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Amazon segue correndo atrás do Mercado Livre

O Mercado Livre chegou poucos anos antes – 12 – e que, no mundo de hoje, é uma eternidade –vindo da Argentina, e sob o comando de Marcos Galperin, argentino, e seu sócio brasileiro, Stelleo Tolda. Rápida e competentemente ocupou espaço e segue, relativamente tranquilo, na liderança. Mas sem se descuidar um instante que seja em relação a Amazon, que por aqui chegou em 2012, com o lançamento do Kindle. Assim, o chegar bem antes do Mercado Livre, e claro, a forma competente e sensível como continua sendo tocado, mais que sustentar, dá consistência à liderança. Hoje o comando da Amazon Brasil é de Daniel Mazini, carioca, que em edição de semanas atrás de O Globo, resgata toda a trajetória em nosso país, do segundo do ranking no Brasil, e de olho na liderança. Segundo Daniel, Amazon põe os pés no Brasil em 2012 a propósito do lançamento do Kindle. Em 2014 passa a comercializar livros físicos. Os primeiros passos do marketplace datam de 2017, começando pela venda de eletrônicos para casas. E, finalmente, em 2019, a Amazon decide mergulhar de cabeça no Brasil, e constrói seu primeiro centro de distribuição; até então, só usava centros de distribuição terceirizados. Nesse mesmo ano lança o Amazon Prime, o Alexa – assistente virtual – falando português…”. Assim, e segundo Daniel, a Amazon considera seu ano zero no Brasil 2019, quando se revelou preparada para competir. De lá para cá saltou de um centro de distribuição para dez, de um polo logístico para mais de 100. E 90 estações de entrega – menores – e que permitem entregas no mesmo dia… De duas ou três centenas de funcionários de 2019 para 18 mil em 2024. Assim e hoje, no território dos marketplaces, e na disputa da liderança, apenas dois players, com consistente vantagem para o Mercado Livre. Todos os demais marketplaces, a considerável distância e brigando pela “liderança” do terceiro lugar”. Há quase 100 anos, Gertrude Stein, disse, “Não existe lá mais ali”. É o que podemos dizer em relação ao comércio que por aqui prevalecia, antes da virada do milênio. Até mesmo os antigos players de gênese analógica, e que sobrevivem, com dificuldades, tiveram que se reinventar. O amanhã é ontem Definitivamente, a grande maioria dos especialistas e articulistas não tem consciência ou não se sensibilizaram da devastação que a Inteligência Artificial já provocou. Num dos artigos da semana passada, no Estadão, o articulista diz, “o amanhã é hoje”. Não, não é, o amanhã foi ontem e centenas de milhares de pessoas em todo o mundo já perderam seu emprego para a Inteligência Artificial. Nada, absolutamente nada contra a IA, Inteligência Artificial, repito, que em infinitos territórios já vem se revelando uma dádiva, muito especialmente na saúde, onde, e nos próximos anos, salvará milhões de vida. Mas, e no mundo corporativo, se todos os cuidados não forem tomados, e como já comentei, seu efeito, que já é mais que preocupante, será devastador. De qualquer maneira, faço mais este comentário sobre o tema IA consciente que poucos lerão porque ainda estão embriagados pelas maravilhas da Inteligência Artificial. Mas, sigo fazendo, por absoluto e total dever de consciência. No final do artigo do Estadão o comentarista especializado em tecnologia e educação, pergunta, “Você confiaria a uma Inteligência Artificial o controle de seu computador…?” Não teve resposta… a pessoa já fora demitida… Em tempo, Martin Sorrell, em visita ao Brasil e entrevista ao O Globo, ex- WPP e hoje a frente da S4 Capital, falou sobre o impacto da Inteligência Artificial na publicidade, “As empresas clientes das agências não vão mais depender de um planejador de mídia de 25 anos de idade, mas de um algoritmo mais eficiente para analisar informações e fazer escolhas certeiras. A parte ruim é que você não precisará mais de 10 mil, 15 mil pessoas na rede de planejamento e compra de mídia. Mas, a eficiência, será muito maior…” Socorro! Na mesma página da entrevista de Sorrell, a notícia que uma empresa de Pix Global, a Nium, com um time local aqui no Brasil, de duas pessoas, viabilizou a transferência de US$2,5 bilhões entre o Brasil e o exterior no ano passado… Com sensibilidade, compaixão, e decisões, ainda é possível salvar milhões de humanos…
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Os elevados riscos do chamado naming rights

Os riscos de uma empresa, produto, instituição, depositar ou conectar o sucesso, valor e brilho de sua marca a uma outra pessoa, é sempre muito elevado. Porque pessoas são mortais, e susceptíveis das derrapadas, fracassos, e cometimentos de crimes. O mesmo acontece em relação a obras, prédios, estádios, teatros, times de todas as modalidades de esportes e muito mais. No dia da decisão da compra dos direitos sobre a marca tudo é ótimo. Horas depois, tudo pode converter-se num pesadelo. Neste preciso momento uma organização inovadora, revolucionária, disruptiva, assumiu riscos desproporcionais e desnecessários depositando sua marca para abençoar e reverenciar o estádio municipal do Pacaembu, e ainda cometendo a imprudência e temeridade de comprar uma propriedade que, eticamente, jamais poderia ser vendida: Uma edificação, Pacaembu, que já tivera seu naming rights concedido a uma pessoa, o Marechal da Vitória Paulo Machado de Carvalho. Pois bem, e como ensina a vida e a música, pau que nasce torto não tem jeito morre torto, o Mercado Livre depositou suas conquistas e realizações – de forma eticamente mais que discutível – a uma obra que desde seu anúncio já incomodava toda a vizinhança e as demais pessoas que prezam instituições, acreditando que o combinado, prometido e contratado seria entregue. E assim não foi. Toda semana uma nova surpresa péssima em relação às obras do Pacaembu que não terminam nunca, e os adiamentos seguem sucedendo-se. Sábados atrás o Estadão anunciava mais uma trapalhada para dizer o mínimo. “Quase sete meses após a primeira previsão de inauguração o estádio do Pacaembu – agora rebatizado de Mercado Livre Arena Pacaembu – continua sem uma data prevista para seu primeiro jogo oficial. E revela, Pacaembu tem nova rachadura enquanto segue com obras atrasadas”. Aconteça o que acontecer, e independente da análise de mérito se fazia algum sentido sob o viés e ótica do MEQ – Marketing de Excepcional Qualidade – o Mercado Livre ter comprado o naming rights do Pacaembu, pura e simplesmente uma organização moderna, de conquistas extraordinárias, e benchmark obrigatório para as novas empresas que estão nascendo, cometeu um erro crasso e bisonho. E, ao invés de agregar pontos positivos a sua marca mais que consagrada, só cria desconforto, constrangimentos e, porque não dizer, vergonha.
