Tag: Theodore Levitt

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Querida, encolhi os tratores…

E aí, e de novo na Folha, uma matéria singela, no conteúdo, e devastadora, no sentido, entendimento e decorrências. Diz a matéria assinada por Marcelo Toledo, que cobriu a visita de Lula a Agrishow, no domingo, dia 28 de abril: “Mundo dos tratores abre espaço para carro voador, robô e drone…”. Lembram de Theodore Levitt que nos anos 1960 incendiou o mundo com seu artigo na Harvard Business review, Marketing Myopia, e onde alertava a todos que, “não compramos produtos, compramos os serviços que os produtos prestam”. De certa forma, já no título, é o que revela a matéria assinada pelo Marcelo. Na agricultura, “animais novos” que prestam melhor os mesmos serviços, vão anunciando o encurtamento no tempo de vida dos animais que só prestavam esses serviços caminhando sobre roda e pela terra com infinitas limitações. Diz Marcelo, repetindo o que Levitt disse há 70 anos atrás, “Setor que outrora era predominantemente dominado por tratores, colheitadeiras e implementos, o agronegócio agora divide o espaço no campo também com equipamentos como drones, robôs e aviões agrícolas, mas, e até mesmo um carro voador se faz presente na Agrishow…”. Pior, ou melhor, o carro voador exposto na feira, o eVTOL 216-S, da empresa chinesa Ehang, que, além de voar, não precisa de piloto… Deu pra entender? Aproveite o exemplo e faça uma reflexão profunda sobre o seu negócio. Mais cedo ou mais tarde desembarcará a sua frente um concorrente que presta o mesmo serviço que sua empresa presta, através ou não de um produto, e colocará seu negócio em Corner… como nas lutas de boxes. Faça você esse movimento, antes que um concorrente o faça. Ainda dá tempo… Os tais dos carros voadores ainda levam mais alguns meses para chegar… alguns meses…
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Nota de falecimento

Faleceu no último dia 15 de janeiro de 2024, por falência generalizada dos órgãos, um dos campeões de sucesso do mercado financeiro de décadas atrás. Ele, o mais que querido DOC. Queridinho das empresas e das pessoas. Morreu mais ignorado que o Faquir de Kafka, sem nenhuma chance de ressuscitação. Quase chegou aos 40 anos. Mas, desde a virada do milênio vinha revelando debilidades, assim mesmo ganhou alguma sobrevida, mas não resistiu aos ventos da modernidade, e, despediu-se quase que a mingua e no abandono. Mais um dos milhares das vítimas do tsunami tecnológico. Criado no ano de 1985 foi uma revolução. Permitia, finalmente, a realização de transferências entre contas bancárias. Eliminava a necessidade do tal de depósito em cheque. Aliás, e por falar em cheque… Junto com o DOC, e no mesmo caixão por questão de economia, segue a TEC – Transferência Especial de Crédito – utilizada pelas empresas para o pagamento de salários e benefícios. Terminado o necrológio, modesto diante dos serviços prestados, em seu lugar ele, todo modernoso e ao invés de um C no final, um X, transmitindo velocidade e modernidade, o PIX. Ainda em 2023, primeiro semestre, revelava alguns sinais de vida: foram realizados 18,3 milhões de operações de DOC… mas, e no mesmo período, 17,6 bilhões de PIX… Dispensam-se comentários. É isso, amigos. Trata-se da maior crise estrutural da história da economia e dos negócios de todos os tempos. Esqueça as crises conjunturais. São simples resfriados, que podem, no máximo, em poucos casos, virar pneumonia. O mundo velho está em seus estertores. E todas as empresas que não tiverem essa consciência e não tomarem as providências no mais que devido tempo terão o mesmo destino do… DOC. Que parte, e não deixa nenhuma saudades… Somos ingratos, interesseiros, oportunistas, aproveitadores…? Lembram o que um dia nos ensinou, em 1960, o saudoso Theodore Levitt com seu artigo monumental, Marketing Myopia? Que, “não compramos produtos, compramos os serviços que os produtos prestam…”. E no dia seguinte que um novo produto preste melhor o serviço trocamos no ato. Assim somos nós, os Humanos, não desumanos… Queremos sempre, e para sempre, e desde que acessível, e apenas, o melhor…
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GAAS – Games As A Service

