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Negócio

Marc Bernays Randolph

Nasceu no dia 29 de abril de 1958, em Chappaqua, Estado de Nova York, USA, onde um dia aconteceu um trágico acidente de automóvel com um dos Kennedys. Marc fundou com Reed Hastings e foi o primeiro CEO da Netflix. Deixou a empresa poucos anos depois de sua fundação em 2004. Investiu em muitos outros negócios, fundou a Locker Data Sciences vendida em 2019 para o Google por US$ 2,6 bi. Autor do best seller, “Isso Nunca Vai Funcionar”, com edição lançada em Portugal com a tradução de “Isso Nunca Vai Resultar…”. Concedeu entrevista à revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios, e dessa entrevista procuramos selecionar e compartilhar com vocês as dicas, referências, reflexões e ensinamentos que consideramos mais importantes, muito especialmente agora em que muitas interrogações apontam em direção a Netflix… Por que saiu da Netflix logo nos primeiros anos… “Não me arrependo de ter deixado essa empresa espetacular. Posso dizer que sou uma pessoa de sorte. Porque descobri muito cedo o que gosto de fazer, e o que faço bem. E, as duas, são a mesma coisa. Adoro startups. Muito especialmente na fase inicial. Adoro me sentar com os fundadores e orientá-los na solução de problemas. E nisso sou ótimo. Foi o que fiz no início da Netflix. Em 2003 já havíamos feito o IPO, contratado pessoas incríveis e a empresa estava consolidada. Não tinha mais prazer em trabalhar lá. Voltei a trabalhar com startups em processo de construção e decolagem. E é isso que me faz feliz.”Principal aprendizado “Não existem boas ideias, todas as ideias são ruins… O que a vida me ensinou é que nenhuma startup chega ao sucesso com a ideia original. Lembram, “dois caras estavam sem dinheiro, colocaram um quarto para alugar e, boom, nasceu o Airbnb… Ou, alguém não conseguia um táxi em Paris debaixo da neve véspera de Natal e nasceu o Uber… ou, um jovem decidiu não pagar multa nunca mais pelos atrasos nos vídeos e nasceu a Netflix… Todas essas são histórias incríveis e igualmente falsas. A ideia é única e exclusivamente o ponto de partida. Depois de sucessivas tentativas de colocar a ideia em pé é que você conseguirá proceder a todas as adequações e adaptações da ideia original e chegar aos finalmente…”.A vergonha do ridículo… “É da natureza humana. Ninguém gosta de parecer ridículo. Ninguém gosta de ficar testando hipóteses que não funcionam. Mais ou menos o que acontece quando se aprende uma segunda língua. Ninguém gosta de ver os outros rindo diante dos erros que cometemos. E assim, e em seu negócio, você vai cometer erros…O melhor momento para começar… Marc responde de imediato: “Agora! Não me levem a mal, não quero parecer insensível, pandemia, tanta gente morrendo, mas a resposta é essa mesmo, Agora! Se o que você quer é começar um negócio não permita que ninguém nem nada o impeça. Muito especialmente neste momento em que existem enormes oportunidades decorrentes das circunstâncias. As grandes empresas encontram-se em situação de corner, encurraladas, e a hora para disrupção é agora. Nunca foi tão vantajoso ser pequeno” … E nós, consultores da Madia, incluiríamos, ser pequeno e não ter nenhum passado para resolver…Os maiores desafios de um startupeiro “De longe, conciliar a vida pessoal com os negócios. Outro dia recebi a ligação de um empreendedor que está construindo um grande parque de esportes radicais. Disse, “tenho três filhos com menos de 10 anos, e uma startup que me toma todo o tempo sete dias por semana. Como manter meu relacionamento com a mulher e filhos? Durante dois anos trabalhei para uma empresa com escritórios em todo o continente. Viajava quase todos os dias e estava sempre atrasado para os voos. Sempre que alguém me via estava correndo pelos aeroportos. Tudo o que aprendi é que em boa parte das vezes quando eu chegava no embarque o avião já decolara. Na outra parte das vezes, chegava antes e o avião estava atrasado e eu ficava esperando. Percebi que, de verdade mesmo, minha corrida só deu certo em 1% das vezes…”. Esse o sócio de Hastings, no início da Netflix, definitivamente um empresário com ótimos conselhos para dar e que adora nascimentos. Pelo jeito, está fazendo muita falta na Netflix… que, mais que urgente, precisa renascer…