BUT – BUSINESS TRENDS – 04/2022 – MAIO/2022
Síntese
mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de
negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados,
análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única
empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da
Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior
dos mestres da gestão e dos negócios, PETER FERDINAND DRUCKER.
1 – O ATAQUE
De
repente todos se assustam com a quantidade absurda de pessoas que passaram a
acessar os e-mails e redes sociais tentando vender tudo, de tudo, e para todos.
De
onde surgiu esse exército de vendedores da noite para o dia?
Do
movimento que vem fazendo quase todas as empresas da chamada VENDA DIRETA,
leia-se AVON,
NATURA e todas as demais, no sentido de preparar, treinar e qualificar seus
exércitos de milhões de vendedores para que usem todos os armamentos da
tecnologia.
Lembra,
costumávamos, ou durante décadas, chamávamos essas vendas de PORTA A PORTA.
Agora,
computador a computador, a smartphone, a tablet, a notebook e muito mais sem tirar a bunda da cadeira,
economizando sapato, roupa, transporte, alimentação.
Em
recente entrevista a JOÃO SORIMA NETO de O GLOBO, ADRIANA COLLOCA, presidente
da ABEVD – Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas trouxe uma
rápida fotografia sobre essa nova realidade.
“Hoje”,
diz ADRIANA, “54% do total das ex-VENDAS PORTA A PORTA são feitas a distância
pelos canais digitais. Apenas as entregas que seguem porta a porta…”.
Se
na medicina, agora o desafogo e solução foi a chamada telemedicina, na chamada
“terapia individual” que eram as visitas mensais que as vendedoras AVON faziam
as suas fiéis clientes todos os meses em suas casas, agora uma espécie de
teleterapia individual é realizada pelas mesmas vendedoras.
Hoje,
e segundo a ABEVD, a situação das vendas diretas no Brasil é a seguinte:
–
O BRASIL é hoje o sexto colocado no negócio de VENDAS DIRETAS em todo o mundo.
–
Dentre todos os canais onde ocorrem as VENDAS DIRETAS, a INTERNET já ocupa a
primeira colocação com 20,6%, seguido pelo WHATSAPP empatado com as vendas nas
casas dos clientes com 18%. O país líder em vendas diretas segue sendo os
ESTADOS UNIDOS, com CHINA em segundo e a ALEMANHA na terceira posição.
–
No ranking dos produtos mais vendidos, a liderança segue com os Cosméticos e
Produtos de Cuidados Pessoais com 52%, seguidos por Roupas e Acessórios, e
depois, e bem distante, Alimentos e Bebidas, e outros produtos.
2 – 5G, OU,
ALTA VELOCIDADE E BAIXA LATÊNCIA
Prepare-se, em meses nossas vidas vão mudar. Começa a chegar o 5G. Pelas principais cidades do País, e se você mora numa delas, sua vida vai mudar. Para melhor, para muito melhor.
E
a síntese do 5G é essa.
ALTA
VELOCIDADE, BAIXA LATÊNCIA.
ALTA
VELOCIDADE baixar um vídeo de 2 horas em menos de 1 minuto.
BAIXA
LATÊNCIA é apertar um botão e o acionamento acontecer no ato.
Esses
dois exemplos clássicos sobre as duas situações combinadas são os mais dados. E
que cada um reflita sobre esses exemplos para todas as demais situações.
Assim,
em termos de transmissão, os chamados CARROS AUTÔNOMOS viabilizam-se.
Sem
o 5G seria um assassinato em massa.
Até
o automóvel responder aos sensores algumas pessoas teriam sido atropeladas.
E
na baixa latência, um cirurgião aciona o bisturi em Tóquio, e um paciente, em
Taubaté vê
aparecer um corte em sua barriga. O exemplo é meio tosco, mas talvez o que
traduza com maior clareza a importância do 5G.
Em
decorrência, viabilizam-se milhares de novos negócios, dependentes de alta
velocidade e baixa latência.
De
todas as novidades decorrentes, a que mais me atrai e motiva é a possibilidade
da chamada AUDIÊNCIA IMERSIVA.
De
continuarmos de nossa casa, acessando o mundo inteiro por gadgets, mas com a
possibilidade de ingressarmos nos ambientes e termos uma experiência muito
próxima da presencial. Com a ajuda de um óculos específico.