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Marcos Galperin

“Mentiram para você durante 80 anos e te disseram toda a verdade em 10 minutos” Com essa declaração, Marcos Galperin, o hoje mais rico dos argentinos, criador e todo poderoso do Mercado Livre, declarou seu apoio a Javier Milei. Dias atrás, e em valor de mercado, o Mercado Livre, 24 anos completos, superou a Petrobras. No portal do Mercado Livre a foto histórica, onde aparece Galperin com seus quatro companheiros de jornada. Galperin estudava na Stanford University. Hoje 24 anos depois, presente em 18 países, Galperin explica, talvez, a principal razão do sucesso de sua empresa: “Jamais perdemos a essência e a alma de startup”… e, conclui, “Essa cultura empreendedora está em nosso DNA e seu efeito multiplicador escreve a história de nosso crescimento. É o espirito que move a missão do Mercado Livre, de democratizar o comércio eletrônico e os serviços financeiros na região para transformar a vida de milhões de pessoas na América Latina”. Em tempo de normalidades, feitos como os do Google, Amazon, Facebook, Nvidia, e muitos outros mais, são, apenas e simplesmente impossíveis. Em tempos de disrupção, onde o chão do conhecido e da tranquilidade se desfaz, e as oportunidades se multiplicam, nada é impossível. As empresas tradicionais, bem-sucedidas, serão as últimas a acreditar no que está acontecendo, e, por decorrência, as últimas a tentarem reagir… e, assim, morrem. Todas essas novas empresas de monumental e surpreendente sucesso, para muitos, e sensíveis a oportunidades decorrentes de tsunamis, como é o tecnológico de hoje, inserem-se nas lições de Jean Cocteau – “Como não sabia que era impossível, foi lá e fez…”. Ou, de Al Ries – “O que nos trouxe até aqui não nos levará mais a canto algum”. Ou, de Peter Drucker, “Antes de colocar todos os novos e revolucionários gadgets nas velhas molduras que temos em nossas cabeças, jogar a velha moldura fora”. Ou, de Milton Berle, “Se a oportunidade não bater construa uma porta”. Ou, e ainda, sobre a lição definitiva de Gertrude Stein, para todos aqueles que ainda não se deram conta da dimensão e destruições estratosféricas do Tsunami Tecnológico. Apenas, e simplesmente, “Não existe lá mais ali”. Se alguém um dia, 30 anos atrás, dissesse para você que um Argentino que estudou nos Estados Unidos invadiria o Brasil e 17 outros países, e destruiria, para sempre, o tradicional, consagrado, e mais que consolidado comércio analógico, as grandes e tradicionais e gigantescas empresas do varejo, você acreditaria, ou, daria de ombro, talvez expressasse um sorriso de ironia… Acabou, Gertrude acertou na mosca, “Não existe lá mais ali…”. Na sexta, 2 de agosto de 2024, o valor de mercado do Mercado Livre alcançou os US$90 bi. Enquanto, a Petrobras, US$ 85 bi.
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“Eu não tenho nada com isso… Sou apenas a ponte…”

Não era exatamente essa, mas, na prática, sim, essa é a resposta por omissão que os principais marketplaces em atuação no Brasil davam. Vendiam produtos roubados ou contrabandeados e na hora do vamos ver saltavam fora… Semanas atrás, e uma vez mais, dois dos principais marketplaces foram notificados e advertidos pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça para pararem de servir, simulando inocência, de “mulas”. De possibilitarem, pelo anúncio, transporte e entrega, de produtos roubados ou contrabandeados. Amazon e Mercado Livre seguiam vendendo produtos em condições irregulares, e tiveram, e comprometeram-se a tirar do ar, parar de vender, todos os anúncios dos principais vendedores dos chamados “bagulhos”. O MEQ – Marketing de Excepcional Qualidade – repudia, condena e denuncia esse tipo de prática. Particularmente mais grave, porque cometidas por organizações gigantescas com todas as possibilidades tecnológicas capazes de evitar que essas práticas prosperassem. Segundo dados divulgados recentemente pela ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – a venda de celulares contrabandeados não para de crescer. No ano passado, um crescimento de 77% totalizando o número de 6,2 milhões de aparelhos. Simplesmente lamentável e inaceitável que empresas gigantescas e prósperas fechem os olhos ao que se passa, de forma intensa e recorrente, por suas plataformas.
