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Negócio

Ruptura do tendão do quadríceps

Quase três anos atrás, descendo pela rampa da garagem onde o MadiaMundoMarketing tinha seus escritórios, minha perna direita dobra, voo pelo ar, e, me esborracho no chão. Ruptura do Tendão do Quadríceps. Atendido pela competência e sensibilidade do Dr. Leandro Jun Aihara, Dr. Jun, Hospital Oswaldo Cruz, e devidamente operado duas vezes, permaneci em recuperação e durante seis semanas sem poder colocar o pé direito no chão, ou seja, trancado em casa, sob os cuidados do amor de minha vida, Katinha, e profissionais de saúde que se revezavam. E aí me perguntava, como poderia resolver esse desafio passível de acontecer com qualquer pessoa se morasse sozinho… Meses atrás foi revelada a fotografia tirada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – durante os meses de pandemia, e que, para a perplexidade de todos, o número de pessoas que hoje moram sozinhos registrou um crescimento, mais que espetacular, monumental, de 43%. Para ser preciso, 43,7%, nos últimos 10 anos! Talvez uma das mais radicais mudanças na família brasileira, e que impõem a todas as empresas de todos os setores de atividade ‒ da habitação, aos fabricantes de papel higiênico, passando por automóveis, guarda-chuvas, sapatos, alimentos e todos os demais, uma revisão radical e consistente em seus planejamentos estratégicos. Várias são as causas ou fatores que determinaram a eclosão dessa grande e não esperada surpresa em tamanha dimensão. E que começam pelos anos de vida que ganhamos a mais e o envelhecimento da população, pela perda de validade dos casamentos com o aumento crescente do número de separações, muito especialmente nas gerações nascidas a partir dos anos 1970. No conjunto dos municípios brasileiros, hoje, a quantidade de lares onde mora uma única pessoa corresponde a 14,9% do total. Os recordistas, onde esse fenômeno manifesta-se com maior intensidade, são os estados do Rio e Rio Grande do Sul com 18,3%. Além da longevidade e anos a mais de vida, do crescimento das separações, razões de urbanização, avanço na igualdade entre homens e mulheres, e mudanças culturais são ainda outros fatores que determinaram esse “susto” ou surpresa da pesquisa do IBGE. A partir da minha experiência de anos atrás, de ruptura do tendão do quadríceps, e o momento em que tomo conhecimento dos resultados da pesquisa, concluo estar mais que na hora de se criar todo um grupo de estudo para definir os planos de um mundo e de países onde cada vez mais, um contingente maior de pessoas, viverá só. E, em paralelo e ontem, todas as empresas revendo seus planos, e, considerando essa nova realidade.