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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 03/11/2022

Mesmo realizando um pequeno prejuízo, e procedendo a um reposicionamento radical, a GLOBO revela-se incansável na busca de uma nova estratégia. Nada indica que conseguirá ser bem sucedida nos próximos anos. Depois de 50 anos de sucesso, um desafio de, e no mínimo, uma década. Talvez, e diante da disrupção, para sempre. Uma postura permanente contemplando uma nova realidade que não para de mudar.
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Negócio

“Quem planta tâmaras não colhe tâmaras”

Esse é um provérbio grego e que traduz uma verdade definitiva de muitas situações em nossas vidas. E é preciso ter grandeza de espírito para aceitar e se conformar com essa verdade. Plantar sempre, o que jamais colheremos. Mas nossos descendentes se fartarão. De certa forma, e mesmo num curtíssimo período, isso é o que vem acontecendo com a mais importante plataforma de comunicação do Brasil ‒ ainda, a Globo. Desde meado da década passada, a que acabou de terminar, a Globo deu início a um processo de reinvenção. E, de certa forma, no ano de 2018 terminou a primeira etapa, com a definição dos grandes traços dessa reinvenção, e que foi apresentada ao público como “uma só Globo”. Parcela expressiva das pessoas que participaram da definição desse novo posicionamento, e do repensar a Globo, já não fazem parte mais do capital humano da Globo. Foram dispensadas. Mais ou menos como no provérbio grego, “quem planta tâmaras não colhe tâmaras”. Segundo consta, uma tamareira só começa a produzir frutos depois de 100 anos, e assim que planta não vive nem para colher e muito menos para comer. Mesmo num prazo curtíssimo é o que acabou acontecendo com parcela expressiva dos profissionais que participaram do planejamento e início da execução da nova Globo, ou da uma só Globo. Semanas atrás, uma grande parte do processo foi declarada encerrada, e o fecho de tudo uma Nova Marca. Segundo as pessoas que hoje comandam o Grupo, e os irmãos Marinho, acionistas, “uma marca mais leve, acessível, próxima”. Essa nova marca, segundo o “release” distribuído pela Globo, tem seis valores básicos: brasilidade, proximidade, diversidade, comunidade, liberdade, e, criatividade. Um festival de generalidades que, de verdade, jamais traduzirão o verdadeiro sentido e entendimento do que é valor. Ou, de como se define e constrói os valores de uma empresa. Enfim, amigos, aconteceu. Como tudo e todos são mortais, o grande ciclo de ouro da então Rede Globo de Televisão, começou a encerrar-se no início da década de 2020, e tem seu ponto final colocado agora, década de 2021, 10 anos depois. A Globo, na tentativa da sobrevivência, deu um mega reset. Mas, e não necessariamente, todos os resets dão certo. Talvez, nem mesmo, façam sentido… Às vezes, com relativa frequência, alguns resets antecipam o respiro final… Vamos continuar acompanhando e procurando sempre tirar importantes e decisivas lições e aprendizados para nossos negócios, e até mesmo para nossas vidas. Nenhuma outra instituição impactou e mudou tanto, a história de nosso país, para melhor, como a Rede Globo de Televisão. Muito especialmente quando a responsabilidade por seu conteúdo levava a assinatura do José Bonifácio de Oliveira Sobrinho. O Boni. Desde que saiu, a Globo foi deixando sua alma pelo caminho.
Negócio

Quando bate o desespero

Bateu o desespero… Até mais que compreensível em micro e pequenas empresas, mas, no mínimo estranho, em grandes corporações. Revelam-se perdidas, e sem saber o que fazer e muito menos por onde tentar recomeçar… E aí lançam mão de tudo. Os tais de filtros de viabilidade, realidade, sentido, cultura, afinidade, provisoriamente foram descartados ou esquecidos, e assim, vale tudo. Lemos, por exemplo, a entrevista do presidente da rede de hotéis Accor na América do Sul, Patrick Mendes, a Fernando Scheller e Mônica Scaramuzzo no Estadão. Os números são desesperadores. Segundo Patrick, a rede Accor está presente em 110 países, e assim, tem um termômetro consistente sobre como as diferentes economias vão reagindo. Segundo os dados que passou para o Estadão, e especificamente na região, América do Sul, a rede Accor possui 400 hotéis sendo que desses, 300 estavam fechados até meses atrás. No Brasil, país com maior número de hotéis, são 300 dos quais 270 encontravam-se fechados. E dentre as alternativas e experiências que vinham fazendo com alguns de seus hotéis, a de uma unidade do hotel Ibis na cidade de São Paulo, que retirou as camas dos quartos, transformando os quartos em escritórios de uso temporário… Em Coworks… Não vai dar certo… Assim como os melhores restaurantes passaram a fornecer quentinhas… Rede Globo vendendo seus espaços a granel… E por aí vai… O vírus invadiu e tomou conta da cabeça dos gigantes. E que saíram alucinados praticando uma espécie de cosplay reverso. Gigantes travestindo-se de anões, ou, e ao invés de Cinderela, Madrasta por um dia… Simplesmente patético… Jamais nos esqueceremos que durante a pandemia do covid-19 algumas empresas precisaram recorrer a respiradores… Grandes empresas…
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Negócio