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Cenas do fim do emprego

No Estadão de quarta-feira, 19 de junho de 2024, mais e novas cenas do fim dos empregos. Nada de errado. Rigorosamente como previsto pelos principais pensadores do mundo dos negócios, em especial Jeremy Rifkin com seu antológico e fundamental livro O Fim dos Empregos. Em grande matéria, o Estadão revela os investimentos que o Mercado Livre vem fazendo para poupar os seres humanos do trabalho pesado, os substituindo por Robôs. Repito, nada, absolutamente nada de errado. Rigorosamente o mesmo que vem acontecendo no mundo há dois séculos com a migração gradativa das pessoas dos trabalhos nas terras e campos, para as cidades, para os escritórios, e, mais recentemente, para as nuvens. Assim caminha a humanidade. Isso é sinal de progresso e de redenção do ser humano. Onde está o erro? Que não, nós, sociedade, nos preparamos para esse momento, e não criamos um suporte, anteparo, ou colchão social. E assim assistiremos milhões de pessoas desempregadas no mundo, aguardando, para e mais adiante, um novo rearranjo social resgatar um mínimo de dignidade a todos. O Mercado Livre segue contratando. Mais robôs, e mais pessoas. Pela razão que segue crescendo e prosperando. O fim dos empregos vem acontecendo de 10 anos para cá nas milhares de empresas do varejo que foram fechando lojas, armazéns, escritórios, e, cortando pessoas. O Mercado Livre não faz absolutamente nada de errado. Cumpre sua obrigação social de melhorar seu desempenho, oferecer os melhores serviços pelos melhores preços, e rentabilizar todos os recursos que empresta da sociedade. Inclusive e principalmente, oferecer melhores condições de trabalho para seu capital humano que não para de crescer. Falando na matéria, Fernando Yunes, presidente da operação brasileira do Mercado Livre, declarou, “A adoção de robôs reduz a necessidade de força de trabalho na separação de pedidos, mas o plano do Mercado Livre é continuar contratando no Brasil. Havíamos prometido 6,5 mil contratações neste ano, e terminaremos contratando 11 mil, 70% a mais que o previsto. Assim, nosso quadro funcional subirá de 22 mil para 33 mil até o final deste ano…”. É isso, amigos. Uma nova realidade. Olhando sob outro ângulo, podemos afirmar que, para cada um dos novos empregos que o Mercado Livre vem oferecendo, três, indiretamente, são perdidos em diferentes empresas em decorrência de seu avanço e sucesso. Como sempre foi e será na medida em que a inteligência humana vá prevalecendo, e a eficácia seja o código de sucesso. Mas, e repito, não nos preparamos para esse momento. E conviveremos com muita dor durante bons anos, talvez décadas… Em tempo, com os 100 robôs do Centro de Distribuição SP04 do Mercado Livre, a empresa estima que seus funcionários reduzirão em 70% seus deslocamentos…
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O Mercado Livre comprou o quê por supostos R$ 1 bi?

No dia 31 de janeiro de 2024 os principais jornais, revistas, sites e portais do Brasil anunciaram que a empresa Allegra, concessionária do legendário Pacaembu, vendera o naming rights do histórico estádio para o Mercado Livre. Num valor monumental: R$ 1 bi… Como assim? Dentre outras plataformas que deram a notícia, o portal da revista Exame, Juliana Pio, “O Mercado Livre, gigante do comércio eletrônico e serviços financeiros, anunciou nesta quarta-feira 31, a compra do naming rights do estádio do Pacaembu, em São Paulo, em um contrato de 30 anos. Com isso, todo o complexo passará a se chamar Mercado Livre Arena Pacaembu… A novidade prevê exposição de marcas, amplo espaço de mídia e benefícios que envolvem o ecossistema Mercado Livre, como Mercado Play, plataforma de streaming do grupo, e o Mercado Pago, banco digital que passa também a ser o meio de pagamento oficial do estádio…”. Em princípio, não deveria e, em tese, nem poderia. Mas, e como no Brasil tudo pode e até o passado é incerto, vendeu o que já fora concedido, em merecida homenagem, a Paulo Machado de Carvalho. E aí, e supostamente começaram as obras para trazer o Pacaembu de um passado de glórias para, supostamente, um futuro promissor. Em tese, tudo seguia nos conformes, mas, o primeiro susto foi vender o que não lhe pertencia, a denominação. Depois, não ficou pronto como combinado e prometido para a final da Copinha, Taça São Paulo. E dias atrás o grande e esperado show de Roberto Carlos foi cancelado porque as obras não ficaram prontas e foi interditado… Ou seja, tudo errado! Num país onde e desgraçadamente pode tudo. Nos jornais do dia seguinte ao cancelamento, pessoas que não sabiam, que tinham comprado ingresso, e foram dar um passeio na praça em frente ao estádio… Em síntese, amigos, e repetindo, tudo errado. Uma concessionária, Allegra, que, e por enquanto, é um show de incompetência e desrespeito, um “potencial estelionato” de vender o que já havia sido dado, dois cancelamentos apoteóticos, e, não obstante tudo isso, o Mercado Livre, meses atrás, comprometeu-se a pagar R$1 bi por um naming rights, no mínimo, e legal, ou, eticamente, discutível e polêmico. E no meio desse caos, uma luz. E na hipótese que a compra do naming rights se confirme, na prática, mesmo porque neste momento o maior marketplace da América Latina considera rever sua decisão. A descoberta que o naming Mercado Livre é absurdamente genérico, e que, em algum momento, precisará ser trocado, ou, “apelidado”… podem escrever… Assim como o Centro De Convenções onde Roberto Carlos faria seu show e que foi batizado como Mercado Pago Hall – “socorro” … A empresa Mercado Livre é simplesmente sensacional. O que foi concebido, idealizado e planejado pelo argentino Marcos Galperin com outros parceiros em seu MBA na Universidade de Stanford, em 1999, insere-se na frase “como não sabia que era impossível foi lá e fez… atribuída a Jean Cocteau, e/ou, Mark Twain”. Mas, nem tudo é perfeito. Por enquanto, e se o contrato permanecer em pé, Mercado Livre, Um mega e espetacular sucesso que não tem um naming, tem uma designação… E até agora, e salvo prova cabal e consistente em contrário, a Allegra é uma tristeza só. Segue devendo…
