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Negócio

O novo normal. Normal!

O que todos já imaginavam acaba de ser confirmado pela pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro e o Itaú Cultural. A decadência da leitura de uma forma geral, conforme temos constatado pela queda brutal na circulação, nas últimas três décadas, de jornais e revistas – muitos desapareceram, outros diminuíram a menos de 10% suas tiragens – agora vem a notícia que o Brasil perdeu 6,7 milhões de leitores de livros nos últimos cinco anos. Por isso, também, as três grandes redes de livrarias, mais a FNAC, encerraram suas atividades, e agora, duas delas tentam renascer via pequenas lojas. A pesquisadora responsável pelo trabalho, Zoara Failla, declarou ao Estadão, “Está crescendo o percentual de jovens que dizem que estão nos games, que estão assistindo vídeos. Em vez de os pais estarem apresentando o livro para entretenimento, é mais fácil oferecer o celular… internet e redes sociais estão roubando o tempo dos livros…”. É isso, triste e brutal realidade, mas, é assim mesmo. O tsunami tecnológico, que traz conquistas monumentais para todos nós, vem provocando, de forma rápida e objetiva, uma mudança radical nos hábitos e costumes. E não há como, muito especialmente para as novas gerações, resistir a todas as suas facilidades, vantagens, e praticidade e rapidez de acesso, em relação aos formatos convencionais. Segundo a pesquisa, que entrevistou 5.504 pessoas em 208 municípios, e quando mergulha mais forte nas manifestações, registra que, e dentre os livros, e pelo avanço das religiões evangélicas, a Bíblia ocupa disparada a primeiríssima colocação. Se retirarmos da amostra as crianças e adolescentes que têm na leitura dos livros uma tarefa, se tirarmos os que leem exclusivamente a Bíblia, o contingente de leitores no Brasil, que verdadeiramente seguem amando os livros, não é irrelevante, mas, aproxima-se rapidamente dessa definição. É isso, amigos. O que fazer-se diante da nova realidade? Muito pouco, que não sejam medidas que não têm nada a ver com os que ainda seguem amando e devorando os livros como eu. Proibições e constrangimentos não levarão a canto algum… Alguém tem alguma ideia? E por falar em tempo, o tempo que gastávamos há 50 anos com amigos e famílias, mais rádio, jornal, revista, televisão, hoje, e segundo 78% dos entrevistados, hoje é gasto na internet, acessando o whatsApp ou telegram, ou navegando pelas redes sociais…