CNN Brasil

Nos últimos 12 meses o que mais perguntaram aos consultores do MadiaMundoMarketing diz respeito a notícias sobre uma surpreendente exceção. Em plena crise monumental das mídias convencionais, um empresário que jamais passou pelo jornalismo decidiu investir muito dinheiro, e tornar-se o franqueado da CNN em nosso país. Criando e lançando, a CNN Brasil. Poderia até parecer exagerado, mas, no momento onde 98% das plataformas clássicas de comunicação, jornais, revistas, rádios, emissoras de televisão, há 5 e mais anos, não fazem outra coisa que não seja reduzir, diminuir, cortar, eliminar, demitir, eu disse todas, inclusive a maior de todas, a Globo que quase todos os dias anuncia um novo corte, sem mencionar o naufrágio da Abril, a CNN Brasil converteu-se numa ilha de esperança – a única – que contrata, investe, equipa-se, treina, ensaia, e decola com toda pompa e circunstância, e carregada das melhores expectativas; e, claro, torcida da quase totalidade das pessoas, em especial dos profissionais dos veículos de comunicação – do editorial, do comercial, da produção. A sede da CNN Brasil ocupa 4.000 metros quadrados na avenida Paulista, com mais duas sedes menores – menores em tamanho não em importância – no Rio e Brasília, e correspondentes nas principais capitais do país e do mundo. O prédio escolhido por Rubens Menin é o mesmo onde durante anos brilhou um outro empresário também de Minas, Aloysio Faria, com seu Banco Real, e que faleceu semanas atrás, agora devidamente retrofitado e modernizado. Dos 4.000 metros quadrados, 800 reservados aos estúdios. Num momento onde as notícias só falam de enxugamentos e despedidas, a CNN Brasil decolou com 450 funcionários e 160 jornalistas. E não para de contratar. No comando executivo da CNN Brasil, como sócio e CEO, o jornalista e empreendedor Douglas Tavolaro. Em matéria exclusiva e reveladora, antecipando-se a todas as demais publicações, logo na decolagem e na revista Propaganda, Tavolaro posicionou a CNN Brasil. O que levou – a ele – Tavolaro, a aceitar o Desafio “Como poderia não abraçar um projeto de implantar no Brasil a maior marca de jornalismo do mundo? Absolutamente impossível e irrecusável. Sou grato à TV Record por tudo que vivi lá e pelas amizades que fiz. A honra agora é ser parte de um canal que pretende fazer jornalismo com correção e qualidade para informar melhor.”Posicionamento Editorial da CNN Brasil “Faremos jornalismo profissional: isento, transparente, rigoroso. O que nos move é o interesse da sociedade. Checaremos rigorosamente todas as informações e contemplaremos a pluralidade de opiniões, através de nossos analistas com isenção e equilíbrio.” Foi o que disse o Tavolaro sobre a CNN Brasil. Já na decolagem a CNN Brasil fez-se presente nas principais plataformas. Mediante aplicativo, site, newsletter, podcasts, assistente de voz, Facebook, YouTube, Instagram, Twitter, LinkedIn, e, claro, Pay TV e plataforma de streaming e OTT. Se a sorte e Deus abençoam e protegem os alucinados, sob determinados aspectos, fazer-se neste momento da crise conjuntural brasileira, e crise estrutural global um movimento dessa dimensão, é de uma coragem única. Mas, jamais podemos perder de vista o que a vida nos ensinou. Primeiro o que se disse durante décadas, a partir de um discurso de John F. Kennedy, que o ideograma Crise em chinês é composto por dois caracteres: um representa o perigo, e o outro, oportunidade. Ou seja, e se estamos em crise e estamos, certamente existem oportunidades pelo ar e talvez a CNN Brasil tenha engatado numa dessas oportunidades. Por outro lado, mais que qualquer outro país, a própria China de hoje é quem mais dá sentido e tangibiliza o Ideograma. Caminha, inexoravelmente, para a liderança mundial. E por outro lado, ainda, todas as plataformas de comunicação de nosso país encontram-se, com raríssimas exceções, mergulhadas em profunda crise. Muito especialmente, aquela que liderou o jornalismo político e econômico do Brasil, a Rede Globo, que substituiu, décadas atrás, e ocupando o mesmo espaço do Repórter Esso, com seu Jornal Nacional. E de 30 anos para cá, fortalecendo sua liderança com a Globo News. Neste exato momento o Jornal Nacional revela traços indisfarçáveis de que se aproxima do fim, mais que carente de um reposicionamento radical, e a Globonews vive uma crise monumental de identidade na medida em que concentra quase 100% de seu jornalismo a fuzilar Bolsonaro 24×24. Esquecendo-se de outras pautas e editoriais. Por que não a CNN Brasil não ocupar o espaço? E como se costuma dizer, azar de goleiro, no caso o goleiro é a Globo, e sorte de atacante, no caso a CNN Brasil, decolou no exato momento em que eclodiu a primeira grande crise das últimas décadas: a do Coronavírus. O que faz que várias vezes, no correr de um mesmo dia, milhões de pessoas apertem em seus controles remotos o número 577, e deem uma conferida, e “degustem”, e muitos acabam permanecendo minutos, horas, na plataforma que mal completou seus primeiros meses de vida. Sob esse aspecto, e pelas forças das circunstâncias, e mesmo sendo um pesadelo para todos nós e para toda a equipe de profissionais da própria empresa, a CNN decolou no momento certo. No olho da crise. E se crise é oportunidade, e é, não poderia existir melhor momento para sua decolagem. Não obstante todos os tropeços próprios – oscilações e balanços de toda a decolagem – as primeiras impressões da CNN Brasil são as melhores possíveis. CHEGOU NA HORA CERTA!