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É Proibido Proibir

Em sua música, e que concorreu ao Festival Internacional da Canção de 1968, sob vaias, Caetano Veloso dizia “É Proibido Proibir”, e, concluía, “ao não eu digo não”. Já naqueles tempos, como e até hoje, o esporte ainda preferido de parcela expressiva de pessoas em todo o mundo, e certamente dos brasileiros, o Futebol, conta com uma regra ridícula que limita de uma forma estúpida a utilização do campo de jogo, o absurdo impedimento. O campo é grande, mas só pode ser usado em sua totalidade se existir um jogador do time adversário que dê condição de jogo aos jogadores do time que ataca. Da virada do milênio para cá a tecnologia passou a ser utilizada para valorizar, vitalizar, e garantir maior emoção no esporte, ajudando na decisão de lances que, pela rapidez, superam a sensibilidade do ser humano. E assim, a contribuição da tecnologia vem agregando expressivo e notável valor a todos os demais esportes como o Tênis, o Vôlei, e, inclusive ao Futebol, revelando se a bola entrou ou não entrou, pingou na linha, ou fora da linha, e até aí perfeito. Mas em nenhum desses esportes é proibido utilizar a totalidade do campo. No futebol, pelo absurdo impedimento, é proibido usar-se o campo todo. E como o futebol é um esporte coletivo envolvendo muitas pessoas, o tal do VAR leva minutos, muitas vezes, para decidir se a posição do atacante era ou não regular. Assim, a primeira providência que se deveria tomar no futebol, e como cantava Caetano, É proibido proibir, é garantir aos 11 jogadores utilizar o tempo todo a dimensão total do campo, e os dois times que se organizem para conviver com a liberdade. E parar de privilegiar a mediocridade que é são os times treinarem para deixarem seus adversários em condição de impedimento… Assim, o VAR só entraria em ação num número infinitamente menor de lances e o jogo recuperaria parcela expressiva de sua fluidez, e dos tempos em que o VAR não existia. Agora começa uma outra discussão. Se a cabeçada deverá, ou ser regulada, ou proibida. Semanas atrás, na Inglaterra foi realizada uma primeira experiência, onde só eram permitidas cabeçadas dentro da pequena área. Nas demais partes do campo, quem usasse a cabeça, falta. E a razão, estudos consistentes revelando o que aconteceu com o cérebro de muitos jogadores depois de aposentados, e após centenas ou milhares de cabeçadas… Dentre outros estudos, um que revela que cinco integrantes da seleção inglesa que venceu a copa de 1966 foram diagnosticados com demência, e quatro já morreram. Por esse raciocínio, que certamente faz todo o sentido, o que dizer-se, então, do boxe, onde boa parte dos pugilistas aos 40 anos enlouquecem… As razões de estarmos compartilhando e comentando esse assunto com vocês, amigos? Pelas componentes econômicas, pelo Business que são os esportes e que movimentam bilhões de bilhões todos os anos. De pessoas em todo o mundo, e de dinheiro. E, em segundo lugar, porque está mais que na hora de se realizar estudos profundos e providenciar todos os aperfeiçoamentos no que o tsunami tecnológico muda por completo – vida e negócios, inclusive esportes, – e repensar todas as modalidades considerando as decorrências desse tsunami. É isso, todos, e em tudo, reinventando-se para sobreviver. Especificamente no tocante ao impedimento, é uma regra absurda, em nosso entendimento, que até hoje não conseguimos engolir, e para o qual cantamos desde sempre a música do Caetano, É Proibido Proibir…
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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 10/02/2022

É PROIBIDO PROIBIR, cantava CAETANO décadas atrás. Mas, e mesmo assim, algumas regras de alguns esportes preservam-se de forma patética. Agora e ainda mais sustentadas pelos recursos da tecnologia. Que deveriam destinar-se a melhorias e aperfeiçoamentos, e jamais a consagração da mediocridade.