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Barbie, a história verdadeira

Um dos filmes do ano passado, criticado por muitos e elogiado por poucos, é Barbie. De qualquer maneira, e em termos de bilheteria, um dos maiores sucessos de 2023. Mas, sabe-se lá por quais razões, traz uma história que passa a quilômetros de distância da verdade. Ao contrário do que afirma o filme, e por mais simpático que seja o casal Handler – Ruth e Elliot, o pai da Barbie chama-se Ernest Dichter. História essa que já contei duas vezes, e em benefício da história e da verdade volto a contar. Em verdade, e também como já contei em artigo, Dichter, gênio, que com Ernest Lazarsfeld, seu mestre, mudou para muito melhor a história das pesquisas, do marketing e dos negócios em todo o mundo, foi vítima de outra grande injustiça. O Prêmio Nobel conferido a Richard Thaler em 2017, professor da Universidade de Chicago, por seus estudos sobre Economia Comportamental, de verdade, deveria ter sido conferido a Dichter, por ter contribuído com o mundo, sociedade, negócios, marketing, de forma muito mais relevante, consistente, superior, cinco décadas antes de Thaler. No filme Barbie, de alguma forma a criação da boneca é atribuída ao casal, muito especialmente a mais que querida Ruth. O que definitivamente não corresponde a verdade. A Barbie pensada pelo casal dono da Mattel era uma boneca das clássicas, à semelhança de todas as demais bonecas que a antecederam. A Barbie já estava pronta e acabada, preparada para ingressar em linha de produção, quando souberam do milagre que Ernest Dichter tinha protagonizado com o sabonete Ivory da Procter. Decidiram consultá-lo, apenas por uma questão de maior segurança. No papo Dichter fez duas perguntas ao casal. 1 – Pra quem é essa boneca? E a resposta foi, “para as meninas”. E 2 – Vocês foram conversar e pesquisar as meninas? E a resposta, “não, conversamos com seus pais e que é quem compram…”. “Atrasem o lançamento por duas semanas, deixem eu conversar com as meninas… elas é que decidem a compra, portanto são elas o cliente. Os pais as levam às lojas e dão o dinheiro, mas, quem decide, quem toma a decisão e faz a escolha, são as meninas…”. Duas semanas depois, volta ao casal Handler, e diz, “os pais podem comprar essa Barbie convencional e cheia de roupas e composturas que vocês vão lançar. Mas as meninas me disseram que a boneca que querem é ”Blond, Long Legs, Big Breasts, Glamorous…”. O grande e extraordinário mérito do casal foi respeitar a orientação do mestre Dichter. E em se tratando de bonecas, o cliente eram as meninas. E assim nasceu Barbie, obra monumental da inteligência, sensibilidade e competência de um dos pais da pesquisa motivacional, Ernest Dichter. Durante os anos 1940 e 1950 Dichter passou parte de seu tempo tentando convencer as empresas que utilizavam metrologia de pesquisa ultrapassada, as pesquisas quantitativas para tudo. Até que um dia a Procter decidiu dar uma oportunidade a Dichter. E a partir daí os negócios e o marketing jamais foram os mesmos. As pesquisas de Dichter produziram sucessos monumentais. Para a Procter mudou para melhor, muito melhor, a vida da Ivory e Ariel. Para a Chrysler mudou a forma e a eficácia da empresa em se relacionar com os compradores de seus carros e recomendou a criação de uma plataforma de comunicação única: 10! Para a Esso desvendou a expectativa que os motoristas tinham, e redefiniu seu positioning statement: “Put a tiger in your tank…” Para Betty Crocker, com uma pequena mudança no texto das instruções, – “como preparar o bolo” – eliminou o sentimento de culpa das mulheres que acreditavam não estar cumprindo com suas obrigações por fazerem um bolo de forma tão prática, rápida e simples. E assim mudou, repito, para melhor, para muito melhor com graus de eficácia inimaginável, a vida de dezenas de produtos e empresas. Apenas isso. Assistam Barbie, claro, se quiserem. Mas procedam, com respeito e carinho a correção, mesmo porque o casal não tem nada a ver com isso. Obra dos roteiristas. Quem criou Barbie, definitivamente, não foi o casal Handler. Foi um dos pais da pesquisa motivacional, conterrâneo e contemporâneo de Peter Drucker, Ernest Dichter. Os dois nasceram em Viena, Dichter em 1907, Drucker 2 anos depois, 1909, e até hoje somos recompensados por suas sensibilidades, inteligências, competências, conhecimentos, e capacidades de entender o verdadeiro sentido dos fatos e da vida. Gênios. Barbie e a Pesquisa Motivacional são filhas de Dichter. Os gêmeos monozigóticos Administração Moderna, e, Marketing, são filhos de Drucker.
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O pai da Barbie, a ignorância do Nobel, e a inteligência natural