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Quando o líder se reposiciona, formalmente, indica o caminho para os concorrentes, e assume uma nova denominação

Num trabalho simplesmente brilhante, que vem sendo realizado com graus de consistência elevadíssimos, a RaiaDrogasil fecha uma longa etapa de mudanças, assume publicamente o que é daqui para frente, e obriga, no mínimo, toda a concorrência a repensar como será daqui para frente. Sem desrespeitar normas, regulamentos, costumes, a RaiaDrogasil foi preparando a virada, o bote, procedendo às mudanças de forma silenciosa e responsável, e agora, finalmente, revela-se RD Saúde. Segue sendo a rede de farmácias líder, de forma destacada, em nosso país, mas deixa bastante claro que vender remédios e ser farmácia é apenas a estrada que percorre para cuidar de uma forma mais completa e abrangente, da Saúde primária de todos os seus clientes, e que são milhões em todo o Brasil… E apenas seguindo o que a ex-Raia Drogasil até ontem, e RD Saúde, agora vem realizando muito especialmente depois que Marcilio Pousada assumiu o comando, mais que na cara e evidente que a ambição é muito maior, e mais novidades, todas, pelo caminho. Em algum momento, mais adiante, quem sabe, RD Saúde, a menor distância entre as pessoas e mais e melhores anos de vida. Confiram agora, o impacto da novíssima RD Saúde, sucessora da queridíssima RaiaDrogasil. Segundo Marcilio, em entrevista a Allan Ravagnani da Revista Dinheiro, “Os serviços de atenção básica nas farmácias têm potencial para reduzir em até 80% os atendimentos em Prontos Socorros das redes públicas e privadas…”. Ou seja, a novíssima e revolucionária RD Saúde mexe com toda a cadeia de valor da cidade. Dos consultórios médicos, passando pelos laboratórios de exames, culminando com os hospitais e prontos socorros e atendimentos, e… Atenção, Planos de Saúde! Marcilio revela alguns números. Somente no ano passado, 2023, os chamados serviços de atenção básica e primária, que a RD Saúde ofereceu, foram responsáveis por mais de 3,5 milhões de atendimentos. Segundo Marcilio, e na RD Saúde, a partir de agora a porta de entrada de milhões de brasileiros nos cuidados com a saúde, esses atendimentos iniciais contemplam quatro pilares, ou vertentes, “Promoção da Saúde, Proteção, Prevenção e Primeiro Atendimento…”. E, na entrevista, Marcilio anuncia a todos os planos de saúde que pretende visitá-los, e propor parcerias… “Pretendemos entrar em contato com os planos de saúde para que possamos aprimorar essa relação, onde nós fazemos o atendimento básico e eles nos repassariam um valor por vida, assim o paciente não pagaria nada na farmácia e ajudaria a desafogar os hospitais da rede…”. Curto e grosso. O Uber reinventou o negócio de transporte; o iFOOD, o de alimentação. O Airbnb de hospedagens. O Nubank o de bancos. A Amazon e o Mercado Livre, o do comércio. A RaiaDrogasil, agora RD Saúde, mesmo sendo uma empresa de gênese e cultura analógicas, diferente das demais que mencionei antes e que são digitais de nascença, está reinventando o negócio e a cadeia da saúde no Brasil. 10 com respeito, louvor e admiração. RD Saúde faz no negócio da saúde, o que outras e grandes organizações do varejo não conseguiram… e provavelmente, não conseguirão…
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Janeiro/Fevereiro 2022

BUT – BUSINESS TRENDS 01/2022 – JAN/FEV2022 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios no Brasil e no mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing, a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, PETER FERDINAND DRUCKER. 1 – VAI ACABAR EM PIZZA, CASAMENTO, OU PORRADA? No jogo da concorrência vale tudo, por mais que se procure preservar as aparências. Assim, e diante de todas as empresas do território da aviação comercial absolutamente debilitadas, em maiores ou menores proporções, muitas passam os dias esperando por um milagre, outras em busca de uma tábua de salvação, e outras acreditando que poucas sobreviverão, e, assim, nada melhor que converter-se num problema/desafio maior, comprando empresas debilitadas. E aí a LATAM mergulhou em recuperação judicial nos ESTADOS UNIDOS, e, imediatamente, a AZUL decidiu partir para o ataque, dispondo-se, publicamente, a comprar a operação da LATAM no Brasil. E a LATAM engoliu essa manifestação pública durante dois meses, mas, e cansada de uma espécie de “bullying corporativo”, veio a público, através de seu presidente da LATAM BRASIL, JEROME CADIER, para manifestar a posição de sua empresa. Disse CADIER, “As provocações ou ofertas da AZUL estão fora de qualquer consideração. A AZUL faz isso porque morre de medo da concorrência…”.E procurou dirigir a opinião pública contra a AZUL, “A AZUL defende o monopólio, e isso é um absurdo. O que quer mesmo é aumentar as tarifas, e para isso precisaria diminuir a concorrência. Isso é bom para os acionistas da AZUL e péssimo para os passageiros, os que compram os bilhetes…”. A verdade verdadeira de toda essa questão é que estamos testemunhando blefes e contrablefes de rotos e