes do que nunca. Começamos, nesse retorno, pelos Games, e nos descobrimos, agora, no negócio das Bets. Só mudou o “sexo”. E essa reflexão, com poucas ou quase nenhuma diferença, vale para todas as demais atividades e negócios. Se quando Caetano bradou “É Proibido Proibir”, não era bem assim, agora é. Estamos, todos, mergulhados até o último fio de cabelo, na maior crise estrutural da história da humanidade. Uma crise total, silenciosa, e que remete ao slogan da Persico Pizzamiglio, lembram, “você não nos vê, mas, estamos aí…”. Sim, o mundo, se não é, está líquido. Sabe-se lá até quando…
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Qual o sentido das auditorias

Semanas atrás compareceram a CPI da Câmara dos Deputados que investiga o caso Americanas, dois representantes de consagradas empresas de auditoria. PwC – PricewaterhouseCoopers, e da KPMG. Claro, não iriam reconhecer suas culpas, mas simplesmente negaram, ao depor, o sentido, a razão de ser das empresas de Auditoria. Quase a dizer, auditoria e nada dá no mesmo, ou, é a mesma coisa. A representante da KPMG disse sobrarem motivos para repudiar as insinuações contra a KPMG. Diz que sua empresa durante os trabalhos realizados, chamou a atenção da Americanas sobre “as deficiências e a necessidade de melhoria nos controles de verbas de propaganda cooperadas…” e, completou, “nada indicava fraude…”. É exatamente para isso que, em tese deveriam servir empresas de auditoria, identificar, onde nada indique, a existência da fraude… É pra isso que servem e são contratadas, por dizerem ser especialistas e que nada escapa da seus olhos, conhecimento e controle. Já o representante da Price, alegando que não compete aos auditores independentes realizarem análises e revisões de todas as transações das empresas auditadas, disse, “Há risco inevitável de que distorções não sejam identificadas…”. Como assim? Mas não é exatamente pra isso que se contrata especialistas. Para identificar e denunciar o que escapa aos olhos dos demais mortais e não especialistas? Simplesmente, patético.
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Temos um 4º grande banco. E é 100% digital

Ao divulgar os resultados referente ao primeiro trimestre deste ano o Nubank revela números exuberantes, e qualifica-se, definitivamente, pela base espetacular de clientes que possui, a ingressar no mesmo ranking onde se digladiam Itaú, Bradesco e Santander. Vamos aos números. Um lucro no trimestre de quase 450 milhões de dólares, uma alta de 11,8% em relação ao quarto trimestre de 2023, e, um salto de 79,1 milhões de clientes para 99,3 milhões. Dias depois de anunciar os resultados, voltou à imprensa para informar já ter superado a casa de 100 milhões de clientes. Assim, e em número de clientes já é maior que o Santander, e encostou no Bradesco e no Itaú… Ainda distante da Caixa Econômica Federal com mais de 150 milhões de clientes… Bradesco, Itaú, Santander, Caixa, Banco do Brasil, levaram décadas ou séculos para chegarem onde se encontram hoje. O Nubank, exatos, 10 anos… Um exemplo clássico do ensinamento de Jean Cocteau. “Não sabendo que era impossível, David Vélez, Edward Wible e Cristina Junqueira, foram lá e fizeram… O que os demais grandes bancos do Brasil levaram, em média, um século para construir, o Nubank precisou de 10. Apenas isso. O impacto monumental e espetacular da tecnologia nos negócios.
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Reforma tributária, erro crasso de método

E depois de anos de discussões, debates, propostas, e infinitos remendos, chegou ao Congresso a proposta de regulamentação da reforma tributária. E por melhores que fossem as intenções, e necessidade dramática e inadiável de simplificação, escolheu-se o caminho errado. Metodologia equivocada. Tentaram trabalhar simultaneamente forma, processo e conteúdo, e deu no que deu. Chega ao Congresso totalmente deformada, onde prevalecem exceções de toda a ordem. O mais óbvio, natural, sensível e moderno caminho a ser adotado, era, e em primeiro lugar, submeter e filtrar o sistema tributário vigente, por mais injustiças e equívocos que contenha, a todas as possibilidades que a tecnologia hoje coloca à disposição dos Estados modernos. Sem mexer em tributos, alíquotas e tudo o mais. Apenas preocupando-se na racionalidade e simplificação. Se procedido dessa maneira, a primeira parte da Reforma já estaria aprovada e em execução, na medida em que não tratava do mérito, e nem aumentava e nem diminuía a carga tributária de qualquer setor de atividade. Independente de justas ou injustas, era assim que o país vinha trabalhando e as empresas já estavam acostumadas. Ou seja, na primeira etapa todos, sem exceção, se beneficiariam da mais que bendita, abençoada, e desejada simplificação. Todos se sentiriam felizes e contentes. Terminada essa etapa, uma comissão permanente, com o apoio de consultorias externas contratadas, entrando no varejo da reforma. No estudo de cada cadeia de valor específica, e procedendo a todas as correções necessárias. Ou seja, e aí, sim, corrigindo injustiças. Todos dizem – e estão certos –, que mais de 50% dos benefícios da reforma, para ser modesto, decorrem exclusivamente da simplificação. E assim, em dois ou três anos, essa etapa já estaria concluída. E, depois, e sim, mergulharíamos no mérito, justiças e injustiças de cada cadeia de valor. Mas, decidiu-se fazer os dois movimentos simultaneamente e deu no que deu. Aumentou a confusão, multiplicaram-se as dúvidas, maximizaram-se as inseguranças, e passaremos os próximos anos discutindo as exceções, em prejuízo monumental às regras. Quando se escolhe o método errado é nisso que dá. Hoje o tão aguardado projeto chega ao Congresso com 24 anexos de exceções. Por enquanto…
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Querida, encolhi os tratores…