Chegou lá. Meia volta, volver! E assim aconteceu. Indústria de games despedindo-se de consoles e cartuchos e tudo o mais, e produtores de games migrando para assinaturas. GAAS – Game As A Service! Rigorosamente igual ao que aconteceu com os filmes, e seguirá acontecendo, em maior ou menor velocidade e proporções, com todos os demais produtos. Que de verdade, e como nos ensinou um dia Theodore Levitt, não eram o que nós, seres humanos e consumidores, comprávamos. Sempre compramos os Serviços que os produtos prestavam e seguem prestando. E desde o momento em que passou a ser possível ter acesso ao serviço sem precisar ser o proprietário ou comprar o produto, em muitas situações nem mesmo saber exatamente qual é o produto, vamos migrando, morrendo de felicidade, para a SAAS – Sociedade As A Service. Onde tudo, ou, quase tudo, e sempre, e cada vez mais, acontece por assinaturas. Anos atrás, e numa conferência, Bill Gates foi perguntado qual seria o maior sonho ou fantasia de todo o empresário. E, na maior naturalidade, respondeu: “Descobrir antes de todos os demais qual é a próxima onda, instalar-se e estar preparado, para receber com qualidade e presteza, os primeiros que forem chegando”. Traduzindo em poucas palavras: “saber para onde venta o vento e chegar na frente de todos os demais”. Isso posto, e de cinco anos para cá, a indústria de games prepara-se para a migração. Em 2017 a Microsoft lançou seu balão mais que de ensaio, sua manifestação objetiva sobre consciência da mudança, com o Xbox Game Pass, oferecendo mais de 200 games para seus consoles e PCs, por uma taxa mensal, por assinatura, introduzindo o GAAS – Game As A Service. A primeira reação da Sony foi dizer, “bobagem, vai quebrar a cara”. Não quebrou, e assim, 4 anos depois, a Sony lançou sua plataforma de games, a Spartacus. Imediatamente seguida por Google, Apple, Amazon. Pela experiência de poucos anos, e pioneira, a Microsoft revela números exuberantes no Brasil, embora forneça apenas dados globais: 18 milhões de assinantes! Que, e segundo a empresa, assinantes que jogam 20% a mais que os que compram games para ter em casa, e são receptíveis a degustações numa proporção 40% maior que os demais gamers. E com o 5G… GAAS – Game As A Service, brevemente, em boa parte dos lares do Brasil e do mundo…
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A cultura da pilha

A cultura da pilha, isso mesmo, a velha e boa pilha de nossos aparelhos eletrônicos e que trocamos de tempos em tempos… Considerando-se a importância vital do fator tempo, dependendo do tipo de veículo e função, faz mais sentido em termos econômicos, ao invés de recarregar, trocar a bateria. Dentro desse raciocínio, a Voltz, motos elétricas, fundada pelo pernambucano Renato Villar, decidiu oferecer também a alternativa BAAS − Battery As A Service, para os proprietários de suas motos elétricas que, em função do uso, não dispõem de tempo para o recarregamento. Assim a Voltz está lançando um plano de assinaturas − isso mesmo, assinaturas de baterias − com dois postos iniciais na cidade de São Paulo para as devidas trocas. Conclusão, muito brevemente os profissionais que utilizam as motos na prestação de serviços, muito especialmente os que integram uma espécie de exército do delivery brasileiro, comprarão suas motos, e farão assinatura da bateria. Segundo a Voltz, isso significaria, devido ao peso do custo da bateria, uma economia espetacular em termos de investimentos, e ganhos notáveis em tempo e uso. Os dados da empresa falam numa economia de 40% no preço de aquisição da moto, e os planos de assinatura das baterias variando entre R$19,00 a R$250,00. Segundo Renato Villar, a moto elétrica tem um custo operacional oito vezes menor do que a moto à combustão. O novo sistema de vendas das motos com assinaturas das baterias começa pela cidade de São Paulo, em postos Ipiranga, e a ideia é ter 50 pontos de assinatura de baterias até o final deste ano de 2023, nas principais cidades do País. Assim, uma nova luz para todos os produtos. Em muitos casos, uma peça específica, pode ser responsável por mais de 50% do custo do produto. Até ontem falava-se em assinatura para o produto completo. Com as motos da Voltz, inicia-se uma nova jornada onde a assinatura é para uma peça específica e essencial. Existe um novo mundo em processo acelerado de construção onde e a cada novo dia, mais assinamos, do que compramos. E tudo isso começou na edição de jul/ago 1960, na revista Harvard Business Review, em artigo antológico de Theodore Levitt, que tinha como título Marketing Myopia. E se sintetizava no entendimento, compreensão e sabedoria que, “Pessoas não compram produtos; compram os serviços que os produtos prestam”. O mundo precisou de 63 anos para entender o que Levitt estava dizendo… Hoje, em nossa empresa, MadiaMundoMarketing, nosso serviço mais demandado − o campeão de vendas − insere-se nesse entendimento. Nosso serviço campeão é o COMAAS − Consultancy & Mentoring As A Service. Em um único pacote tudo o que uma empresa precisa para atravessar a ponte em direção ao mais que aguardado Admirável Mundo Novo. Com sucesso, consistência e segurança. E disse mais: “Seu tempo é limitado, então não percam tempo vivendo a vida de outro. Não sejam aprisionados pelo dogma − que é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior. E, mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário”. E, concluiu: “Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz”. Vivendo intensamente e já, amigos, ou e como é o positioning statement da plataforma de mentoria de negócios do MadiaMundoMarketing, Perennials, e enquanto não formos convocados para a partida, “Forever Young”, sempre!
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Diário de um Consultor de Empresas – 22/11/2022

