Tag: #Takeda

Negócio

Reposicionamentos nos territórios das farmacêuticas

Num movimento que surpreendeu o mercado a Takeda, farmacêutica japonesa com 240 anos de existência, vendeu algumas de suas marcas de maior sucesso no território dos OTCs – medicamentos isentos de receita. Vendeu Neosaldina e Eparema. Meses depois, e em entrevista à Elisa Tozzi de Você RH, Renata Campos, presidente da empresa, comenta sobre a decisão. Diz Renata, “Em verdade a Takeda voltou a olhar aos produtos inovadores para necessidades médicas não atendidas. Por isso, a decisão. Em todos os lugares do mundo fizemos desinvestimentos num processo de reajuste do foco da empresa. Assim, fizemos um acordo com a Hypera, mesmo porque queríamos que os remédios tivessem continuidade…”. Mas, e por outro lado, e alinhada a esse reposicionamento, a Takeda comprou a Shire em 2019, uma empresa praticamente do mesmo tamanho da Takeda. “Nessa compra, não tivemos sobreposições e agregamos áreas como terapias raras e terapias do plasma”, diz Renata. Sobre os valores seculares da Takeda, Renata comenta: “Quando entrei na empresa me disseram, ´´’toda vez que tiver algum dilema, busque respostas nos valores seculares da Takeda: Integridade, Perseverança, Honestidade e Justiça’. Daí decorrem algumas perguntas filtros que nós fazemos o tempo todo, tipo: “A minha decisão é a melhor para o paciente?” “Esta decisão gera confiança para a sociedade?” “Essa decisão reforça a reputação da Takeda?”. “Da resposta a essas três perguntas vamos em busca da sustentabilidade para a empresa…”. E, concluiu, a Takeda é assim há 240 anos e queremos que continue assim pelos próximos 240!”. Muito bom constatar empresas com essa consistência e longevidade de fundamentos e propósito.
Negócio

Decisões equivocadas e sob forte emoção

Dentre os 100 produtos farmacêuticos, os tais de remédios mais consagrados, Nebacetin, do laboratório Takeda, merece uma posição de destaque. Não chega a ser nem um Bombril, nem uma Aspirina, mas é um santo remédio para algumas das patologias relacionadas à pele. Desde a lei dos genéricos, e com algumas farmacêuticas oferendo nova versão com o mesmo princípio ativo, e por um valor menor, não sobrou outra alternativa para o Takeda que proceder a uma revisão para baixo e sensível em sua política de preço. Independentemente dessa nova variável, o fato é que anos atrás a Cimed decidiu brigar de frente com o Nebacetin, e batizou sua alternativa como Nebacimed, uma espécie do Nebacetin da Cimed. E aí começa uma longa batalha judicial do Takeda contra a Cimed, e que terminou finalmente, em decisão do Superior Tribunal de Justiça, e que julgou improcedente a ação pela gênese da denominação do Takeda, e que se inspira no princípio ativo, “sulfato de neomicina e bacitracina zíncica”. Conclusão, muito dinheiro e muito tempo perdido. Tudo o que o Takeda deveria ter feito, ao invés de perder tempo, energia e dinheiro batendo às portas da Justiça sem sucesso, era recorrer a todas as ferramentas do marketing e do branding, blindando completamente sua marca, e seu santo remédio, do ataque medíocre de todos os seus demais concorrentes. Como ao que a Cimed, também equivocadamente, recorreu e procedeu. Mas não tem jeito, quando baixa a tal da “criatividade espertalhona” de um lado, e do outro ao invés da sensibilidade, inteligência e sabedoria, prevalece a emoção e a raiva, dá no que deu. Perda de tempo, energia e dinheiro para as duas partes. Fizeram por merecer, e fica a lição para todas as demais empresas. Lembram do velho provérbio, “mais vale um bom acordo do que uma longa, absurda, insuportável e desgastante contenda”. É por aí…
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 22/02/2022

REPOSICIONAMENTO OBRIGATÓRIO. Diante da novíssima MEDICINA CORRETIVA, as farmacêuticas vão se reposicionando. Como acaba de fazer a TAKEDA, aos 240 anos de sua existência.