E aí, e de novo na Folha, uma matéria singela, no conteúdo, e devastadora, no sentido, entendimento e decorrências. Diz a matéria assinada por Marcelo Toledo, que cobriu a visita de Lula a Agrishow, no domingo, dia 28 de abril: “Mundo dos tratores abre espaço para carro voador, robô e drone…”. Lembram de Theodore Levitt que nos anos 1960 incendiou o mundo com seu artigo na Harvard Business review, Marketing Myopia, e onde alertava a todos que, “não compramos produtos, compramos os serviços que os produtos prestam”. De certa forma, já no título, é o que revela a matéria assinada pelo Marcelo. Na agricultura, “animais novos” que prestam melhor os mesmos serviços, vão anunciando o encurtamento no tempo de vida dos animais que só prestavam esses serviços caminhando sobre roda e pela terra com infinitas limitações. Diz Marcelo, repetindo o que Levitt disse há 70 anos atrás, “Setor que outrora era predominantemente dominado por tratores, colheitadeiras e implementos, o agronegócio agora divide o espaço no campo também com equipamentos como drones, robôs e aviões agrícolas, mas, e até mesmo um carro voador se faz presente na Agrishow…”. Pior, ou melhor, o carro voador exposto na feira, o eVTOL 216-S, da empresa chinesa Ehang, que, além de voar, não precisa de piloto… Deu pra entender? Aproveite o exemplo e faça uma reflexão profunda sobre o seu negócio. Mais cedo ou mais tarde desembarcará a sua frente um concorrente que presta o mesmo serviço que sua empresa presta, através ou não de um produto, e colocará seu negócio em Corner… como nas lutas de boxes. Faça você esse movimento, antes que um concorrente o faça. Ainda dá tempo… Os tais dos carros voadores ainda levam mais alguns meses para chegar… alguns meses…
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Beethoven, uma liderança de mais de 250 anos

Ludwig Van Beethoven nasceu no dia 17 de dezembro de 1770, na cidade de Bonn, e despediu-se aos 56 anos, na cidade de Viena. Johann Sebastian Bach é da cidade de Eisenach, 21 de março de 1685 e despediu-se em Leipzig, 28 de julho de 1750. Já Wolfgang Amadeus Mozart é de Salzburgo, 27 de janeiro de 1756, despedindo-se em Viena no dia 5 de dezembro de 1791. E Fréderic François Chopin, o último dos quatro grandes compositores clássicos, sem desmerecer os demais, foi o que chegou depois. Da Polônia, cidade de Wola, 22 de fevereiro de 1810, despedindo-se em Paris, 17 de outubro de 1849. Bach criou as bases, os exercícios, as técnicas, Beethoven e Mozart deliraram, exacerbaram, levaram às últimas consequências, e Chopin resgatou a calma, a paz, a sensibilidade tranquila e sabia. Meu compositor preferido. Assim, os quatro viveram num período que vai de 1685 a 1849, aproximadamente 150 anos. E o sucesso alcançado por todos, tem muito a ver com aquele momento do mundo, o clímax de alguns reinos e monarquias, as cortes, e a invenção do piano, documentada no ano de 1711, no Giornale De’Letterati D´Italia, quando apresentado ao mundo na cidade de Florença por seu inventor Bartolomeo Cristrofori. O piano teve para música um impacto e uma disrupção comparável ao que o computador vem tendo para pessoas e empresas. Sem o piano não conseguiria fazer este comentário de agora, mesmo porque não sei se conheceríamos a genialidade dos 4 grandes compositores. Mas, e além da referência a disrupção provocada pelo piano na história da música, meu comentário refere-se, também, a pesquisa realizada pela BBC, com 151 dos principais maestros do mundo, procurando conhecer qual composição gostavam mais de reger. E deu Beethoven na primeira colocação com a Sinfonia de número 3 e mais conhecida como Eroica, vindo na segunda posição também Beethoven com a 9ª. em ré menor, empatado com Mozart com a 41ª em ré maior, e mais conhecida com Júpiter e do ano de 1788. Ou seja, e na preferência dos maestros, Beethoven ocupa a primeira colocação. Na relação completa da BBC, nas escolhas das 20 preferidas de 151 dos principais maestros do mundo, Beethoven aparece cinco vezes com cinco composições diferentes. Na sequência Brahms com quatro. Mahler com três. Mozart e Bruckner com dois. E com um Berlioz, Tchaikovsky, Sibelius, Shostakovich. Talvez, e a essas alturas do meu comentário muitos de vocês devam estar se perguntando porque estou falando tanto, e volta e meia refiro-me à música clássica e principalmente à orquestra sinfônica e aos concertos. Porque aprendi com o adorado mestre e mentor Peter Drucker ser a orquestra sinfônica o melhor Benchmark para todas as empresas e sempre. A referência em que todas e sempre deviam se inspirar. Muito especialmente agora, com a chegada e prevalecimento da SEKS – Sharing Economy & Knowledge Society.
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Sheryl Sandberg partiu. O “Feice” nunca mais será o mesmo