Com
o 5G, veremos o mundo como jamais vimos até agora.
Apenas
isso, e aí infinitas possibilidades de novos negócios, e de velhos negócios
devidamente renovados, saltarão a nossos olhos.
Vamos
aproveitar.
3 – NÃO
SERÁ COMO O IMAGINADO, MAS SERÁ DIFERENTE.
E
aí veio a WEWORK, e o negócio de COWORK foi ganhando consistência e dimensão.
Mas, de verdade, ninguém estava convencido que seria nesse sentido.
Faltava
um empurrão, uma lufada de ar, uma ventania, um tsunami, e veio… A pandemia!
E
aí, querendo ou não querendo, na falta de alternativa, milhões de pessoas no
mundo todo e de forma urgente e improvisada passaram a trabalhar em casa.
Um
mês, 2,3,4,5 18 meses, e o questionamento é geral.
Conclusão,
JANEIRO 2022, uma nova realidade.
E
que nova realidade é essa?
–
Com exceção de ocupações onde a presença física é da essência da atividade,
tipo linha de montagem, empacotamentos, fulfillment, e demais, o trabalho
presencial assim seguirá com pequenas variações.
Já
em todas as demais, modulações.
Pessoas
trabalhando o tempo todo a distância e circunstancialmente a distância, e vez
por outra encontrando-se para confraternizações, convenções, e outras
atividades mais de cunho social ou componente social do que de trabalho
propriamente dito.
Isso
posto, é possível traçar-se um primeiro esboço do próximos anos.
Parcela
expressiva das empresas, a maioria, seguirá trabalhando a distância. E toda uma
cultura de trabalho a distância será aperfeiçoada e amadurecida, incluindo o
desenvolvimento de novos espaços e equipamentos, assim como sucessivas e novas
gerações de plataformas para trabalhos a distância.
Os
WEWORKS da vida, genericamente COWORKS, que nasceram para abrigar parcela
expressiva dos profissionais de uma empresa, na maior parte das situações,
locarão exclusivamente duas ou três salas para empresas e para as funções
melhores desempenhadas pessoalmente, com direito às empresas de promoverem
reuniões semanais ou mensais com parte ou a totalidade de seus colaboradores,
nos espaços dos coworks, para assuntos mais que relevantes.
Ou
seja, a crise nos imóveis corporativos, é irreversível e definitiva.
Durante
uma ou duas décadas as incorporadoras e construtoras deveriam dedicar-se mais a
retrofits e adequações de espaço do que a construção de novos espaços. Novos
espaços serão a exceção da exceção.
Esse
quadro hoje é tão óbvio que passou a ser recorrente, em todas as atividades
onde os profissionais têm a chance de novos empregos, colocarem em primeiro
lugar as empresas que possibilitam e
oferecem o trabalho a distância.
E
todos os dias, em quase todas as empresas que forçam o trabalho presencial, até
mesmo oferecendo promoções, tudo o que testemunhamos é uma debandada de
colaboradores.
Isso
posto, conclusões, o COWORK seguirá prosperando, mas num novo formato e
devidamente adaptado.
Os
profissionais darão preferência às empresas que ofereçam a possibilidade do
trabalho a distância. E os imóveis comerciais, prédios, andares, salas para
escritórios, pelos próximos 10 anos deveriam ser esquecidos pelas
incorporadoras em termos de novos lançamentos…
Aconteceu.
Sem a pandemia não seria assim.
Mas,
a pandemia veio e mudou tudo e para sempre.
4 – À LUZ
DOS NÚMEROS, UM PÉSSIMO NEGÓCIO
Fundada
no início da década passada, o DR.CONSULTA constituiu-se numa auspiciosa
novidade no território da saúde. Finalmente, um plano acessível e que garantia
um atendimento básico com um mínimo de qualidade.
Causou
impacto, conseguiu acionistas de peso e reconhecimento público, mas, na
prática, jamais
deixou de ser uma promessa distante de se concretizar.
Agora
anuncia a aquisição de uma participação minoritária na startup CUIDAR.ME, que
também atua no território do baixo custo, convertendo-se, também, em PLANO DE
SAÚDE, e
passando a atuar no território dos planos individuais, onde, e neste preciso
momento,
e
para cair fora de um negócio que quase todos consideram um MICO, a
UNITEDHEALTH, que comprou a AMIL, pagou mais de R$300 milhões a uma outra
empresa para poder cair fora.