Dia após dia mais empresas e produtos migrando para a SAAS – SOCIETY AS A SERVICE, conforme LEVITT alertou a todos há 60 anos e ninguém ouviu.
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Diário de um Consultor de Empresas – 19/01/2022

INVESTINDO EM MÚSICA, e infinitas outras coisas mais. Ingressamos de cabeça e estamos mergulhando fundo na SAS – SOCIEDADE AS A SERVICE. E a nossa relação passa a ser acima de tudo não mais com os produtos, mas com os serviços que os produtos prestam. Como nos ensinou THEODORE LEVITT há mais de 60 anos, mas naquele momento não conseguimos entender…
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LAS – Life As a Service

60 anos depois caiu a ficha. O ano era 1960. Mais uma edição da Harvard Business Review é enviada aos assinantes. Dentre os artigos da edição, um causa estranheza, dúvidas, perplexidades, inquietação e, passado o susto do inusitado e do instigante, e diante de tanta lucidez, é mundialmente aclamado. De autoria de um economista judeu nascido na Alemanha, no dia 01 de março de 1925, e que se mudou jovem com seus pais para os Estados Unidos, Dayton, Ohio, com PHD pela Ohio State University, e professor na Harvard Business School. No correr de sua vida, venceu quatro vezes o prêmio concedido pela McKinsey ao melhor artigo escrito a cada ano na Harvard Business Review, e dentre os quatro vencedores, o artigo que causou estranhezas, dúvidas e perplexidades, e, repito, passado o impacto inicial, foi aclamado: “Marketing Myopia”. Miopia em Marketing! Salta para hoje, 2022. E a constatação que 62 anos antes o genial Theodore Levitt teve uma intuição que só agora começa a ocupar a cabeça das pessoas e entender o alcance e dimensão de sua anunciação, da sua epifania, naquele artigo disruptor. Levitt, ainda que não com essa denominação, mas com mesmo entendimento e sentido, estava anunciando a LAS – Life As a Service – com que hoje começamos a nos defrontar em intensidade cada vez maior. Ao manifestar sua tese e sentimento, Levitt batizou de Miopia em Marketing a dificuldade que as empresas tinham em saber exatamente qual era o negócio delas. Se estavam no negócio de trens, ou de transporte. E se no de transporte, talvez devessem ter considerado ser, também, empresas de aviões e carros… A essência desse raciocínio, agora e finalmente começando a ser compreendida por uma minoria, e que rapidamente será entendida por todas, é que Levitt estava a nos anunciar, sem usar essa denominação, a chegada e prevalecimento da LAS – Life As a Service. Na medida em que as pessoas não compram produtos, compram os serviços que as empresas e seus produtos prestam. E se só compram para desfrutar e usar os serviços que os produtos prestam, qual o sentido de comprar e, não apenas ter acesso, alugar, pagar pelo uso e durante o tempo de uso? O produto não é uma abstração porque material e físico, mas não passa de um cabide, de um suporte, de um meio, ou como se chama hoje, de uma plataforma. É o que possibilita que as pessoas tenham acesso, e recebam, e usem os serviços que as empresas prestam. Curto e grosso: Em termos econômicos, não existem produtos, apenas serviços. E, à medida que com o passar das décadas, e as conquistas de tecnologia foi tornando isso mais claro, compreensível, e hoje óbvio, as pessoas gradativamente vão deixando de comprar o que, de verdade, só precisam e querem usar. No passado, e pela impossibilidade de comprar alguns bens, alugavam, tipo habitação – casa ou apartamento – AS a Service. Tinham acesso aos serviços de morar… Mais adiante, isso passou para carros, equipamentos, softwares, aplicativos, e caminha, inexorável e irreversivelmente, para tudo! Isso mesmo, tudo! Assim, e com forte emoção e total justiça e merecimento, reverenciamos e homenageamos Theodore Levitt que intuiu 62 anos antes, a LAS – Life As a Service. Repense sua empresa e negócios dentro desta nova ótica. E considere isso em todos os seus próximos planejamentos. Ah, não se esqueça de dizer, “Muito obrigado, Theo!”.
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LAS – Life As a Service