esfarrapados. Empresas, como todas as demais, destruídas pela pandemia, e na busca de alguma tábua de salvação para uma derradeira tentativa de sobrevivência. A propósito, e em meio a maior crise da aviação comercial dos últimos 50 anos, no dia 2 de maio de 2020, absolutamente consciente da devastação que se abateria sobre as empresas aéreas em todo o mundo, o mais respeitado dentre os gestores de investimentos do ocidente deu a ordem: VENDAM TODAS AS AÇÕES DE AÉREAS DA CARTEIRA DA BERKSHIRE HATAWAY. Naquele momento, WARREN BUFFETT, declarou, “Decidi vendermos todas as ações que possuíamos das quatro empresas aéreas”. Depois de anunciar um prejuízo histórico de US$49,7 bilhões, declarou: “Durante anos evitei investir em empresas aéreas. Em 2016, não resisti e investi um bom dinheiro de nossos investidores em quatro empresas aéreas. ERREI FEIO. Não deveria ter investido nem na AMERICAN, DELTA, UNITED, SOUTHWEST e em nenhuma empresa aérea. É um risco gigantesco e desproporcional…”. 2 – A NOVA CAOA Nem melhor, nem pior, diferente. E, se maior, só o tempo dirá.A liderança de CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA ANDRADE, que faleceu na madrugada do dia 14 de agosto, sábado, e foi enterrado no Cemitério do Morumbi, criou enorme expectativa em relação ao desempenho do GRUPO que leva suas iniciais, CAOA, em todos os próximos anos. Uma certeza, não será igual. CAOA era único. E assim, e agora sob o comando de seus filhos e executivos, a expectativa é muito grande. De alguma forma, e como uma espécie de derradeira homenagem ao empresário que notabilizou-se por seu desempenho no complicado e concorridíssimo negócio de automóveis, nos jornais de semanas atrás um anúncio descrevendo a performance da CAOA em seu mercado de atuação. CARLOS ALBERTO despediu-se vendo sua empresa subir mais um degrau no ranking das marcas. Em 3 anos, foi superando algumas das principais marcas do mundo em nosso país. Em maio de 2018, ocupava a 20ª posição, com 0,26% de participação de mercado. Em julho de 2018, ultrapassou KIA, VOLVO e LAND ROVER, chegou a 17ª posição, com 0,41%. Um mês depois, agosto, supera a MITSUBISHI, MERCEDES-BENZ e AUDI, passa a deter 0,52% de participação, e ocupa a 14ª posição. No mês seguinte, passa a BMW, e chega a 13ª posição, com 0,58%. No mês de março de 2019, salta para a 12º posição com 0,83% de mercado, e supera a PEUGEOT. Já no mês de setembro de 2019, ultrapassa a CITROËN, com 0,98% de mercado e passa a ocupar a 11º posição. Março de 2021, supera a FORD, e assume a 10ª posição, com 1,73% de mercado. E, poucos dias antes da partida de CARLOS ALBERTO, ficava claro que a CAOA ganharia mais uma posição. E assim aconteceu. Contabilizados os dados de agosto de 2021, a CAOA saltou em participação de mercado para 3,93%, superando num salto só CHEVROLET e NISSAN com quase 4% de participação de mercado. E aí partiu CARLOS ALBERTO. Fica o desafio para seus sucessores e herdeiros. Filhos e profissionais. A trajetória dele, Sr. CAOA é recheada de histórias, acusações, e infinitas conquistas. Enquanto nenhuma das acusações converter-se em condenação, prevalecem seus feitos que são muitos e espetaculares. 3 – MC APRENDIZADOS Agora, que a pandemia ameaça iniciar o processo de retirada ou despedida, começamos a colecionar os sofridos aprendizados de dias difíceis e complicados. No final de 2021, PAULO CAMARGO, CEO da ARCOS DORADOS, leia-se McDonald’s, 53 anos, compartilhou alguns de seus aprendizados com os leitores da FOLHA, e em entrevista para DANIELE MADUREIRA. Separamos, analisamos e agora comentamos com vocês as declarações que consideramos importantes para todos que acompanham nossas reflexões. – COMO SE COMEÇAR NUMA EMPRESA que, de verdade, é um ponto de venda na sua expressão máxima. Conta PAULO, “Estou há 10 anos no McDONALD’S. Fiquei o primeiro ano todo praticamente em treinamento para assumir a vice-presidência de operações. Passei os primeiros seis meses dentro de um mesmo restaurante, até assumir a gerência da loja – somos assim, esse é o nosso jeito, treinamos exaustivamente até assumirmos a função. Na sequência contratamos uma empresa no sentido de criarmos uma nova estratégia e modernizarmos a marca. E é o que temos feito desde então…”. – A DECISÃO DE APORTUGUESAR O MÉQUI… “Gradativamente fomos ajustando nossa estratégia, nosso tom de voz, para permanecermos cada vez mais próximos do cliente. O Mc trazia alguns nomes complicados que provocavam certo distanciamento. Somos fanáticos por pesquisas. Fazemos mais de 1 milhão de entrevistas por anos. E foi ouvindo o cliente que constatamos ser MÉQUI a maneira natural das pessoas referirem-se ao McDONALD’S. Em verdade, nos últimos 5 anos, sentíamos o cliente pedindo por mudanças. Tinha a tal da fila 1, para pedir e pagar, e a fila 2 para receber o sanduíche, os funcionários tinham que repetir “batata acompanha?”… “Somos um negócio de gente, 50 mil pessoas no Brasil atendendo e servindo milhões de clientes por dia… Faltava mais autenticidade… Dar mais liberdade para o funcionário falar do jeito dele, por exemplo…”. – A PANDEMIA “Todo o planejamento que fizemos para 2020 foi jogado fora. Fomos ouvir franqueados, gerentes, aprender com a experiência da McDONALD’S CORPORATION da pandemia em países asiáticos, reunimos o time e refizemos os planos. No último trimestre de 2020, já estávamos com 90% do faturamento do mesmo trimestre do ano anterior. Adotamos a estratégia 3D – DELIVERY, DRIVE-THRU e DIGITAL. Até meses antes, delivery e drive-thru eram segmentos exclusivos dos restaurantes… – O FUTURO “O que antes era marketing massivo, agora é personalização massiva. O mundo do delivery veio para ficar enquanto muitas pessoas recusam-se a ser atendidas por totens. Querem gente. Assim, teremos que seguir respeitando as diferenças… Quanto ao cardápio, claro, sempre com novidades, mas, e não paramos de inovar, 80% de nossos clientes pedem BIG MAC, QUARTERÃO e CHEDDAR. Além de McFRITAS…”. 