Ou
seja, os planos do DR.CONSULTA seguem confusos. Aparentemente, um importante
insight, 10 anos atrás, mas que segue à deriva, e na busca de uma tábua de
salvação.
Lemos
os números divulgados na imprensa e ficamos mais perplexos ainda. Seguramente, a
conta não fecha e segue operando no prejuízo.
Dizem
as publicações:
“Este
ano, a empresa diz ter atendido 900 mil pacientes únicos, registrado 2,2
milhões de visitas em suas unidades, e realizado 2,4 milhões de exames.
Alcançando uma receita líquida, em 2021, de R$315 milhões. 20% a mais que em
2020”. Dividindo-se esses R$315 milhões pelos 2,2 milhões de visitas e 2,4
milhões de exames, já constatamos um valor unitário, simplesmente pífio.
Objetivamente, e não obstante a ótima receptividade inicial, o DR.CONSULTA segue na busca de um caminho, na esperança de uma luz…
E
ainda e agora, com a adesão aos planos individuais, essa perspectiva fica mais
distante, ainda.
5 – 4,2
MILHÕES JOGARAM A TOALHA. POR ENQUANTO, PROVISORIAMENTE.
Batendo
todos os recordes, brasileiros decidiram deixar o País em busca de melhores
oportunidades, ambientes mais amigáveis para negócios, e classe política
minimamente mais honesta e competente.
É
o maior número de brasileiros pulando fora dos últimos 10 anos: 4,21 milhões.
E
aí o CENTRO DE POLÍTICAS SOCIAIS da FGV decidiu conferir se existem mais
brasileiros pensando ou considerando partir.
E
aí a constatação, ou susto, para alguns, foi maior ainda: 47% dos brasileiros
entre 15 a 29 anos não veem a hora de fazer as malas e saltar fora.
Ou
seja, conseguimos, somos um país onde metade dos mais jovens não mais acredita
e pretende partir. Há 20 anos, esse número era inferior a 20%.
PEDRO
BRITES, professor de Relações Internacionais da FGV, assim comentou o resultado
do estudo: “Esse movimento nos últimos anos é inédito e representa, de fato, a
maior diáspora da história brasileira para nossos padrões, um país que,
historicamente, sempre recebeu imigrantes”.
Nos
tempos da chamada “revolução” tinha uma frase patética e absurda que dizia,
BRASIL, AME-O OU DEIXE-O. Muitos, agora, dizem, AMO, mas, DEIXO.
Triste
realidade de um momento da história onde preservar seu capital de jovens, em
plena disrupção tecnológica, é decisivo para a construção de um novo e melhor
futuro.
Neste
momento o Brasil perde os jovens, e seus pais, também. Em alguns casos, e até
mesmo, seus
avós.
6 –
ARREPENDIMENTO, SIM E SEMPRE É POSSÍVEL, DESDE QUE HONRANDO E ASSUMINDO
EVENTUAIS PREJUÍZOS CAUSADOS.
Em
dois momentos, nos 42 anos da MADIA, vivemos uma mesma e constrangedora
situação.
Contratados
por empresas, em decorrência de processos de consultoria, fomos encarregados de
buscar novos executivos para o comando de determinadas áreas.
Todo
o processo seguiu normalmente, todas as entrevistas foram realizadas, os
candidatos escolhidos demitiram-se das empresas onde trabalhavam, e a data de
início do trabalho nas novas empresas definida.
Numa
das situações, tratava-se de uma profissional mulher, assumidamente
homossexual, e assim que a notícia chegou na nova empresa foi alvo da revolta
explícita de parcela de outras mulheres que ocupavam posição de liderança. A
empresa, constrangida, desculpou-se pela situação, e procedeu a todos os
pagamentos decorrentes de uma contratação que não se consumou.
Numa
outra situação tratava-se da contratação de um profissional de atendimento para
uma agência de propaganda. Depois de demitir-se do emprego, e já preparando-se
para começar na nova empresa, seu nome foi apresentado ao cliente que recusou
ser atendido por aquele profissional.
O
mesmo aconteceu. Foi indenizado e saiu em busca de uma nova posição.
Em
outra dimensão isso acabou de acontecer na ESPANHA, com o SANTANDER.
