Na expectativa dos especialistas, o comércio eletrônico responderia por 20% das vendas de todo o comércio, apenas e a partir de 2030.
Porém, veio a pandemia…
Por questões emergenciais e de sobrevivência grandes empresas pisaram com os dois pés no acelerador, na medida em que venda a distância e pelo digital passou a ser a única alternativa. As grandes organizações de varejo, as maiores, do dia para noite tiveram que fechar a totalidade das lojas.
Ou, no mínimo, 80%.
E assim, e diante dessa nova realidade, empresas como Via, Luiza, Marisa, C&A, Renner, Pernambucanas, Americanas, e todas as demais, viram-se diante de duas alternativas. Ou improvisavam e aprendiam a vender a distância correndo todos os riscos, ou, segunda alternativa, não vendiam.
Agora, os números mais recentes traduzem de forma precisa e objetiva, essa espécie de crescimento improvável e a fórceps, ou, maturação, ainda que de afogadilho, mais que precoce.
Até fevereiro de 2020, o comércio eletrônico não conseguira ultrapassar, em termos de participação, a casa dos 10% no total do comércio. Segundo medida tomada pela Fundação Getúlio Vargas, e para sermos mais precisos, o recorde era de 9,2%. Em quatro meses esse percentual saltou para 19,8%, e hoje, pode se dizer consolidou-se acima de 20%. Ou seja, de cada cinco vendas, uma acontece no digital e a distância.
O número preciso aferido pela FGV no mês de junho era de 21,1%. Olhando-se por um outro viés, e também sobre as medidas tomadas pela FGV, o que se observa é que antes da pandemia, 49,7% das empresas pesquisadas jamais fizera uma única venda pela internet. O índice específico é de 49,2% vendas zero pelo digital.
4 meses depois, julho de 2020, esse percentual despencou para 29,4%. E, na última medida, 20,2%.
Em síntese, amigos, e como era mais que previsível na medida em que o comércio analógico, em quase a sua totalidade, fechou suas portas, e as pessoas tendo que consumir, comer, beber, manter seus hábitos de higiene, e caprichar na beleza, não restou outra alternativa às empresas do que aprender a vender a distância, assim como as pessoas de aprenderem a comprar a distância.
E segue a vida, agora, e já com uma nova realidade e que só tende a encorpar em todos os próximos anos. Não existe mais volta…