4 – O MAGNETO IRRESISTÍVEL Se há 30 anos alguém dissesse que passaríamos a maior parte do dia olhando para a palma de nossas mãos, onde se encontraria um objeto irresistível, não conseguiríamos imaginar do que alguns malucos estavam falando. Aconteceu, existe, chama-se celular ou smartphone, e ano após ano passamos mais tempo olhando em sua direção e fixados na sua telinha. Estudo divulgado no final do ano passado pela APP ANNIE INTELLIGENCE, revela que apenas nos últimos 3 anos, o tempo que as pessoas passam grudadas ao celular aumentou em 45%, e o Brasil – e os brasileiros – e de forma destacada, assumem a primeira posição do ranking global, ultrapassando os indonésios. Em 2019, os brasileiros passavam 3,8h por dia no celular. Em 2020, esse número subiu para 4,8h, e em 2021, totalizou 5,4h diárias. Depois, e pela ordem: Indonésia – 5,3h Índia – 4,9hCoreia do Sul – 4,8h México – 4,7hTurquia – 5,4h Japão – 4,4h Canadá – 4,1h Estados Unidos – 3,9h e, Reino Unido – 3,8h E, como não poderia deixar de ser, o celular é hoje disparado a causa número 1 de acidentes, trombadas, atropelamentos, quedas e mortes em nosso país. 5 – COMUNICAÇÃO ABAIXO DE ZERO As instituições financeiras, que mexem com o mais que sagrado dinheirinho das pessoas, têm habilidade próxima de zero no tocante a comunicação. E aí, meses atrás, algumas dessas instituições mudaram os cartões de plástico, pura e simplesmente mandaram os cartões novos, e as pessoas descobriram, mais que assustadas, que os pagamentos não precisavam mais de senha, e era suficiente aproximar o cartão das maquininhas. Não conhecemos uma única pessoa que não tenha levado um susto, ficado nervosa, e dado uns gritos de pavor. Em pleno pico de golpes e trambiques, bancos e administradoras de cartões brincam e desrespeitam seus clientes. De uns meses para cá, não se fala de outro assunto nas páginas de DEFESA DO CONSUMIDOR das plataformas de comunicação. No jornal O GLOBO, DEFESA DO CONSUMIDOR, de 15 de agosto o depoimento da carioca ROSANGELA DUARTE: “Levei um susto no caixa de uma lanchonete quando o atendente devolveu o cartão já com o comprovante da transação impresso pela maquininha, e sem que eu tivesse digitado a senha. Não sabia que estava ativada a função de PAGAMENTO POR APROXIMAÇÃO, não pedi para o ITAÚ fazer isso, o ITAÚ não me avisou, sequer sei o limite para pagamento sem senha… Vou desabilitar ontem…”. Assim, e sem que as pessoas fossem minimamente informadas, e segundo a ABECS – Associação de Cartões de Crédito, o pagamento por aproximação é a modalidade que mais cresce hoje no Brasil. Apenas no mês de junho passado foram registradas 112 milhões de transações, sete vezes mais do que um ano antes. O PROCON do PARANÁ decidiu conferir e fez uma pesquisa com 1.000 possuidores desses cartões. 77,4% disseram não ter recebido nenhuma comunicação do banco orientando sobre a nova modalidade, e 76,7% não tinham a mais pálida ideia do valor máximo para esse tipo de transação… Ou seja, e definitivamente, e fato esse que só se agrava, os bancos acreditam que as pessoas já nasceram sabendo e não necessitam serem comunicadas, muito menos orientadas. 6 – A JUSTIÇA VELHA E CAQUÉTICA Em sentença estapafúrdia, a GOL foi condenada a pagar maquiagem e depilação de suas profissionais. Mais adiante, e com esse tipo de estupidez monumental, a Justiça vai exigir de todas as empresas que paguem pela água do banho, sabonete e desodorante de seus funcionários. Amigos, a Justiça do Brasil é uma lástima. O mínimo que se espera de um ser humano com um mínimo de autoestima e alegria de viver, é apresentar-se, para os demais humanos, da melhor forma possível. Segundo a Justiça do Trabalho do Brasil, quando uma pessoa ingressa numa empresa, o contrato de trabalho cobre apenas a pessoa como chegou ao mundo. E é o que vai acontecer seguindo-se a decisão patética da Justiça. As empresas a partir de agora contratam as pessoas ao natural, como chegaram ao mundo. Nuas e sem as mãos nos bolsos. Peladas. Tudo o que trouxerem consigo, quando chegarem para o primeiro dia de trabalho, a empresa precisa pagar ou ressarcir. A Justiça brasileira vai conseguir o que nenhuma outra justiça do mundo conseguiu: convencer as empresas que o melhor a fazer é só contratar robôs… Claro, até o momento em que os robôs não descubram a patética e escatológica Justiça do Não Trabalho, e comecem a ganhar ações para a compra de óleo lubrificante, troca de chips, e outros penduricalhos mais. Na sentença histórica, que faz com que a Justiça do Trabalho do Brasil seja a maior inimiga das empresas, e a maior incentivadora da robótica, está escrito que a GOL terá que fazer o pagamento de indenização com despesas para apresentação pessoal, bem como fornecer meios para a observância de seu código de vestimenta e apresentação, inclusive quanto aos procedimentos estéticos… Assim estabelece o pagamento de uma indenização mensal de R$220,00 por mês a cada empregada aeronauta… Ah, mas na sentença a Justiça concedeu uma saída para a GOL. Caso não queira pagar é só abrir mão do mínimo que se espera de um ser humano que trabalhe e atenda o público. Que dispense seus profissionais de virem trabalhar vestidos, de dentes escovados, cabelos penteados, e desodorante dentro do prazo de validade… Como disse PEDRO MALAN, assim como outros economistas brasileiros, e definitivamente, “O Brasil é o país onde até o passado é incerto, o futuro imprevisível, e o presente, talvez…”. Quando se falava em insegurança jurídica até anos atrás eram de questões mais importantes. Hoje a insegurança jurídica começa nos mais básicos dos comportamentos. A higiene mínima que confere dignidade e apreço ao ser humano. A Justiça brasileira defende e promove que os brasileiros sejam praticantes fervorosos da autoflagelação… Como diz CHICO BUARQUE na canção, MEU GURI: “Eu não disse, seu moço, que chegava lá?”