A notícia já vinha sendo aguardada há alguns anos. Consumou-se. Em 2022, Sheryl Sandberg, depois de 14 anos, deixou o “Feice”, e, Zuck. Pretende, dependendo de como as despedidas evoluírem, seguir no conselho das empresas de Mark Zuckerberg. Razão principal, e mesmo jovem, pretende dedicar os próximos anos de sua vida à filantropia. Sheryl sempre foi considerada uma espécie de voz de consciência do “Feice”. A ela, os demais e jovens executivos referiam-se como “uma adulta na sala”. Ao comunicar a saída de Sheryl, Zuck escreveu, “É incomum que uma parceria de negócios dure tanto tempo… Sheryl arquitetou nosso setor de anúncios, contratou ótimas pessoas, forjou nossa cultura de gestão e me ensinou como administrar uma empresa”. Em síntese, e até hoje, Zuck revela, Sheryl fez praticamente tudo. E reforça ao dizer, forjou uma cultura de gestão. A cultura Facebook! Em maio de 2016 Sheryl concedeu uma entrevista a Filipe Vilicic, no exato momento em que seu livro era lançado no Brasil pela Companhia das Letras – Faça Acontecer – Mulheres, Trabalho e a Vontade de Liderar. Separamos para compartilhar com vocês os três momentos que mais chamaram nossa atenção. As razões de procurar-se ter mais mulheres em cargos de liderança Segundo Sheryl, “Não existe um único país em todo o mundo que tenha 5% de suas empresas sob o comando de mulheres. Na América Latina o percentual é menor ainda. Menos de 2%. Mas, e como é do conhecimento de todos, temos um pouco mais de mulheres do que homens no mundo. Certa feita, brincando, mas falando sério, Warren Buffett atribuiu parcela expressiva de seu sucesso ao fato de ter sempre competido com metade da população, a masculina. Imaginem se homens e mulheres trabalhassem por igual…”.Como mudar essa situação – “Num determinado momento minha geração começou a sentir que o trabalho estava completo. Não estava, a batalha apenas tinha começado. Por infinitas razões, especialmente de ordem cultural, homens sentem-se mais confiantes no trabalho do que as mulheres. Sempre se sentam ou no centro ou na ponta das mesas. Já as mulheres sempre em posições secundárias ou desfavoráveis. Nas reuniões homens falam mais alto e são mais ouvidos. Daqui para frente as mulheres sempre devem se sentar nos melhores lugares, e, se enquanto estiverem falando forem interrompidas, apenas parar de falar…”.Se mulheres devem largar a carreira para se dedicar a família “Mulheres têm de ter o poder de decidir sobre suas vidas. Se querem seguir trabalhando devem fazê-lo. Se optam por cuidar da família, idem. Se querem fazer as duas coisas, sigam em frente. Chega de estereótipos. Mulheres podem trabalhar e alcançar a liderança. Homens devem ter a opção de abandonar a carreira e cuidar da casa. Ou, ambos dividirem as responsabilidades…”. Neste exato momento, um dos ícones do mundo moderno, prepara-se, ela, Sheryl Sandberg, para mergulhar de cabeça na filantropia. Deixa sua marca.
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