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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 27/07/2023

ODE AO CAOS, OU, as novas torres de Babel da cidade de São Paulo
Negócio

Ressuscitação, é possível, em business?

Não, uma impossibilidade absoluta. Mas, como toda a regra tem exceção, vale a pena acompanhar e conferir. Durante meses, uma recém-nascida, com poucos anos de vida, assumiu a liderança do mercado imobiliário do país. A PDG. No final de 2017 deu seu último suspiro, ingressou em estado dramático na UTI dos negócios, e, aparentemente, chegou a tal da morte cerebral, a que verdadeiramente conta. Anos atrás, no início da década passada, era a empresa que mais brilhava. Fundada em 2003, lançou 709 projetos, 155 mil unidades habitacionais, alcançou a liderança de mercado em 2010 e chegou a manter simultaneamente 285 canteiros de obras. E, a partir desse cume, foi degringolando, perdendo o controle, caminhando em direção ao mais fundo do abismo. No final, tinha pendência ainda com 17 empreendimentos. Conseguiu compor-se com 8 durante todo o processo de recuperação judicial, e ainda segue em negociações finais com os restantes. E as perspectivas de resolver essas questões, em determinados mercados como o do Rio de Janeiro, agravaram-se, onde o preço dos imóveis literalmente vieram a baixo praticamente eliminando qualquer possibilidade de composição. Em alguns empreendimentos, o preço hoje é a metade do momento em que foram lançados e comprados. Falando à revista Dinheiro meses atrás, Augusto Reis, CEO da PDG, pontuava a empresa, “Tivemos, inicialmente, de estancar a grave crise, realizando ajustes internos, promovendo duras negociações com credores e fornecedores. Tudo na tentativa de estabilizar a empresa e garantir sua sobrevivência… Agora, o desafio é retornar à atividade operacional e voltar a crescer…”. Se tudo der certo, e a PDG conseguir uma sobrevida, será como se nascesse, novamente. E assim, a volta será engatinhando. Para quem chegou a ter um VGV de uma dezena de bilhões de reais, se tudo der certo, repetimos, recomeça com um lançamento no bairro do Tatuapé, SP, num dos terrenos que sobraram, torre única, com unidades de dois ou três dormitórios, e um VGV de R$60 milhões… Mas, e repetindo, se tudo der certo…