A
toda poderosa do banco, ANA BOTIN, convidou ANDREA ORCEL, presidente do UBS, a
assumir o comando do SANTANDER, globalmente.
Depois
de sucessivas reuniões, o convite foi formalmente feito através de
correspondência de três páginas com os termos principais do contrato, setembro
de 2018. ANDREA aceitou, demitiu-se,
e, no início de 2019, ANA arrependeu-se e retirou o convite. ANDREA ingressou
na justiça.
Semanas
atrás, o SANTANDER foi condenado a pagar uma indenização de € 67,8 milhões, julgando
ter havido quebra de contrato de forma unilateral e arbitrária, causando “danos
morais inaceitáveis” ao profissional.
Isso
posto, todas as decisões de contratações devem sempre ser revestidas de todos
os cuidados. E todos os riscos avaliados criteriosa e sensivelmente antes da
palavra final.
Para
que equívocos semelhantes não voltem a acontecer…
7 – “O
BRASIL ESTÁ JOGANDO BEACH TÊNIS!”
GASTÃO
VIDIGAL era um banqueiro amado e odiado por seu gênio, personalidade, e
destemperos. Afagava – raras vezes – e ia direto ao ponto outras.
Nos
poucos encontros que tivemos com ele sempre foi cordial e extremamente educado.
Mas
não deixou de alfinetar seus adversários, concorrentes e algozes.
Dentre
muitas das histórias a seu respeito, uma das mais conhecidas conta sobre o dia
que uma das agências de propaganda levou uma nova campanha para sua aprovação,
com o respectivo plano de mídia.
Adorou
a campanha, mas pediu uma mudança radical no plano de mídia. A agência
recomendava spots de radio na parte da manhã – entre 8h e 10h – procurando
sensibilizar as mulheres donas de casa e algum empresário preguiçoso que só
trabalhava depois do almoço.
Gastão
recusou, dizendo: “Nessa hora está todo mundo jogando golf…”.
Agora leio a correria dos ineptos e despreparados estupidamente atrás de patrocínios do “BEACH TÊNIS” – a suposta nova moda dos poderosos.
Foram
suficientes meia dúzia de quadras na Avenida Rebouças, em São Paulo (SP), para
que alguns profissionais entorpecidos pelo açodamento e burrice proclamassem a
suposta novidade, ou, segundo, eles, a nova realidade, ou, novo esporte da
moda.
Durante
décadas, empresas investiram fortunas para falar com as mesmas 5 mil pessoas da
cidade de São Paulo que se fartavam nas bocas livres, davam a sensação de
sucesso para essas empresas, e todos iam dormir felizes como se esse
comportamento correspondesse a alguma realidade, tivesse pífios 1% de
consistência.
Assim,
e perplexos, lemos nos jornais empresas supostamente preparadas aconselhadas
por suas empresas de “não consultoria” recomendando mergulharem de cabeça na
suposta nova onda dos brasileiros: o beach tênis…
Bancos,
cartões, cervejas, tênis, construtoras, agora, patrocinando quadras de BEACH TÊNIS…
O
BRASIL INTEIRO, DO DIA PARA A NOITE, JOGANDO BEACH TÊNIS…
Por
uma questão de discrição e respeito deixo de citar marcas e executivos que
trombeteiam nas principais publicações de negócios do País que, e finalmente,
OS BRASILEIROS DESCOBRIRAM O BEACH TÊNIS.
WHATTTT?????!!!!!!!!
8 – PETZ,
OCUPAR ESPAÇO
Um
dos melhores exemplos de estratégia corajosa, decidida e vencedora dos últimos
anos em nosso país é a de SERGIO ZIMERMAN e sua PETZ.
Uma
história clássica do LEVANTA, SACODE A POEIRA, DÁ A VOLTA POR CIMA.
ZIMERMAN
possuía um atacadão – SUPER BRASIL – que, literalmente, faliu. Sobre as cinzas
da falência plantou, no mesmo espaço e local, seu PET CENTER, no ano de 2002.
Em
18 anos, saltou do nascimento à maturidade e liderança.
De
uma primeira loja em 2002, e desde o início seguiu seu mantra: “expandir sua
atuação fortalecendo cada vez mais a conexão com todos os apaixonados por
pets”.
E
assim sucedeu.
11
anos depois da decolagem, recebeu um aporte do private equity WARBURG PINCUS que ficou com 50,01% das ações,
claro, desde que SERGIO continuasse no comando.
