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Fogão de seis bocas…

Sexta-feira, 17 de março de 2023. Sala de reuniões da Editora Referência. Armando e Tiago Ferrentini, Gustavo Bastos, e, Fabio e Francisco Madia. Última reunião da fase de planejamento do Marketing Best, 33, O Retorno. Depois de quase três anos de pausas, reflexões, aprendizados, saindo do forno, absolutamente atualizado, definitivamente SEE – Strongest, Effective, Essential – agora sob nova direção, Tiago A. Milani Ferrentini e Fabio Madia, e com Gustavo Bastos e sua 11:21 na comunicação de altíssima precisão e total eficácia. Eu, Madia, volto para casa, pego alguma coisa pra comer e dou uma esquentada no micro-ondas. Enquanto espero três minutos olho para o fogão que Katinha e eu compramos décadas atrás. Um fogão de seis bocas. Perguntei para a Katinha por que compramos um fogão de seis bocas? E quantas vezes usamos simultaneamente as seis bocas… “Nenhuma!” As panelas não cabiam e jamais foi necessário… Assim era o mundo velho que partiu. Na época também compramos duas geladeiras médias e um freezer pequeno. Continuamos com os três. Apenas uma geladeira média daria conta de tudo… Sobra espaço… Berrini, megasucesso dos anos 1980, vai se convertendo num corredor fantasma de prédios vazios e abandonados. Vamos para o living que antes se chamava sala, e contemplamos uma tonelada de produtos queridos, absolutamente inúteis e dormentes que ninguém nem mesmo de presente aceita: livros, DVDs, CDs, VHSs, blu-rays. Finalmente descobrimos hoje o que Levitt ensinou ao mundo na edição de julho/agosto 1960, da HBR – Harvard Business Review: “Nós não compramos produtos, compramos os serviços que os produtos prestam”… E quando existirem novas e melhores formas de se prestar os mesmos serviços, os produtos estarão condenados. Seguimos apenas comprando e consumindo, se ainda relevantes, os serviços que aqueles produtos prestavam… A propósito, comprando, não, assinando… No final da tarde chega a edição do Propmark. Sou avisado pelo Thiago Bacchin, da Cadastra, querido amigo, comentando sobre meu artigo. Nele o anúncio do Marketing Best, O Retorno, criação espetacular da 11:21 – “The Best Of Us” – Há 33 anos o Marketing Best premia os maiores cases do marketing brasileiro. Esse ano o prêmio vem ainda maior, melhor e com festa mais animada, claro. Prepare seus cases… Assinado pela Abramark e Propmark. Um dia Rip Van Winkle, hoje estátua de bronze no Central Park de NYC, fazendeiro, incomodado com alguns comentários feitos por sua esposa, entra na floresta para uma espécie de descompressão. Seu cachorro, solidário, junto… Pegou no sono… Acorda 20 anos depois e não encontra o cachorro… Desce a montanha, volta para casa e não encontra a casa… Vai ao bar em busca dos amigos e é apresentado ao jovem Rip, filho de Rip Van Winkle que foi e nunca mais voltou da montanha… No dia que Gordon Moore entregou a encomenda para a Busicom, fabricante de calculadora, disse que aquela pecinha, o microchip 4004, teria sua velocidade dobrada a cada 18 meses e seu preço reduzido pela metade… Errou, bisonhamente… Seis meses, quatro, dois meses, um mês, dias… E o preço quase zero… Abro o Propmark que tem como manchete de capa Sound Branding… Clear Channel e Vati convidam os leitores, “venha fazer seu 3d com a gente”. Appcast diz que está presente nas principais plataformas de streaming. A Casamais integrou o ChatGPT ao Metaverso… Levo um susto, dois cabelos brancos abraçados, João Carlos Martins e Pira Jr. falam sobre a campanha para o Metrô SP, diretoras de criação expõe seus planos para a batalha final, a invasão e domínio feminino das agências, e Taísa Pereira informa que a plataforma DSP da Mediasmart tem foco em CTV e omnicanalidade. E na 3ª capa, pra cumprir sua missão essencial, o anúncio do Marketing Best, O Retorno. Ufa!!! Qual a conclusão… Absolutamente nenhuma… Que, e finalmente, já vivemos no Admirável Mundo Novo, e que, e a propósito, e como anunciavam alguns videntes, é definitiva e irreversivelmente líquido. Apenas isso. Thanks God! Ainda bem que o Marketing Best, o maior prêmio da administração moderna e sua ideologia, o Marketing, está de volta. Já era tempo.
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Mondelez, parece conversa de maluco, mas não é; É assim mesmo…

Numa das últimas edições do Propmark, uma entrevista mais que inspiradora, didática e referencial da diretora de excelência em marketing da Mondelez, Tatiana Gracia. Literalmente, posiciona os snacks que a Mondelez fabrica e vende, como e talvez depois do cão, para os que gostam de cães e que são quase todos, posiciona os snacks da empresa, como os melhores amigos e companheiros das pessoas. Sós, ou, acompanhadas. Segundo Tatiana, todos os anos a Mondelez atualiza suas pesquisas, dados, informações, inteligência de mercado, a respeito da relação das pessoas com os snacks. E agora, e com a pandemia, essa relação mais que se aprofundou. Diz Tatiana, “O snack faz parte da vida das pessoas. É um antídoto contra a solidão, principalmente nesta época de pandemia, que mantém as pessoas isoladas… As pessoas se conectam por conta dos alimentos. E os snacks estão sempre presentes nessa conexão… No Brasil, são uma recompensa. As mães, muitas vezes, usam o biscoito para interagir com os filhos em casa… Adolescentes que agora estudam em casa pela internet, relaxam comendo Club Social ou mascando chiclete no final do dia…”. Diz mais, Tatiana: “O relatório State of Snacking, nossa pesquisa anual sobre comportamento do consumidor e consumo de snacks, uma vez mais revela que os snacks continuam desempenhando um papel importante para as pessoas que buscam conexão, nostalgia, celebração, ou um momento de indulgência… Neste momento de pandemia, nove em cada 10 adultos dizem estar consumindo mais snacks do que antes… E os que trabalham em casa chegam a dizer que trocam uma refeição por um snack, 70%!”. Em síntese, 51% dos entrevistados disseram estar consumindo muito mais snacks agora, do que consumiam antes da pandemia… É isso, amigos. Cada vez mais marcas e produtos num relacionamento mais intenso e íntimo com seus clientes… E alguns produtos, por suas características, formatos e ocasiões propícias para consumo, deitando e rolando com a pandemia.