No ADMIRÁVEL MUNDO que está nascendo, onde o capital é o CONHECIMENTO, onde a reputação / marca / branding é o segredo do sucesso e da prosperidade, onde o sharing, e as sharing companies são o novo formato de se organizar e trabalhar, e onde, e finalmente, existe o entendimento que todos estão no negócio de serviços, e que o produto existe pelos serviços que prestam e não pelo produto em si, o processo de migração das empresas segue de forma consistente, crescente e irreversível em direção a uma new life, a uma nova realidade. A da LAS – L, A, S – Life As a Service. Como a Toyota já tinha feito, quem anunciou semanas atrás sua empresa de locação de carros foi a Fiat Chrysler. Nasceu a Flua! Existiam milhares de alternativas melhores para o naming, mas, preferiram, Flua! Fábio Siracusa, diretor da nova empresa, assim define o propósito da Flua!: “Uma empresa de mobilidade que vai dar a opção ao cliente de locação de carros por assinatura, com liberdade de escolher o modelo, cor e opcionais que deseja. Carros zero-quilômetro, e, depois que realizar o pedido digitalmente, poderá acompanhar todo o tempo e processo de produção…”. Inicialmente a Flua! decola nas cidades de São Paulo e do Paraná, e em 32 concessionárias que participam do lançamento. O cliente poderá optar por contratos que preveem uma franquia mensal de 1,2 ou 3 mil quilômetros. E no valor da assinatura estão incluídos seguro, manutenção preventiva e assistência 24 horas. O cardápio inicial do Flua! contempla oito modelos diferentes da Fiat e dois da Jeep. O maior argumento que as revendas Fiat estão usando para convencer os ex-compradores de automóveis e a partir de agora locadores, é que no segundo seguinte que um carro novo comprado sai da revenda ou loja, seu valor cai entre 20% a 30%. Assim, um carro de R$ 80 mil de segundos atrás, ao colocar os pneus na rua vale menos R$ 24 mil. Exatamente o que custa um pacote de um sedã básico por um ano. É isso, amigos, a mudança começou. Gradativamente, em todos os setores de negócios veremos as empresas irem migrando de fabricantes de produtos para prestadores de serviços. E, assim, dia após dia, começamos a viver a novíssima e dominante LAS – Life As a Service… Quem diria! E pensar que Theodore Levitt quase foi “linchado”, décadas atrás, quando afirmou que “as pessoas não compram produtos, e sim, os serviços que os produtos prestam…”.
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Diário de um Consultor de Empresas – 09/04/2021

Francisco Madia comenta sobre LAS, LIFE AS A SERVICE (Como sempre foi só que a ficha só veio a cair agora). O ano era 1960. Mais uma edição da HARVARD BUSINESS REVIEW é enviada aos assinantes. Dentre os artigos da edição, um causa estranheza, dúvidas, perplexidades, inquietação e, passado o susto do inusitado e do instigante, e diante de tanta lucidez, é mundialmente aclamado…