Hoje
são mais de 100 lojas, em 13 estados, e cada unidade da rede com mais de
1000m², incluindo loja, centro de veterinária, mais banho e tosa.
Agora,
menos de 20 anos depois de renascer das cinzas, SERGIO anuncia os planos para
os próximos anos.
Investimentos
da ordem de R$500 milhões, 50 lojas em 2022, seguindo na compra de empresas do
mesmo território, com total sinergia e complementariedade.
Na
PETZ analógico + digital.
Um
terço de todas as vendas, hoje, acontece no digital, mas e a partir daí, 90%
flui até a entrega a partir da base de lojas.
Dentre
as curiosidades do negócio da PETZ, diferente das demais organizações de
varejo, é que nesse território não existem as marcas regionais. Assim, o
ingresso de uma nova marca, independente da procedência, encontra resistência
praticamente zero.
Em
entrevista à RAQUEL BRANDÃO de VALOR, e sobre os planos pós-pandemia da PETZ,
SERGIO ZIMERMAN fez a seguinte declaração: “Tem uma tempestade, o céu está com
nuvens pretas e, em 2022, vem trovoadas, mas fizemos estoque de guarda-chuvas.
Estamos
mais que bem preparados para aguentar as pancadas de chuvas…”.
Isso
significa que o caixa está mais que fortalecido, e a PETZ pretende aproveitar a
oportunidade dos milhares de imóveis e pontos comerciais de qualidade
disponibilizados no País pela pandemia, para avançar e ocupar espaço.
Totalmente
diferente da postura de todos os seus concorrentes…
9 – SÓ NO
BRASIL
Batendo
todos os recordes da aviação comercial em todo o mundo, uma empresa aérea protagonizou
um mais que clássico VOO DE GALINHA.
Em
poucos meses, de julho a novembro, decolou e tentou manter-se no ar, mas, não resistindo,
espatifou-se no chão, jogou a toalha e declarou-se incompetente.
Assim,
e o NATAL de 2021 entra para a história em que 45 mil passageiros, com as
devidas passagens em suas mãos, ficam a ver navios porque as do avião que
compraram, nem sinal.
E
pensar que existe uma agência reguladora, a ANAC, responsável por autorizar
novas empresas aéreas, novos voos e rotas e tudo mais.
Presidida
pelo economista JULIANO NOMAN, e em entrevista à imprensa, declarou, “Fomos
pegos de surpresa…”.
Meu
Deus, se a agência responsável, que tem por obrigação fiscalizar à exaustão e
só conceder autorizações quando não existe a menor dúvida considerando-se a
natureza do negócio e que é a aviação, o transporte de passageiros,
justifica-se alegando que “foi pega de surpresa“
–
AGÊNCIAS REGULADORAS JAMAIS, EM HIPÓTESE ALGUMA PODEM RECORRER A ESSE
ARGUMENTO, SEREM PEGAS DE SURPRESA – em quem confiar?
Deveríamos
continuar comprando os serviços das demais empresas aéreas fiscalizadas,
controladas e reguladas por uma agência que se diz PEGA DE SURPRESA???!!!
A
entrevista de JULIANO, falando em nome da ANAC é um desastre total. Seus
argumentos, pela omissão inaceitável, ultrapassam a ingenuidade, tipo, “a
empresa que veio aqui na ANAC pedir o certificado é de transporte aéreo, um
CNPJ diferente da empresa rodoviária que se encontra em recuperação
judicial…”.
Não
passou pela cabeça dos diretores da ANAC e de seu presidente que existia alguma
coisa a mais nos ares, além de aviões, na “incrível” coincidência de
denominação – as duas chamam-se ITAPEMIRIM…
Se
essa é a forma de proceder da ANAC, se assim fiscaliza e controla a aviação em
nosso país, recomendamos a todos triplicar as orações…
10 – RUBENS MENIN, A ENERGIA
EMPREENDEDORA
Poucos
empresários brasileiros registram uma energia empreendedora da dimensão e
vitalidade da de RUBENS MENIN. De Belo Horizonte (MG), 1956, está sempre à cata
de novas e boas oportunidades. Que agreguem, além de negócios, o prazer e a
felicidade de realizá-los.
