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Negócio

Vivendo e aprendendo a jogar

Como na composição de Guilherme Arantes, que ganhou a preferência das pessoas na voz de Elis Regina, “Vivendo e aprendendo a jogar. Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar”. Seguem a vida e os negócios. No início do mês de abril de 2022 confirmou-se a saída por completo de Abilio Diniz e seu fundo Península da BRF, com uma perda financeira significativa, já que o negócio se revelou um desastre em termos de estratégia. Abilio tinha uma posição de 3,8% na BRF, que vendeu no mês de março à Marfrig por um total de R$898,9 milhões. Os mais de R$1 bilhão investidos no final de 2012, início de 2013, derreteram, e, isso posto, e com as perspectivas a perder de vista, melhor assumir o prejuízo, beber um gole ou muitos litros de água, respirar fundo, e tocar em frente. “Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar”. Richard Branson, um dos gênios dos negócios, e de hábitos pouco ortodoxos, tem mais de 300 negócios, todos com a marca Virgin, e tem como desempenho de rotina, de cada três negócios, erra em dois, mas acerta em um. E, de um em um, chegou a mais de 300 negócios vencedores, deixando outros 600 pelo caminho. Só errando que se acerta, ou não existe melhor aprendizado que os decorrentes dos erros. É uma das manifestações mais comuns aos vencedores. Como Abilio Diniz. Vivendo e aprendendo a jogar.
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Chega uma hora cansa. Melhor assumir e realizar prejuízos do que persistir

Naquele momento, Warren Buffett, declarou, “Decidi vendermos todas as ações que possuíamos das quatro empresas aéreas…”. Depois de anunciar um prejuízo histórico de US$49,7 bilhões, justificou-se: “Durante anos evitei investir em empresas aéreas. Em 2016, não resisti e investi um bom dinheiro de nossos investidores em quatro empresas aéreas. Errei feio. Não deveria ter investido nem na American, Delta, United, Southwest e em nenhuma empresa aérea. É um risco gigantesco e desproporcional…”. Semanas atrás, uma decisão semelhante de um bilionário – o maior da França, Bernard Arnault. Bernard decidiu pular fora do Carrefour. A Financière Agache, empresa holding controlada pelo bilionário Arnault, detinha 5,6% do Carrefour. Essa relação começou 14 anos atrás, quando Arnault comprou essa participação, 2007, pagando €47 por ação. Semanas atrás vendeu tudo por €16 a ação. Realizando um prejuízo monumental. Conforme tenho comentado com vocês o Carrefour vai muito bem no Brasil e em outros dois ou três países. Em todos os demais, muito especialmente na França, é um desastre, e a tendência é afundar mais ainda. Apenas lembrando, no dia 30 de março de 2016 a Península, holding de Abilio Diniz, anunciou mais uma aquisição de ações do Grupo Carrefour, totalizando 8% de todo o capital do grupo. Aguardava-se para as semanas seguintes alguma movimentação da Península, diante da mudança de posição de Bernard Arnault. E aconteceu. Abilio assumiu o erro do investimento, realizou um gigantesco prejuízo, e, segue a vida. Como dizia a música cantada pela Elis Regina, e do Guilherme Arantes: “Vivendo e aprendendo a jogar Vivendo e aprendendo a jogar Nem sempre ganhando Nem sempre perdendo Mas aprendendo a jogar”. Uma vez reconhecido o erro, mudadas a situação e as circunstâncias, e diante de uma nova realidade, nenhum investidor deve vacilar e insistir no erro. Realizar o prejuízo – o mais rápido possível – pular fora, e ir em busca de novas, melhores e mais consistentes oportunidades. Como fez Warren Buffett, como fez Bernard Arnault, como fez Abilio Diniz.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 19/05/2022

O dia em que a SADIA mergulhou em crise irreversível, a investida e as perdas de ABILIO DINIZ, e a vitória do “sem faculdade” MARCOS MOLINA DOS SANTOS.
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