. Chegamos! O BRASIL e sua Justiça acabam de provar que o fundo não tem poço, ou melhor, que o poço não tem fundo… Ou melhor, acreditamos que da primeira forma estava mais certo, o fundo não tem poço… 7 – MANCHETE PATÉTICA No ESTADÃO de um domingo, a manchete de uma suposta grande matéria e defesa de tese. Diz: “DIGITALIZAÇÃO DA ECONOMIA LEVA DIRETORES DE TECNOLOGIA A ASSUMIR CARGOS DE CEOS…” Simplesmente absurdo. Bobagem descomunal. Nenhum diretor de qualquer uma das ferramentas ou áreas da gestão, pelo suposto domínio da ferramenta, está capacitado a liderar qualquer empresa. A condição maior, suprema, definitiva, acima de qualquer excelência numa das diferentes especializações, continua sendo, e sempre, a CAPACIDADE DE LIDERAR E COMANDAR SERES HUMANOS. Sem essa qualificação, nem os “Pelés da tecnologia”, estão preparados e têm a competência mínima necessária para comandar quem quer que seja. Muitas vezes, nem mesmo a área onde é craque, especialista, nem mesmo para ser CTO. Apenas isso. Para liderar, pessoas capacitadas a fazer com que seus comandados, empolgados, comprometidos, entusiasmados, e felizes, de forma natural, sigam seu direcionamento e comando. 8 – ESMOLA, BACIA DAS ALMAS, CALA A BOCA Sem pompas e muito menos circunstâncias, 20 organizações da imprensa brasileira fecharam parceria com o FACEBOOK. Briga que vinha de longe terminou num troco de R$13,7 milhões a serem divididos entre as 20 organizações, e o que resulta num valor pífio para cada uma delas. Dentre outras organizações, no acordo onde literalmente ”entregam a alma ao demo”, figuram, ESTADÃO, FOLHA, ABRIL, BANDEIRANTES, RBS e UOL. Três explicações para: A primeira é que com acordo ou sem acordo o “FEICE” continuaria a se apropriar do conteúdo editorial dessas empresas, e assim, melhor um acordo que uma interminável e péssima contenda. A segunda é que em tempos de seca, qualquer dinheiro ajuda. E a terceira é que se trata de uma trégua provisória, enquanto se aguarda por um maior e melhor acordo. Seja como for, é simplesmente patético testemunharmos organizações centenárias acordarem com redes sociais que nasceram anos atrás, e pela simples razão que as centenárias foram míopes, em todas as dimensões, possibilitando que as novas plataformas de comunicação alcançassem a importância e liderança que têm hoje. Especificamente em relação ao valor acertado, e diante dos números do “FEICE”, repetimos, uma singela e patética esmola. 9 – HOSPÍCIO PÃO DE AÇÚCAR Tudo bem que a situação do grupo CASINO, na FRANÇA e outros países, é difícil, mas deveria, se sobrasse um mínimo de juízo a seus dirigentes, preservar talvez a sua principal galinha de ovos de ouro, o PÃO DE AÇÚCAR. O PÃO DE AÇÚCAR sempre foi o sonho de todas as demais organizações supermercadistas. Construído e posicionado nos melhores e mais estratégicos espaços muito especialmente da cidade de São Paulo, totalmente voltado para as pessoas que têm dinheiro, classes A e B, nadava tranquilo e de braçada num quase que oceano azul. Verde, talvez, pelas cores do Pão de Açúcar. Depois que o CASINO conseguiu concretizar a compra, e não obstante todas as manifestações de arrependimento de ABILIO DINIZ, o PÃO DE AÇÚCAR do CASINO viveu seu ápice, momentos de glórias, e brilhava de forma intensa e espetacular. Tudo o que fazia dava certo, inclusive na melhor e mais bem-sucedida operação de vendas de produtos através de cupons de compras e álbuns, nos quais as pessoas iam colando esses cupons ou selos. E aí a crise na FRANÇA gradativamente foi chegando ao Brasil e os pés sendo enfiados pelas mãos. Durante duas décadas construiu, a partir dos tempos do ABILIO, o melhor e mais invejado programa de loyalty dentre todas as demais empresas. O Pão de Açúcar Mais. Hoje, seus clientes não sabem mais exatamente a que programa pertencem, na medida em que fez parceria com a RAIA DROGASIL e criou o programa STIX. No lançamento, o “release” das duas empresas dizia: “Com 60 milhões de clientes, a STIX opera como uma carteira única de pontos, e que conta com o EXTRA, PÃO DE AÇÚCAR, DROGASIL e DROGA RAIA.” Naquele momento o PÃO DE AÇÚCAR já anunciara uma nova promoção com a coleção de selos para a compra de talheres que foi cancelada para decepção e revolta de seus clientes mais que acostumados com os selinhos a cada final de compra. Mas, como caos pouco é bobagem, o PÃO DE AÇÚCAR, GRUPO CASINO no Brasil, conseguiu se superar. Mergulha no caos e tenta convencer seus clientes de décadas a mergulhar junto. Estadão, sábado, 18 de setembro de 2021, caderno Economia, página B7, matéria assinada pela jornalista TALITA NASCIMENTO. O título já provoca nos clientes normais do PÃO DE AÇÚCAR arrepios, comichões e perplexidades. E não por culpa da TALITA, que procurou desempenhar sua função da melhor maneira possível. É que o PÃO DE AÇÚCAR VIROU UM HOSPÍCIO mesmo. O título diz: “GPA FARÁ ENTREGA PARA LOJISTAS DE SEU MARKETPLACE…” E agora, e no texto, vamos transcrever um pouco para que vocês não sintam tonturas: “O GRUPO PÃO DE AÇÚCAR (GPA) anunciou ontem que seu marketplace terá uma plataforma que atenderá os lojistas que precisarem dos serviços de envio… No próximo ano, a companhia passará a oferecer a possibilidade de que os lojistas virtuais armazenem produtos nos centros de distribuição do GPA. Depois, e no estágio mais avançado do programa, lojas da rede serão transformadas em agências onde os parceiros poderão deixar seus produtos e os clientes, retirá-los…”. Mas, não para aí o que o PÃO DE AÇÚCAR anuncia que passa a fazer. Diz: “A princípio, serão dois serviços: o de entregas e o de postagem. No primeiro caso, a malha logística do GPA retira a mercadoria no endereço do lojista e faz a entrega ao cliente. No segundo, o vendedor pode usar a tabela de preços da companhia, que é mais barata, para enviar seus produtos pelo CORREIOS…!”