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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 03/10/2023

O dia em que a FOLHA ignorou o LÍDER. E o NATAL ficou INCOMPLETO…
Negócio

Amargo regresso, ou, feliz retorno?

Como receber os clientes de volta pós-pandemia. Ou, Club Med, quando o propósito é vender momentos de emoção e felicidade. Poucas empresas em todo o mundo possuem um capital de experiências de extraordinária qualidade em oferecer momentos de intensa felicidade = prazer + diversão + alegrias do que o Club Med. Criado no mês de abril do ano de 1950, ideia e insight de Gérard Blitz, craque de polo aquático da seleção da Bélgica. A guerra chegara ao fim, pessoas mais que desejosas de diversão, lazer, e muita paz, muito especialmente os ex-combatentes e suas famílias. E assim, uma primeira iniciativa num pequeno hotel de Engelberg, na Suíça. Deu certo e seis anos depois abre o seu primeiro Village de inverno. Vinte anos depois recebe o investimento de outros nove acionistas, e, dentre esses, Gianni, Gianni Agnelli, Presidente da Fiat. Mais adiante, e com a morte de Agnelli, as ações são vendidas para o Grupo Accor. Hoje são 77 Villages pelo mundo, incluindo o Brasil. E aí veio a pandemia. Praticamente tudo fechado. E agora, a perspectiva de um retorno gradativo à normalidade a partir do segundo semestre. Em entrevista recente para a revista Veja, Henri Giscard d’Estaing, CEO Global do Club Med, não obstante os graves rombos nas finanças do Med revelou-se otimista: “Há muita gente neste momento desejando viver experiências únicas longe de casa, onde nunca passaram tanto tempo em suas vidas…”. Segundo Henri, e considerando a experiência nas unidades que já reabriram, acredita ter em seu produto diversões para os pais e para os filhos, talvez sua maior vantagem competitiva. Diz, “Depois de tantos meses distantes, as crianças querem conviver com outras crianças, e os pais agradecem porque precisam de um respiro…”. Nota curiosa da entrevista é que, dentre as vítimas do Covid-19 na França, o pai de Henri, Valéry Giscard d’Estaing, presidente da França de 1974 a 1981. Segundo Henri, o Covid foi o ponto final de uma vida feliz. Disse que seu pai tinha 94 anos e outros problemas de saúde, e morreu junto da família… Essa rápida reflexão e constatações de Henri é o tema de sucessivas reuniões no comando das empresas de todos os setores de atividade, muito especialmente das que prestam serviços de lazer e turismo, sobre como se preparar para seus clientes de sempre, ou novos clientes, ainda traumatizados pela pandemia. O que oferecer, ou não, de diferente… E você e sua empresa, estão preparados para o mais que aguardado reencontro, depois de mais de dois anos de distância? Estamos a caminho da normalidade, ou de uma nova normalidade. Mais que na hora de rever e atualizar os planos…