Desde
o apoio que vem emprestando a seu clube do coração com enorme sucesso, o ATLÉTICO
MINEIRO, passando pela sua admiração pelas notícias – CNN –, e o prazer dos
vinhos de qualidade.
Hoje,
preside o Conselho da empresa de engenharia líder em seu território de atuação,
a maior incorporadora da AMÉRICA LATINA, a MRV, além do BANCO INTER, mais a
franquia da CNN para o Brasil, mais a empresa de galpões logísticos LOG
COMMERCIAL PROPERTIES, e mais recentemente, 2018, decidiu investir em uma de
suas paixões, o vinho.
Nos
últimos 3 anos, fez uma série de aquisições na região do DOURO, PORTUGAL – duas
quintas vizinhas, e mais recentemente a vinícola Horta Osório, marca de
duzentos anos na produção de vinhos.
Segundo
as pessoas próximas de MENIN até agora já investiu mais de €30 milhões em seu
novo negócio, onde pretende alcançar, até a metade desta década, e em
propriedades, um total de 400 hectares.
Assim,
e hoje, além de todas as demais empresas sob sua liderança e inspiração, MENIN
vai ingressando de forma consistente no negócio de vinhos, com sua MENIN WINE COMPANY…
Em
tempos de dificuldades, pessimismo, apreensões, é sempre importante contarmos
com exemplo de vida e energia como o de RUBENS MENIN…
DRUCKER´S MONTHLY
Nosso
adorado mestre, quando perguntado sobre determinados temas, sempre gostava de
recorrer a outras situações da vida, e fora do ambiente de negócios.
Quando
perguntavam a ele sobre os diferentes tipos de equipes que traduzem a média da
grande maioria das empresas, a resposta que costumava dar era a seguinte:
“Há
somente três tipos de equipe. O primeiro envolve poucas pessoas como nas duplas
de tênis. Em equipes pequenas, cada integrante adapta-se a personalidade, habilidades,
pontos
fortes e fracos dos demais membros. Em seguida vêm as equipes um pouco maiores,
como as do futebol. Cada jogador tem uma posição fixa, e o time procura
movimentar-se em conjunto, com exceção do goleiro. Por fim, equipes como as de
beisebol, nos Estados Unidos, ou uma orquestra em que todos têm uma posição
fixa.
Dependendo
do momento e das circunstâncias, uma organização pode atuar apenas com um tipo
de equipe. De qualquer maneira, decidir qual esquema usar é uma das decisões
mais arriscadas na vida de uma organização”.
Assim,
organize e disponha sua equipe, sempre, dependendo das características,
circunstâncias e especificidades de seu negócio, e, claro, das competências e
habilidades de cada um de seus membros.
As
referências de modelos de equipes são como roupas semiprontas.
Sempre
precisarão de um ajuste final, de uma customização, para dizer o mínimo.
Hoje,
nosso adorado mestre nos ensina e estimula a refletir, tomando como referência
o esporte, e dentre os diferentes tipos e formatos e esquemas de se organizar
uma empresa, três em especial. Vamos a eles.
“Como
disse anteriormente, nas empresas existem três tipos de equipes. Pequenas, como
nas duplas de tênis, maiores, como nos times de futebol, e maiores ainda, como
são as orquestras.
Na
primeira, cada um dos membros adapta-se às competências e habilidades de seu
parceiro. Na segunda, cada um tem uma posição fixa, mas se movimentam em
conjunto. E na terceira todos possuem posição fixa e têm nas partituras o
momento certo de agir.
As empresas norte-americanas atuaram durante décadas como orquestras. Já as empresas japonesas decidiram seguir o modelo dos times de futebol. Movimentam-se a partir da tarefa em execução, assim como o fazem os jogadores de futebol. Levaram uns 15 anos para dominarem essa forma de trabalhar, mas, uma vez dominado, conseguiram reduzir os tempos necessários em 2/3. Dos cinco anos que precisavam para o desenvolvimento de um automóvel, a TOYOTA, NISSAN e HONDA criaram novos modelos em 18 meses…”. E é isso, amigos. Sempre procurando adotar o melhor modelo em função do campo de atuação de nossa empresa, das características do mercado e atuação dos concorrentes, procurando formar a melhor equipe possível para desempenhar ao máximo dentro do modelo escolhido. Nada mais simples que, no entendimento. Nada mais desafiador, que, na prática.