ATENDENDO A PEDIDOS, o artigo do MADIA publicado no PROPMARK, na edição com data de capa de 30 de janeiro de 2018. Como muitas coisas na vida, um artigo escrito 5 anos antes do tempo certo. Richard Thaler, 72 anos, professor da escola de negócios da Universidade de Chicago, recebeu o Prêmio Nobel de Economia, por seus estudos sobre a economia comportamental. Segundo as agências noticiosas, à Academia Real Sueca de Ciências de Estocolmo, Thaler destacou a importância dos traços de personalidade dos indivíduos, em seus comportamentos de consumo: “Thaler incorporou hipóteses psicologicamente realistas na análise das tomadas de decisões”. Ou seja, fez em anos recentes, guardadas as devidas proporções e a infinidade de recursos hoje existentes, muito menos do que o verdadeiro precursor do behaviorismo aplicado à economia, aos negócios, ao marketing, ao branding e à comunicação, Ernest Dichter, fez e anunciou ao mundo nos anos 1950. E por que Dichter não mereceu a distinção, perguntarão alguns? Por dois motivos. O primeiro, absolutamente impossível, uma vez que o Nobel para Ciências Econômicas só passou a existir em 1968. E o segundo é que suas descobertas e conquistas mereceram críticas truculentas e improcedentes de supostos intelectuais da época. Ernest Dichter foi contemporâneo de Peter Drucker, também nasceu em Viena, no dia 14 de agosto de 1907. Graduado em psicologia, aluno e companheiro de Paul Lazarsfeld, um dos fundadores do behaviorismo. Morreu no ano de 1991, em Peekskill, Nova York. É considerado o criador e pai da Pesquisa Motivacional, que, dentre outras conquistas e consequências, mudou radicalmente a publicidade, o marketing, o branding, os negócios e a comunicação em todo o mundo. De família pobre, judeu, para custear seus estudos foi trabalhar com seu tio como vendedor de uma loja de departamentos, e decorador de vitrines nas horas vagas. De 1924 a 1927. Seu pai era caixeiro viajante, vendendo tecidos e armarinhos. No início da Segunda Guerra, decide sair da Europa, por questões de sobrevivência, e muda-se com sua mulher, Hedy Langfelder, pianista clássica, para New York City. Durante os anos 1940 e 1950, passou parte do tempo tentando convencer as grandes organizações de que faziam publicidade de forma equivocada. Que jogavam dinheiro fora. Até que um dia, de tanto insistir, a Procter lhe concedeu uma oportunidade com Ivory… Mais adiante o casal dono da Mattel contratou seus serviços para definir como deveriam ser as novas bonecas… Entrevistou 191 meninas e 45 mães… E concluiu: “suas mães querem as bonecas tradicionais, de antigamente; as meninas querem bonecas que traduzam o que gostarão de ser quando crescerem; “Long Legs, Big Breasts, Glamorous… Barbie, um dos dez melhores cases de todos os tempos”. O sucesso das descobertas sobre Ivory, para Procter, lhe garantiu um segundo job. Para Ariel… Mais adiante decodificou para a Chrysler como os homens relacionavam-se com automóveis. E criou a plataforma de comunicação perfeita para diferentes modelos de automóveis. Para a Esso, recomendou o statement: Put a tiger in your tank… Para Betty Crocker, identificou o truque que daria vida às massas para bolos que esbarravam no sentimento de culpa das mulheres. Descobriu que os praticantes de golfe voavam com as bolinhas; que os praticantes de boliche colocavam suas vidas ao arremessar as bolonas em direção aos pinos, às frustrações, aos desafios e aos inimigos… Muito antes, e infinitamente mais importante, do que o vencedor do Nobel de 2017, Richard Thaler. Mas, a vida é assim. Certamente a Academia Real Sueca de Estocolmo desconhece as contribuições de Dichter. Deixo aqui, portanto, esse reparo essencial. Questão ou dever de consciência. Sobre ele, Ernest Dichter, o pai da Pesquisa Motivacional. Em tempos de inteligência artificial, nada como reverenciar quem resgatou e enalteceu a verdadeira inteligência. A humana.
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“O brasileiro é um povo muito limpo”

Quem fez essa declaração, de que o brasileiro é um povo muito limpo, foi uma autoridade, e a partir do volume e intensidade da venda de seus produtos de higiene básica. Uma empresa que se encontra presente com seus produtos praticamente em todas as casas do mundo, a Procter. E através de sua presidente no Brasil, Juliana Azevedo, registrou nosso comportamento durante a pandemia e nas compras dos produtos da Procter, assim como das demais pessoas de outros países em idêntica situação. Os números da Procter são mais que reveladores. Segundo a Juliana: ‒ “O brasileiro é um povo muito limpo. Toma banho uma média de 8,5 vezes por semana, contra, por exemplo, 6,5 vezes dos americanos…”. Disse mais, ‒ “Em muitos dos itens de beleza testemunhamos o relaxamento dos consumidores em outros países, o que não aconteceu no Brasil, e nos cuidados com a boca o uso de produtos intensificou-se.” E exemplifica: ‒ “No México, Colômbia, e outros países da região, a venda de produtos de barbear caiu, no Brasil, não! Como os homens ficaram em casa deixaram, nos outros países, de fazer barba, por exemplo, enquanto os brasileiros seguiram em seu ritmo normal de barbas diárias…”. É isso, amigos. Quem diria que com a pandemia nós, brasileiros, revelássemos uma virtude que muitos de nós, não imaginávamos possuir…
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Diário de um Consultor de Empresas – 03/12/2021

A PROCTER, mais que descobrir, confirmou, circunstancialmente e na pandemia, que o brasileiro é um povo limpo.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 29/10/2021

JULIANA AZEVEDO, A TORCEDORA DA PORTUGUESA QUE HOJE COMANDA A PROCTER. Das 250 maiores empresas do país menos de 10 são comandadas por mulheres. E dentre essas menos de 10, a PROCTER, com a última ou penúltima torcedora da PORTUGUESA DE DESPORTOS.
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Diário de um Consultor de Empresas – 25/06/2021

A RECKITT FEZ O QUE A PROCTER DEVERIA TER FEITO. BEST – Be simple, stupid, ou, KISS – Keep it simple, stupid. RECKITT BENCKISER virou RECKITT PROCTER & GAMBLE, ao invés de PROCTER virou P&G… SOCORRO!