. Pode gritar SOCORRO! Sim, bem alto… Mais alto ainda… SSSOOOCCCOOORRORORORO!!! Nossa total solidariedade à TALITA NASCIMENTO, que deve ter sofrido para escrever a matéria. Nem mesmo as pessoas que trabalham no PÃO DE AÇÚCAR – conhecemos algumas – conseguem entender o que é o PÃO DE AÇÚCAR hoje. E, concluindo seu esforço supremo, TALITA terminou dizendo: “A expectativa da companhia é de que os serviços diminuam em até 40% o custo do frete para os consumidores e em 25% os prazos de entrega atuais, além de possibilitar um aumento de 40% na capacidade de volume de entregas…”. TALITA, mesmo que aconteça alguma economia, esse valor e duas ou três vezes mais terá que ser investido no tratamento mental de todos os envolvidos. Terminamos com algumas palavras em francês em respeito ao momento que vive o PÃO DE AÇÚCAR no Brasil, em decorrência do desvario que hoje pontifica nas decisões do GRUPO CASINO: FOLIE, FOU, DINGUE, INSENSÉ, FOLLE, DELIRE, DEMENCE, CINGLE, DEBILE, IDIOT, BETISE, DELIRANT… 10 – MERCADÃO LIVRE Neste mês retornamos ao tema dos MARKETPLACES, e agora e mais especificamente do MERCADO LIVRE. A quantidade de SELLERS, vendedores, no MERCADO LIVRE, é absolutamente desproporcional em relação a todos os demais MARKETPLACES, e em decorrência de sua gênese. No início, qualquer pessoa que pretendesse vender o que quer que fosse poderia ser um SELLER no MERCADO LIVRE, e, assim, para lá embarcaram todos os tipos de vendedores, com e sem qualidade, e um número expressivo de bandidos, que, com o tempo, e processos rigorosos de saneamento, foram sendo excluídos. Para se ter uma ideia da desproporção, enquanto os demais MARKETPLACES falam em centenas de milhares de SELLERS, o MERCADO LIVRE fala de dezenas de milhões. E assim, e dando sequência a seu processo de limpeza ampla, geral e irrestrita, periodicamente, e seguindo sua COMPLIANCE POLICE, o MERCADO LIVRE divulgou resultados regulares de faxina. No segundo semestre de 2021, divulgou seu SEGUNDO RELATÓRIO DE TRANSPARÊNCIA NA AMÉRICA LATINA, e onde escancara seus números, e de certa forma dizendo a seus concorrentes, “vocês ainda não passam de pixotes diante de minha dimensão”. No primeiro semestre de 2021, o MERCADO LIVRE, em sua exuberância, registrou 267,4 milhões de anúncios ativos, exclusivamente no Brasil. E, desses quase 270 milhões, pouco mais de 3%, 9 milhões foram moderados – excluídos ou corrigidos – por infringirem as regras. Principais ocorrências, ou, onde os pequenos bandidos do digital e do comércio eletrônico atuam com maior frequência: – Cursos e livros digitais piratas; – Conteúdos adultos classificados de forma incorreta; – Venda de remédios que necessitavam de receitas; – Outros tipos de falsificações. Desses 9 milhões moderados, 8,5 milhões foram detectados automaticamente pelos mecanismos de proteção da plataforma, por seus algoritmos. E 500 mil decorrentes de denúncias. Segundo o MERCADO LIVRE, seu sistema de proteção e a qualidade e consistência de seus algoritmos, garantem o rastreamento e a detecção em menos de um segundo de cinco mil variáveis removendo no devido tempo toda e qualquer violação as seus TERMOS E CONDIÇÕES DE USO…”. Pelos últimos dados disponíveis, o MERCADO LIVRE possui hoje um total de mais de 300 milhões de anúncios ativos, sendo, mais da metade, no Brasil. DRUCKER´S MONTHLY No episódio deste mês, e dando continuidade ao tema recorrente de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER, LEGADO, resgatamos uma importante reflexão e conselho de nosso adorado mestre, e para todos nós, profissionais, empresários, e acima de tudo, SERES HUMANOS. O mestre lembra-se e fala sobre seu professor de religião, dizendo: “Quando eu tinha 13 anos, um professor de religião, o Padre Pflieger, entrou na classe dos meninos perguntando, ‘Pelo que você deve ser lembrado?’. Nenhum de nós, evidentemente, respondeu. Então ele riu e disse, ‘Eu não esperava que vocês fossem capazes de responder. Se vocês não conseguirem responder a essa pergunta quando tiverem 50 anos terão desperdiçado a vida…’”. “Se você tiver sorte”, conclui DRUCKER, “alguém com a autoridade moral do Padre Pflieger lhe fará essa pergunta bem cedo, para que você a repita pelo resto da vida.” E vocês, queridos amigos que nos acompanham, já se fizeram essa pergunta?
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Diário de um Consultor de Empresas – 30/07/2021

EXISTE MARGEM PARA TANTOS E NOVOS ELOS NA CADEIA DE VALOR? Agora o PÃO DE AÇÚCAR vende, também, pelo AMERICANAS e MERCADO LIVRE…
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Diário de um Consultor de Empresas – 24, 25 e 26/07/2021

DILEMAS E DESAFIOS DOS COMANDANTES. O que o Grupo Casino deveria fazer é consertar seus erros, e jamais descaracterizar seu maior acerto, Pão de Açúcar. Mas…