Acidentes de percurso sempre podem acontecer. Revestem-se de maior gravidade quando acontecem próximo da linha de chegada.
Onde empresas planejam-se, organizam-se e produzem praticamente durante todo um ano para uma data promocional; e, às vésperas da data, são flagradas como se costuma brincar, dizendo, com “batom na cueca”. Isso aconteceu com a Ferrero, no ano passado, que dias antes da Páscoa teve que se defrontar com uma notícia procedente do exterior da contaminação de seus produtos infectados pela bactéria salmonella. Imediatamente a empresa veio a público para dizer que todos esses produtos, e que são fabricados em sua fábrica da Bélgica, jamais foram importados e comercializados no Brasil.
Mas, e mesmo assim, a desconfiança mais que plantada na cabeça dos consumidores brasileiros, e prejuízos fortes muito especialmente em seu best-seller, os Ovos Kinder, que sempre brilharam mais na páscoa, e que se caracterizam e diferenciam pela surpresa que trazem dentro, e que se revela no abrir.
Mesmo sabendo que esses produtos jamais chegaram ao Brasil, como medida de segurança a Anvisa suspendeu a venda dos produtos Kinder importados. Ou seja, não suspendeu nada mesmo porque não são importados… mas foi a forma como a Anvisa encontrou para alertar as pessoas. Mesmo vindo a público e reiterando que os produtos Kinder vendidos no Brasil não procedem de sua unidade na Bélgica, os prejuízos contabilizados foram, grandes.
O que fazer-se em crises como essa, e que acontecem a poucos metros da linha de chegada. Grosso modo, nada em relação a efeméride e data promocional. Respirar forte e engolir o prejuízo, mas, na sequência e rapidamente aferir o grau de contaminação da marca, e executar um plano de recuperação e resgate da imagem e da marca.
Tipo, operação, dependendo da dimensão dos estragos, tipo, Branding Aftermath, mais conhecida no Brasil como Operação Rescaldo…