Oportunidades para a inovação, segundo Peter Drucker
De tanto ouvir seus discípulos e seguidores pedirem, a nosso adorado mestre e mentor, Peter Drucker, que tentasse sintetizar os diferentes momentos ou situações que possibilitam movimentos de inovação, o mestre disse: “São sete as fontes de oportunidades para a inovação. Quatro dentro da organização e três fora.”
A primeira, decorrência de um acontecimento inesperado – um evento qualquer, independente de ser um sucesso ou um fracasso;
A segunda, a que decorre de uma incongruência: a distância entre nossas expectativas e o verdadeiramente alcançado;
A terceira, decorrente da necessidade de se criar um novo processo;
A quarta, que decorre de uma mudança na estrutura daquela indústria ou mercado específico pegando todos desprevenidos;
A quinta, mudanças demográficas;
A sexta, mudanças nas percepções dos consumidores, e;
A sétima, o advento de um novo acontecimento ou tecnologia.
Repassando a resposta do mestre, na primeira situação, e de repente, uma pandemia como estamos vivendo. Com todos os desafios e complicações, mas, também e inerente, a possibilidade que traz em si de muitas inovações. Para os que tiverem tranquilidade e sensibilidade para identificar as possibilidades.
A segunda, quando decidimos fazer alguma coisa que fica muito distante do objetivado. Nesse momento podemos tomar duas atitudes; desistir, ou, insistir. E insistir, claro, não da mesma maneira. Identificando caminhos novos que nos conduzam ao sucesso pela simples razão que conseguimos ver o mesmo desafio sob um novo ângulo de visão, ou seja, inovando.
A terceira, quando os desempenhos que temos alcançado não correspondem mais as nossas expectativas e estão debilitando a competitividade de nossas empresas. Esse é o momento de inovar e pensar numa nova forma mais eficaz de fazermos a mesma coisa com um resultado diferente.
A quarta é quando acordamos e descobrimos o que um dia sentenciou com a máxima felicidade a intelectual Gertrude Stein: “Não existe lá mais ali”. Por alguma razão ou causa, fatos novos e independentes de nossas vontades ou ações, mudaram por completo o campo de batalha. Nenhuma outra alternativa que não seja a inovação.
A quinta, quando ocorrem mudanças demográficas de toda e qualquer ordem. E se o entorno e as circunstâncias mudam, impossível continuar-se procedendo da mesma forma na expectativa de alcançar novos resultados. Inovar é a única solução.
A sexta, quando ao acordarmos um dia olhamos para o mercado, reconhecemos as mesmíssimas pessoas lá, mas com comportamentos totalmente novos, e diferentes. E, ou se revê, inovando, o que fazemos e produzimos, ou corremos o risco dessas mesmas pessoas com novos hábitos e comportamentos, nem mesmo reconhecerem nossa presença; assim, temos que nos adequar à nova situação e comportamento das pessoas, para retornarmos a seus raios de visão, ação e interesses.
E a sétima, segundo o adorado mestre, a chegada de uma nova conquista, descoberta, tecnologia, que impõe uma revisão obrigatória, muitas vezes radical, em relação ao que fazíamos até ontem à noite.
E assim, e uma vez mais, inovar ou morrer. Por isso que o mestre nos ensinou que, “Todas as empresas, de todos os portes e setores de atividades, têm duas e exclusivamente duas funções. Marketing e Inovação. Marketing para conquistar e preservar clientes, e Inovação, para sobreviver.” Se você não inova, alguém vai inovar, e você, muito rapidamente caminhará para a obsolescência… Garantimos a vocês que em nossos 40 anos de MadiaMundoMarketing jamais nos deparamos com uma situação, como a que estamos vivendo, mais que propícia, necessária e essencial para a inovação.
Gertrude Stein, mais que absolutamente certa: “Não existe lá mais ali”.